Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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25 de fev. de 2014

Retiro do presbitério da arquidiocese de Goiânia


NESTA SEMANA, os presbíteros da Arquidiocese de Goiânia se encontram em retiro espiritual. Tempo de recolhimento, oração, silêncio...
Agradeço a todos pelas orações. 

23 de fev. de 2014

Um presente que nossas crianças precisam


Frase bíblica do dia

Mas se fomentais, no coração, amargo ciúme e rivalidade (...) Essa não é a sabedoria que vem do alto. Ao contrário, é terrena, materialista, diabólica! (Tiago 3, 14-15)

Segunda-feira da 7ª semana do Tempo Comum


(Mc 9,14-29)



Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.

15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém da multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.

19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? Trazei aqui o menino”. 20E levaram-lhe o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.

21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.

23Jesus disse: “Se podes!... Tudo é possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”.

26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.

28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração”.


Comentário do dia: Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa. Revelações do amor divino, cap. 11

«Ajuda a minha pouca fé»

Em verdade, eu percebi que tudo é obra de Deus, por mais pequeno que seja; que nada acontece por acaso, que tudo é ordenado pela sabedoria previdente de Deus. O facto de o homem ver nisso a sorte ou o acaso deve-se à nossa cegueira ou vista curta. As coisas que Deus, na sua sabedoria, previu desde toda a eternidade e que conduz de forma perfeita, incessante e gloriosamente até ao seu melhor fim, acontecem para nós de forma inesperada, e dizemos, na nossa cegueira e vista curta, que acontecem por acaso ou por acidente. Mas não é assim aos olhos do Senhor Deus. Devemos, por conseguinte, reconhecer que tudo o que é feito é bem feito, dado que é Deus que faz tudo. […] Mais tarde, Deus mostrou-me o pecado na sua nudez, bem como a forma como opera a sua misericórdia e a sua graça. […]

Vi perfeitamente que Deus nunca altera os seus desígnios, sejam eles quais forem, e que não os alterará por toda a eternidade. Não há nada que, na sua perfeita disposição das coisas, Ele não conheça desde toda a eternidade. […] Nada faltará nesse aspecto, porque foi na plenitude da sua bondade que Ele tudo criou. É por isso que a Santíssima Trindade nunca está plenamente satisfeita com as suas obras. Deus mostrou-mo para minha grande felicidade: «Olha! Sou Deus. Olha! Estou em todas as coisas. Olha! Faço todas as coisas! Olha! Nunca retiro a minha mão das minhas obras, e nunca a retirarei pelos séculos dos séculos. Olha! Conduzo todas as coisas até ao fim que lhes atribuí desde toda a eternidade, com o mesmo poder, a mesma sabedoria, o mesmo amor que quando te criei. O que poderá correr mal?»


Responsório (Sl 18)
— Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração!

— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!

"O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte" - Papa Francisco aos novos Cardeais, recomendando-lhes santidade e um estilo de vida centrado no serviço

(Fonte: Rádio Vaticano. 23/2/14)

Na manhã deste domingo, 23 de Fevereiro, o Papa Francisco presidiu à missa concelebrada com os novos Cardeais criados sábado no primeiro Consistório do seu pontificado. Foi na Basílica de São Pedro.
“A vossa ajuda, Pai misericordioso, sempre nos torne atentos à voz do Espírito”
Foi desta oração da Colecta que o Papa partiu para a sua homilia, em que se dirigiu de modo particular aos novos Cardeais, convidando-os a escutar a voz do Espírito que fala através das Escrituras proclamadas na missa deste domingo. Leituras que apelam à santidade e à perfeição, como Santo é Senhor, como perfeito é o Pai Celeste.
Santidade e perfeição que – disse o Papa – “interpelam-nos a todos nós, discípulos do Senhor; e hoje são dirigidas especialmente a mim e a vós, discípulos do Senhor, mas de modo particular a vós, queridos Irmãos que ontem começastes a fazer parte do Colégio Cardinalício.”
O Papa prosseguiu dizendo que “imitar a santidade e a perfeição de Deus pode parecer uma meta inatingível”, mas recordou que as leituras deste domingo oferecem exemplos concretos e que sem a ajuda do Espírito Santo tudo seria vão, pois a santidade cristã é antes de mais fruto da docilidade – deliberada e cultivada - ao Espírito de Deus.
Detendo-se depois sobre a leitura do Evangelho em que São Mateus nos fala de santidade através de algumas antíteses entre a justiça imperfeita dos escribas e fariseus e a justiça superior do Reino de Deus, o Papa Francisco pôs em evidência duas dessas antíteses: a vingança e os inimigos. A este respeito recordou que não só não devemos restituir ao outro o mal que nos fez, como devemos esforçar-nos por fazer o bem magnanimamente e que devemos amar e orar pelos nossos inimigos. É isto que Jesus pede a quem quer segui-Lo. Ele não veio para nos ensinar as boas maneiras e cortesias, mas sim para nos mostrar o caminho…
“Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo.”
Dirigindo-se depois aos “Queridos Irmãos Cardeais”, o Papa recordou-lhes que o Senhor e a Mãe da Igreja pedem-lhes ardor e zelo no testemunho da santidade. É neste suplemento de alma que consiste a santidade dum Cardeal – disse acrescentando:
“Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo: Ele santificou-se a si próprio na cruz, para podermos ser “canais” por onde corre a sua caridade. Este é o comportamento, esta é a conduta de um Cardeal. O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferência. A nossa linguagem seja a do Evangelho: “sim, sim; não, não”; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade”
O Papa passou depois a citar São Paulo que nos recorda que o Templo de Deus é Santo.
“Neste Templo que somos nós, celebra-se uma liturgia existencial: a da bondade, do perdão, do serviço: numa palavra, a liturgia do amor. Este nosso templo fica de certo modo profanado, quando descuidamos os deveres para com o próximo: quando no nosso coração encontra lugar o menor dos nossos irmãos é o próprio Deus que aí encontra lugar; e, quando se deixa fora aquele irmão, é o próprio Deus que não é acolhido. Um coração vazio de amor é como uma igreja dessacralizada, subtraída ao serviço de Deus e destinada a outro fim”.
O Papa Francisco concluiu a sua homilia, com esta exortação:
“Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração”.
Por fim pediu a todos os consagrados e aos leigos a se unirem na “invocação do Espírito Santo para que o Colégio dos Cardeais seja cada vez mais inflamado de caridade pastoral, cada vez mais cheio de santidade, para servir o Evangelho e ajudar a Igreja a irradiar pelo mundo o amor de Cristo.”
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Ao meio dia o Papa apareceu à janela do Palácio Apostólico para a recitação das Ave Marias, ocasião em que retomou as palavras da segundo leitura deste domingo, centrada sobre as divisões na comunidade de Coríntio, onde se tinham formado grupos referentes a um ou a outro apóstolo. O Papa chamou a atenção para isso dizendo que a comunidade não pertence aos apóstolos, mas são eles que pertencem à comunidade; e que a comunidade toda pertence a Cristo. Todos pelo baptismo somos filhos de Deus. E aqueles que receberam um ministério de guia, pregação, administração dos sacramentos, não devem considerar-se proprietários de poderes especiais, mas sim pôr-se ao serviço da comunidade, ajudando-a a percorrer com alegria o caminho da santidade.
“A Igreja confia hoje o testemunho deste estilo de vida pastoral aos novos Cardeais, com os quais celebrei a missa esta manhã” – disse o Papa - recordando que “o Consistório de ontem e a Celebração eucarística deste domingo foram uma preciosa ocasião para “experimentar a catolicidade da Igreja, bem representada pelas diferentes proveniências dos membros do Colégio Cardinalício, reunidos em estreita comunhão em torno de do sucessor de Pedro.”
O Papa pediu depois um aplauso para os novos Cardeais e a assisti-los com a oração, a fim de que guiem sempre com zelo o povo que lhes foi confiado, mostrando a todos a ternura e o amor do Senhor.
Depois da oração mariana do Angelus, Francisco saudou os peregrinos presentes, de modo particular os vindos para o Consistorio. Agradeceu também as delegações oficiais que quiseram honrar com a sua presença nas celebrações de ontem e hoje, celebrações que o Papa disse esperar que reforcem a nossa fé.

Recortes

"É tempo de esperança, e eu vivo desse tesouro. Não é uma frase, Padre; é uma realidade", dizes-me. 

Então... o mundo inteiro, todos os valores humanos que te atraem com uma força enorme (amizade, arte, ciência, filosofia, teologia, desporto, natureza, cultura, almas...), tudo isso, deposita-o na esperança – na esperança de Cristo. (S. Josemaría Escrivá. Sulco, 293)

7º Domingo do Tempo Comum - Ano A


(Mt 5,38-48)



Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 38“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’

39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!

40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!

41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!

42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.

43Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’

44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.

46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?

47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?

48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!”


Comentário do dia: São Francisco de Assis (1182-1226), fundador da Ordem dos Frades Menores. Admoestações, 9-10

«Eu, porém, digo-vos: não oponhais resistência ao mau»

«Amai os vossos inimigos», diz o Senhor. Amar verdadeiramente o inimigo é em primeiro lugar não se lamentar pelas injustiças sofridas. É sentir dolorosamente o pecado cometido pelo outro como uma ofensa ao amor de Deus, e é provar-lhe, por ações, que ainda o amamos.

«Cometi um pecado? A culpa é do diabo! Sofri uma injustiça? A culpa é do outro!» – esta é a atitude de muitos cristãos. Mas não são os outros que devo culpar, pois o inimigo está nas mãos de cada um; o inimigo é o egoísmo que nos faz cair em pecado. Feliz, portanto, o servo que sempre mantiver acorrentado este inimigo entregue em suas mãos, e estiver armado contra ele com sabedoria; desde que se comporte assim, nenhum outro inimigo, visível ou invisível, poderá fazer-lhe mal.


SALMO 102
— Bendize, ó minh’alma, ao Senhor,/ pois ele é bondoso e compassivo!

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ e todo o meu ser, seu santo nome!/ Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ não te esqueças de nenhum de seus favores!

— Pois ele te perdoa toda culpa,/ e cura toda a tua enfermidade;/ da sepultura ele salva a tua vida/ e te cerca de carinho e compaixão.

— O Senhor é indulgente, é favorável,/ é paciente, é bondoso e compassivo./ Não nos trata como exigem nossas faltas,/ nem nos pune em proporção às nossas culpas.

— Quanto dista o nascente do poente,/ tanto afasta para longe nossos crimes./ Como um pai se compadece de seus filhos,/ o Senhor tem compaixão dos que o temem.

Surpresa! Aos pés do altar também Bento XVI

2014-02-22 L’Osservatore Romano
Um por um, todos os novos purpurados foram até ao altar da Confissão, ajoelharam-se diante do Papa e receberam das suas mãos as insígnias cardinalícias. Foi o momento culminante da celebração do consistório ordinário público para a criação de 19 cardeais, presidida na manhã de 22 de Fevereiro, festa da Cátedra de São Pedro, na basílica vaticana. À chamada só faltou o arcebispo Loris Capovilla, quase centenário, que receberá o barrete nos próximos dias na sua terra natal. Aos pés do altar, ao lado dos cardeais da ordem dos bispos, tomou lugar Bento XVI, recebido por um longo aplauso. O próprio Papa Francisco, ao entrar na basílica antes de começar a celebração, aproximou-se dele e abraçou-o.
No início do rito, o secretário de Estado Pietro Parolin – o primeiro dos cardeais – dirigiu ao Pontífice uma breve saudação em nome dos novos purpurados. Depois do secretário de Estado, foram até ao altar todos os outros. O cardeal Kutwa, de cadeira de rodas, esperou o Papa Francisco aos pés do altar. Em seguida, cada um deles recebeu do mestre-de-cerimônias litúrgicas pontifícias, monsenhor Guido Marini, a bula de criação cardinalícia e de atribuição do título, que significa participação na solicitude pastoral do bispo de Roma pela sua diocese. Poucos momentos antes, todos prestaram o juramento de fidelidade, segundo a fórmula litúrgica: «Eu, cardeal da Santa Igreja Romana, prometo e juro permanecer, desde já e para sempre, enquanto viver, fiel a Cristo e ao seu Evangelho... no meu serviço à Igreja».

21 de fev. de 2014

22 de fevereiro



Cátedra de S. Pedro

"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela." Mt 16,18

 
Hoje é o Dia da Cátedra de São Pedro. Não sabemos bem como se originou essa festa. Mas é certo que existe uma inscrição, datada de 370 - portanto, há mais de 1.600 anos - atribuída ao Papa São Dâmaso, falando de uma cadeira portátil, dentro do Vaticano, e que é considerada a "cátedra" do Apóstolo Pedro.


Hoje, dessa cadeira restam apenas algumas relíquias de madeira, conservadas e honradas, num lugar onde o grande artista Bernini levantou um monumento grandioso, em honra do primeiro Papa, a Basílica de São Pedro. 

Escavações, feitas por cientistas de diversas nações, também provam que os restos mortais de São Pedro se encontram debaixo do mesmo Vaticano, que se torna, assim, símbolo de unidade da Igreja. A celebração de festa da Cátedra de São Pedro tem o significado e o apelo à unidade dos cristãos, sob a guia do Papa, representante visível de Cristo. 

O Evangelho nos une a Pedro, mas também a todos os apóstolos e membros da Igreja. 
(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Recortes

“Bendito seja Deus, que mandou exaltar o Apóstolo Pedro sobre a Igreja. É digno honrar este fundamento, por meio do qual é possível escalar o Céu.”  
(Santo Agostinho, Sermão 15 sobre os santos)

Cátedra de São Pedro, apóstolo - festa

(Mt 16,13-19)


Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.

17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.


Comentário do dia: São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja. Sermão 4, sobre o aniversário da sua ordenação, 2 (trad. do Breviário de 22 de Fevereiro)


«Sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja»


Nada podia escapar à sabedoria e ao poder de Cristo: os elementos da natureza estavam ao seu serviço, os espíritos obedeciam-Lhe e os anjos serviam-no. […] De entre os homens de todo o mundo, é Pedro o único escolhido para ser posto à frente de todos os povos chamados à fé, para ser posto à frente de todos os apóstolos e de todos os Padres da Igreja; e assim, embora haja no povo de Deus muitos sacerdotes e muitos pastores, Pedro é o verdadeiro guia de todos aqueles que têm Cristo como chefe supremo. […]

A todos os apóstolos pergunta o Senhor o que pensam os homens acerca dele; e a resposta de todos revela de modo unânime as hesitações da humana ignorância. Mas quando procura saber o pensamento dos discípulos, o primeiro na confissão do Senhor é o primeiro na dignidade apostólica. Tendo ele dito: «Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo», Jesus respondeu-lhe: «És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que to revelaram, mas sim meu Pai que está nos céus» (Mt 16,16-17); ou seja, és feliz porque meu Pai te ensinou, e não foste enganado pela opinião da terra, mas instruído pela inspiração do céu; e não foram a carne nem o sangue que to revelaram, mas sim Aquele de Quem sou o Filho Unigênito.

«E Eu digo-te», acrescentou; ou seja, assim como meu Pai te manifestou a minha divindade, assim Eu te revelo a tua dignidade: «Tu és Pedro», isto é: Eu sou a pedra inquebrantável, Eu sou «a pedra angular» que «de dois povos fez um só» (Ef 2,20.14), Eu sou o fundamento que ninguém pode substituir (1Cor 3,11); todavia, também tu és pedra, porque solidário com a minha força e, desse modo, o poder que Me é próprio por prerrogativa pessoal ser-te-á comunicado pela participação comigo. «E sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja» (Mt 16,18). […] Sobre esta fortaleza construirei um templo eterno, e as alturas da minha Igreja, que hão-de penetrar no céu, erguer-se-ão sobre a firmeza da fé de Pedro.



Responsório (Sl 22)

— O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

Frase bíblica do dia


«Eu creio! Ajuda a minha pouca fé!» (Mc 9, 24).

20 de fev. de 2014

Retiro de Carnaval: oportunidade de encontro com Deus. Seja um canal de graça na vida de um jovem


Abertura do consistório: Aprofundar a teologia da família e a pastoral, sem cair na "casuística": A família é hoje desprezada. Pastoral corajosa e cheia de amor


Cidade do Vaticano (RV) – Com a presença do Papa e 185 Cardeais e futuros Cardeais, teve início na manhã desta quinta-feira, 20, o Consistório extraordinário que deve refletir sobre temas relacionados à Família.

Francisco abriu o encontro com uma saudação aos participantes “destes dias de encontro e trabalho sobre a família, que é a célula fundamental da sociedade humana”. 

Desde o início, o Criador colocou a sua bênção sobre o homem e a mulher, para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra; e assim a família torna presente, no mundo, como que o reflexo de Deus, Uno e Trino”, afirmou. 

Prosseguindo, o Papa disse que “a nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”. 

O Papa disse ainda que serão aprofundadas “a teologia da família e a pastoral que devemos implementar nas condições atuais. Façamo-lo com profundidade e sem cairmos na casuística”, advertiu, “porque decairia, inevitavelmente, o nível do nosso trabalho. Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”.

"É-nos pedido que ponhamos em evidência o plano luminoso de Deus para a família, e ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral inteligente, corajosa e amorosa".

Após a intervenção do Papa, o Cardeal Walter Kasper, Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, apresentou uma palestra de teor “reservado aos participantes”.

Ao longo dos dois dias de reunião estão previstas outras intervenções, com a participação dos 19 prelados que serão criados Cardeais pelo Papa Francisco sábado, 22, no primeiro Consistório de seu Pontificado.

A reflexão sobre a Família inclui-se na preparação do próximo Sínodo dos Bispos, que vai decorrer em outubro de 2014.
(CM)


Texto proveniente da página da Rádio Vaticano 



Frase bíblica do dia


«Se alguém quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me» (Mc 8, 34).

Sexta-feira da 6ª semana do Tempo Comum


 (Mc 8,34–9,1)



Naquele tempo, 34chamou Jesus a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la.

36Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida? 37E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? 38Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras diante dessa geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com seus santos anjos”.

9,1Disse-lhes Jesus: “Em verdade vos digo, alguns dos que aqui estão não morrerão sem antes terem visto o Reino de Deus chegar com poder”.


Comentário do dia: São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol: Escritos espirituais 07/04/1938

«Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me»


Como se vive bem no coração de Cristo!  Quem se pode queixar por sofrer ? Só o insensato, que não adora a Paixão de Cristo, a cruz de Cristo, o coração de Cristo, pode sentir-se desesperado com o seu próprio sofrimento. […] Que bem se ive junto à cruz de Jesus!

Cristo Jesus, […] mostra-me essa sabedoria que consiste em amar o desprezo, as injúrias,  o opróbrio; ensina-me a sofrer com a alegria humilde e sem clamor dos santos; ensina-me a ser manso com aqueles que não me amam ou que me desprezam; mostra-me esse conhecimento que Tu, no alto do calvário, mostras ao mundo inteiro.

Eu sei: uma voz interior, muito suave, explica-me tudo; sinto em mim uma coisa que vem de Ti e que não sei definir, que me decifra muitos mistérios que o homem não pode compreender. Eu, Senhor, à minha maneira, entendo tudo. É o amor. É só isso. Vejo-o, Senhor, não preciso de mais nada. É o amor! Quem pode explicar o amor de Cristo? Que os homens e as outras criaturas se calem; calemo-nos, para que, no silêncio, escutemos os sussurros do amor, do amor humilde, do amor paciente, do amor imenso, infinito, que Jesus nos oferece, pregado à sua cruz, com os braços totalmente abertos. O mundo, na sua loucura, não O escuta.


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Responsório (Sl 111)

— Feliz é todo aquele que ama com carinho a lei do Senhor Deus.


— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!

— Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.

— Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente!

Meu filme no facebook



Um vídeo original realizado como se fosse o “Meu filme do Facebook” – um presente que a rede social ofereceu a seus membros em seu 10° aniversário – convida a recordar alguns momentos marcantes da vida de Jesus.
Com a linguagem desta rede social, em um minuto se tem imagens do batismo, a transformação da água em vinho, os milagres, as bem-aventuranças, a instituição da Eucaristia e a Paixão de Jesus.

O que fazer quando os filhos se afastam de Deus?

Yves
 

Obrigar os filhos a praticar a religião não é o melhor caminho


Muitos pais se preocupam quando seus filhos adolescentes ou jovens assumem uma postura negativa diante de Deus, levando em consideração que todos receberam os valores religiosos no lar e, justamente quando conquistaram um pouco de autonomia, liberdade e razão, decidiram rejeitar tudo o que possa representar Deus.
 
Quando esta situação se apresenta nas famílias, alguns pais podem reagir de maneira coercitiva, obrigando seus filhos a ir à Missa ou participar das diversas atividades religiosas. Outros pais optarão por deixar que osfilhos se afastem e que voltem a se encontrar com Deus por conta própria.
 
Conscientes de que esta não é uma tarefa fácil, o importante é agir de maneira adequada, para impedir que esse afastamento vá crescendo, pois muitas vezes as reações dos pais vai criando mais distanciamento ainda nos filhos.
 
Antes de explicar o que fazer quando se dá esta problemática, devemos analisar alguns fatores determinantes:
 
A fé tem etapas
 
A fé também tem um ciclo natural na vida do ser humano. O Pe. Calixto o descreve assim: "Nossa vivência religiosa passa por quatro etapas: aquela fé da Primeira Comunhão; uma segunda, que vivemos durante a adolescência, repleta de incertezas, altos e baixos; a terceira, na qual a fé parece evaporar e morrer na vida adulta; e talvez uma quarta: a fé recobrada, quando ajudamos os filhos em sua religiosidade".
 
A rebeldia como característica própria da adolescência
 
Nesta etapa da vida, os seres humanos passam por uma fase de inconformismo e querem mudar seu statu quo. Muitas vezes, nem sequer sabem contra o que estão se rebelando, mas essa busca de identidade é seu foco, é o que os leva a desestabilizar tudo o que os cerca, inclusive seus pais. Há casos em que não se rebelam diante de Deus, mas sim dos seus pais, que se tornam para eles uma ameaça constante.
 
Entendendo este contexto, percebemos que a raiz do problema é a busca de identidade, e não necessariamente a rejeição de Deus.
 
Más influências
 
Uma pessoa próxima do nosso filho pode estar questionando a fé. Não nos esqueçamos de que, durante a adolescência, os amigos são as pessoas mais influentes na vida dos nossos filhos. E uma má amizade pode causar muito dano. Ao ver seu filho contestando a religião, é recomendável começar indagando sobre seus amigos, convidando-os à casa e tentando ter contato com suas famílias.
 
Ao confirmar que é este o problema, o melhor não é proibir tal amizade, e sim usar outras táticas mais sutis, que possam ir distanciando seu filho da pessoa inconveniente.
 
Controle extremo
 
Seus filhos já não são crianças e isso precisa ficar claro. Eles cresceram, podem raciocinar, fazer escolhas e têm poder de decisão, ainda que sejam imaturos. Quando exercemos um controle exagerado sobre eles, eles podem ficar contra nós. Nessa idade, já se supõe que os educamos nos valores e confiamos na educação que lhes demos. Portanto, não é aconselhável obrigá-los a nada nem impor a religião, porque certamente acabarão rejeitando-a.
 
O que fazer, então?
 
- Acompanhá-los, nunca deixá-los sozinhos. É preciso acompanhá-los neste processo.
 
- Nada de censuras e repreensões. Mesmo sabendo que eles estão errados, não é bom fazer comentários que os façam sentir-se mal. O tema de Deus não pode se tornar um pesadelo; o diálogo ameno e positivo dará melhores resultados.
 
- Exemplo e coerência. Nada educa mais que o exemplo. Precisamos ser coerentes com a Palavra de Deus e fazer que nossos atos estejam de acordo com o que professamos. Se nossos filhos nos veem tratando bem as pessoas, sendo honestos, respeitosos, responsáveis, pacientes, caridosos, amorosos, eles captarão a mensagem e acabarão aceitando os benefícios de ter Deus na vida.
 
- Falar-lhes positivamente de Deus, como um amigo, não como um castigador. Precisamos transmitir-lhes os ensinamentos de Deus de forma positiva, pois o Senhor ama todos nós e perdoa nossas falhas. Apresentemos Jesus como seu amigo, seu companheiro, seu protetor.
 
- Rezar pelos nossos filhos. Esta é a melhor coisa que podemos fazer, colocando-os nas mãos de Maria, para que voltem a se aproximar do Senhor.
sources: LaFamilia.info

Recortes

Narciso
“Temos que pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior e o mais ridículo dos pecados. Se consegue atenazar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparência, enche-se de vazio, empertiga-se como o sapo da fábula, que inchava o bucho, presunçosamente, até que explodiu. A soberba é desagradável, mesmo humanamente: quem se considera superior a todos e a tudo, está continuamente contemplando-se a si próprio e desprezando os outros, e estes correspondem-lhe escarnecendo da sua vã fatuidade”  (Josemaría Escrivá,Amigos de Deus, n. 100)

Papa Francisco recebeu 19 detentos na Casa Santa Marta

O grupo vindo de prisões de Pisa e Pianosa realizava uma peregrinação a Roma. Francisco quis cumprimentá-los e abençoá-los um a um

Cidade do Vaticano, 20 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org)

Ontem de manhã, antes da audiência geral na Praça de São Pedro, o Papa Francisco se encontrou, na Domus Santa Marta, com um grupo de dezenove detentos das prisões de Pianosa e de Pisa. O notícia foi publicada pelo L' Osservatore Romano. “O Papa rezou com eles e por eles, abençoou-os diante da imagem de Nossa Senhora Desatadora do Nós, particularmente cara a ele, e explicou as raízes de sua devoção".
Bergoglio, em seguida, ouviu um a um dos presos, e - conforme relatado pelo jornal do Vaticano - especialmente a um deles, que lhe deu uma carta, dirigiu algumas palavras de misericórdia e perdão.

O grupo realizava uma peregrinação a Roma, como parte de um caminho espiritual, junto com os capelães Don Roberto Filippini e Don Luigi Gabriellini. Ontem, todos os 19 presos participaram da missa nas Grutas do Vaticano às 7:15, celebrada pelo arcebispo Lorenzo Baldisseri.

Informado sobre a presença deles, o Papa quis então conhecê-los pessoalmente, acolhendo-os em sua casa, juntamente com o diretor da penitenciária de Pianosa, alguns agentes penitenciários e os capelães, que se ocupam do cuidado espiritual. O encontro durou cerca de 45 minutos.

O arcebispo Baldisseri descreveu o encontro como "belíssimo e comovente”, e disse ainda que Francisco "quis cumprimentá-los e abençoá-los um a um" e que "os encorajou muito". O que o Santo Padre fez - disse o prelado - "foi um sinal de grande paternidade em relação às pessoas empenhadas em um caminho espiritual”. 

(Trad.:MEM)

19 de fev. de 2014

Quinta-feira da 6ª semana do Tempo Comum

 (Mc 8,27-33)


Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”

28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.

30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente.

Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás!” Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.


Comentário do dia: São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol. Escritos espirituais 07/04/1938

«Começou, depois, a ensinar-lhes que o Filho do Homem tinha de sofrer muito»

Jesus bendito, que me ensinaram os homens que Tu não me tenhas ensinado na Tua cruz? Ontem vi claramente que só aprendemos acorrendo a Ti e só Tu nos dás forças nas provas e tentações; que somente ao pé da tua cruz, vendo-Te pregado a ela, aprendemos o perdão, a humildade, a caridade, a bondade. Não Te esqueças de mim, Senhor; olha para mim, prostrado na tua frente, e concede-me o que Te peço. Depois, que venham os desprezos, que venham as humilhações […], que me importa! Contigo a meu lado tudo posso. A lição prodigiosa, admirável, inexprimível que me dás com a tua cruz dá-me forças para tudo.

Cuspiram-Te, insultaram-Te, flagelaram-Te, pregaram-Te a uma cruz e, sendo Tu Deus, perdoaste, calaste-Te humildemente e ofereceste-Te a Ti próprio. Que posso dizer da tua Paixão? É melhor não dizer nada e que, no fundo do meu coração, medite no que o homem nunca poderá chegar a compreender; que me contente com amar profundamente, apaixonadamente, o mistério da tua Paixão. […]

Que doce é a cruz de Jesus! Que doce é sofrer perdoando! [...] Como não ficar louco? Ele mostra-me o seu coração aberto aos homens e por eles desprezado. Onde já se viu e quem alguma vez sonhou suportar tamanha dor? Como vivemos bem no coração de Cristo!



Responsório (Sl 33)
— Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia

Você se confessa mais no Facebook que na igreja?

Arena Photo UK
 

Será que as redes sociais substituíram os confessionários?


(Aleteia/ autor: 
Juan Ávila Estrada)

Por que é tão simples revelar a própria intimidade nas redes sociais(mesmo correndo o risco de ser objeto de humilhações e zombaria), mas tão difícil aproximar-se do sacramento do Confissão, no qual provavelmente nem sequer o confessor conseguirá lembrar mais tarde o que ouviu?
 
O que leva as pessoas a afirmar que não querem contar suas faltas a "outro pecador", mas não ter o menor pudor em falar de todas as suas misérias nas redes sociais?
 
Será que as redes sociais se tornaram as novas terapias para expiar as culpas? Parece que sim. É como se, de alguma maneira, as pessoas buscassem aprovação para o que fizeram e, assim, aliviassem o peso da consciência, mediante uma mal-entendida solidariedade; ou como se estivessem dispostas a ser chicoteados pela sociedade para "limpar" o peso das próprias culpas.
 
Mas esta busca equivocada no mundo de hoje tem uma nova proposta emJesus, por meio do sacramento da Reconciliação, um momento no qual só o Senhor tem acesso à nossa nudez e miséria; nesse momento, não seremos julgados, não haverá aparências, o coração estará descoberto; nesse momento, cada um precisa da sua maior sinceridade, e todas as aparências acabam: só contam a Graça e o perdão amoroso do Senhor.
 
confissão não é o lugar da repreensão, mas da apreensão; não é o lugar do parecer, mas o ser; não é o lugar do juízo, mas da misericórdia. Nela, entende-se o significado dos braços abertos do Pai celestial; permite-se que as lágrimas limpem a alma, pois elas testemunham o que Deus realiza dentro de cada um para poder viver uma relação íntima e afetiva com ele, experimentando o que significa sentir-se amado de verdade, perdoado, acolhido e não condenado.
 
Há espaços e momentos da vida em que é tão necessário ser nós mesmos, que não podemos senão estar diante de Deus com tudo aquilo que quisemos ocultar aos olhos do mundo. É então que Ele nos abraça com a ternura que lhe é própria, como um pai que carrega seu filho, e sussurra para nós: "Você não precisa esconder nada de mim, eu simplesmente o amo como você é".
 
Mas por que não fazer isso diretamente com Ele? Nossas lágrimas escondidas, derramadas no silêncio do nosso quarto, não são suficientes? Por que submeter-se ao exame de um homem que, como todos, também pecou? Justamente porque Deus não quer apenas perdoar, mas também reintegrar à vida da comunidade, da Igreja; porque Ele quer testemunhas da sua obra.
 
Deus outorgou potestade a esses pecadores para mostrar suamisericórdia, e porque cada um deles, como humano, tem uma palavra de estímulo para ajudar a caminhar. E também porque não são eles, mas Cristo neles quem perdoa. Porque Deus salva o ser humano de forma humana e por meio dos seres humanos. Porque Ele não volta atrás na redenção, para que o mundo entenda que nada humano é alheio a Deus, simplesmente porque Ele se fez humano como nós.
 
Se esta tarefa tivesse sido confiada aos anjos, seríamos julgados com severidade, pois, como eles não conhecem o que é próprio da natureza humana, lhes seria impossível entender o que fazemos.
 
O maior milagre que um sacerdote realiza hoje no mundo é ser instrumento da Graça de Deus, para que o pão e o vinho possam se tornar Corpo e Sangue de Jesus e para que, por meio do sacerdote, o perdão de Deus possa chegar aos homens.
 
Cada dia, o sacerdote opera milagres pelo poder de Deus outorgado em seu ministério. O pecado nos impede de caminhar, cega os sentidos e nos faz agir irracionalmente, contamina nossa vida até fazer-nos sentir nojo de nós mesmos.
 
O sacerdote é o homem do milagre da reconciliação com Deus, com o mundo. Aqueles que buscam os que têm "poderes" de outro estilo esqueceram que o essencial do seu ser sacerdotal, das suas mãos que curam e salvam, que não precisam levantar um paralítico da cadeira de rodas, mas levantam um pecador da sua prostração moral.
 
confissão é um tribunal no qual não há fiscais, não há acusadores (salvo o próprio penitente), não há secretários para redigir atas e arquivá-las, nem testemunhas para confirmar ou negar a veracidade de quem se acusa. Há somente um defensor, um advogado: Jesus Cristo.
 
confissão é o lugar da misericórdia.

Frase bíblica do dia


«Recebei com mansidão a Palavra em vós semeada» (Tg 1, 21).