Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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28 de fev. de 2015

Recortes

Há momentos que os amigos deste mundo passam juntos conversando, mas há horas em que estão separados; entre Deus e vós, se quiserdes, jamais haverá um momento de separação.”
 S. Afonso Maria de Ligório, Como conversar familiarmente com Deus, Crítica, Roma, 1933, n. 63

2º Domingo da Quaresma - Ano B

 (Mc 9,2-10)




Naquele tempo, 2Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. 3Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.

5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”.

6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos.

10Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

Comentário do dia: São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja. Homilia 51, sobre a Transfiguração.


Jesus ordenou-lhes que a ninguém contassem o que tinham visto, senão depois de o Filho do Homem ter ressuscitado dos mortos.

Jesus queria armar os seus apóstolos com uma grande força de alma e uma constância que lhes permitissem carregar sem temor a sua própria cruz, a despeito da sua dureza. Queria também que eles não corassem com o seu suplício, que não considerassem uma vergonha a paciência com que Ele haveria suportar uma Paixão tão cruel, sem nada perder da glória do seu poder. Por isso, Jesus «tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os a um monte elevado» e ali lhes mostrou o esplendor da sua glória. Embora tivessem compreendido que a majestade divina estava nele, eles ignoravam ainda o poder contido naquele corpo que encobria a divindade. […]

O Senhor revela a sua glória na presença das testemunhas que escolhera; e o seu corpo, semelhante a todos os outros corpos, difunde um esplendor tal, «que o seu rosto brilhava como o sol e as suas vestes estavam brancas como a neve». O objectivo desta transfiguração era indubitavelmente retirar do coração dos seus discípulos o escândalo da cruz, não permitir que a humildade da sua Paixão voluntária lhes abalasse a fé […]; mas esta revelação também fundava na sua Igreja a esperança que haveria de sustentá-la. Deste modo, todos os membros da Igreja, que é o seu Corpo, compreenderiam que um dia esta transformação também haveria de operar-se neles, pois fora prometido aos membros que participariam na honra que resplandeceu na Cabeça. O próprio Senhor dissera ao falar da majestade do seu advento: «Então os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai» (Mt 13,43). Por seu turno, o apóstolo Paulo afirma: «Tenho como coisa certa que os sofrimentos do tempo presente nada são em comparação com a glória que há-de revelar-se em nós» (Rom 8,18). […] E também: «Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele, revestidos de glória» (Col 3,3-4).


Responsório (Sl 115)

— Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.


— Guardei a minha fé, mesmo dizendo:/ “É demais o sofrimento em minha vida!”/ É sentida por demais pelo Senhor/ a morte de seus santos, seus amigos.

— Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ vosso servo que nasceu de vossa serva;/ mas me quebrastes os grilhões da escravidão!/ Por isso oferto um sacrifício de louvor,/ invocando o nome santo do Senhor.

— Vou cumprir minhas promessas ao Senhor/ na presença de seu povo reunido;/ nos átrios da casa do Senhor,/ em teu meio, ó cidade de Sião!

27 de fev. de 2015

Tinham 67 anos de casados e morreram no mesmo dia de mãos dadas


LOS ANGELES, 27 Fev. 15 | (ACI).-

Floyd e Violet Hartwig, um casal da Califórnia (Estados Unidos) que tinha feito 67 anos de casamento, morreram por causas naturais de mãos dadas no dia 11 de fevereiro deste ano.

Violet, de 89 anos, sofria de demência senil há alguns anos, e a sua saúde recentemente começou a piorar. No final de janeiro, Floyd, de 90 anos, foi diagnosticado por um médico com insuficiência renal e que lhe restava apenas duas semanas de vida.

Quando souberam desta situação, os três filhos do casal norte-americano decidiram coloca-los juntos em uma clínica de cuidados paliativos.

Floyd e Violet se conheciam desde crianças, na escola primária. Apaixonaram-se pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e se comunicavam por cartas durante o tempo em que Floyd serviu na Marinha norte-americana.

Eles se casaram em 16 de agosto de 1947, e tiveram três filhos: Carol, Kenneth e Donna.

Em declarações ao canal norte-americano ABC News, Donna Scharton descreveu os seus pais como “pessoas decentes que sempre estiveram comprometidos entre si, sem importar a situação”.

Donna recordou que o seu pai esteve na Marinha durante seis anos, e depois “trabalhou para a companhia J.B. Hill distribuindo ovos, e depois para uma empresa de alimentos”.

“A mãe ficou em casa, ajudou a cuidar do rancho, e cozinhava todas as comidas. Fazia o café da manhã para o pai às 4h30 da manhã todos os dias”, disse.

A filha do casal assegurou que seus pais “eram muito devotos e quando papai chegava em casa sempre jantávamos juntos”.

“Lembro-me deles beijando-se para despedir-se todos os dias pela manhã. Lembro-me de mamãe chamando-o de loiro pois era loiro de olhos azuis”.

Inclusive ao final de sua vida, indicou, a principal preocupação de seu pai foi velar pela saúde de sua esposa.

Donna assinalou que Floyd “dizia ao médico ‘estou bem só quero que ela seja curada’”.

“Essa era a sua preocupação; não o quanto era ruim a sua dor, mas queria a minha mãe curada”, disse, assegurando que ela e seus irmãos “nos dávamos conta de que meu pai estava tendo muitas dores”.

Quando sentiram que se aproximava a hora da morte de seu pai “juntamos as camas do hospital para ficarem o mais perto possível. Juntamos as suas mãos, e meu pai morreu de mãos dadas com a minha mãe”.

Donna assinalou que a sua mãe “não estava consciente, mas dissemos que papai havia falecido e que estava esperando-a. Ela faleceu cinco horas depois”.

Cynthia Letson, filha de Donna, recordou que tudo o que importava para seus avós “era a sua família e foi fantástico que isso tenha acontecido no final”.
Etiquetas: Defesa da Família, matrimônio, Estados Unidos

Sábado da 1ª semana da Quaresma

(Mt 5,43-48)


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!

45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”.

Comentário do dia: Santo Inácio de Antioquia (?-c. 110), bispo, mártir. Carta aos Efésios, 10-14









«Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem»

«Orai sem cessar» (1Tes 5,17) pelos outros homens. Podemos esperar que eles se arrependam e que venham até Deus. Mas pelo menos que o vosso exemplo lhes indique o caminho. À sua cólera oponde a vossa doçura; à sua arrogância, a vossa humildade; às suas blasfêmias, as vossas orações; aos seus erros, a firmeza da vossa fé; à sua violência, a vossa serenidade, sem procurar fazer nada como eles. Mostremos-lhes pela nossa bondade que somos seus irmãos. Tentemos «imitar o Senhor» (1Tes 1,6); pois quem sofreu maiores injustiças do que Ele, que foi despojado e rejeitado? Que não se encontre entre vós a erva do diabo (cf Mt 13,25). Numa pureza e temperança perfeitas, permanecei em Jesus Cristo.

Eis que estão a chegar os últimos tempos. […] Só em Cristo entramos na verdadeira vida; fora dele, nada é válido! […] Nada ultrapassa a paz, que triunfa de todos os ataques infligidos pelos nossos inimigos, sejam eles celestes ou terrestres. […] Actualmente já não basta professarmos a fé; temos de mostrar até ao fim a força que ela nos dá.

Responsório (Sl 118,1-8)

— Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!

— Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo coração procura Deus!

— Os vossos mandamentos vós nos destes, para serem fielmente observados. Oxalá seja bem firme a minha vida em cumprir vossa vontade e vossa lei!

— Quero louvar-vos com sincero coração, pois aprendi as vossas justas decisões. Quero guardar vossa vontade e vossa lei; Senhor, não me deixeis desamparado!

26 de fev. de 2015

Recortes

“Vela pelo teu bem Aquele que não te concede o que lhe pedes, quando lhe pedes o que não te convém" . (Santo Agostinho, Sermão 126)

Sexta-feira da 1ª semana da Quaresma

 (Mt 5,20-26)


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.

21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘Patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.

23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.

25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

Comentário do dia: São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Homilias ao povo de Antioquia, XX, 5 e 6






«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»

Eis o que te proclamo, o que te asseguro, o que te digo com voz tonitruante: Que quem tem inimigos não se aproxime da mesa sagrada nem receba o Corpo do Senhor! Que os que se aproximam não tenham inimigos! Tens algum inimigo? Não te aproximes! Se quiseres fazê-lo, vai primeiro reconciliar-te e depois receberás o sacramento. 

Não sou eu que falo assim, é o Senhor quem o diz, Ele que foi crucificado por nós; Ele, para te reconciliar com seu Pai, não recusou ser imolado nem derramar o seu sangue; e tu, para te reconciliares com o teu irmão, nem queres dizer uma palavra e tomar a iniciativa de ir procurá-lo? Escuta o que diz o Senhor a propósito dos que fazem como tu: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti…» Ele não diz: «Espera que ele venha procurar-te ou que ele receba a visita de um dos teus amigos na qualidade de reconciliador», nem diz: «Envia-lhe alguém», mas: «Corre tu pessoalmente, vai ter com ele!» «Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão.»

Incrível! Então se Deus não Se dá por desonrado de ver deixado de parte um dom que Lhe era destinado, havias tu de te considerar desonrado por dares o primeiro passo para te reconciliar com o teu irmão? Que desculpa tem semelhante conduta? Quando vês um dos teus membros cortado, não tentas por todos os meios juntá-lo ao resto do teu corpo? Faz também assim com os teus irmãos: logo que vejas que eles estão separados da tua amizade, vai depressa buscá-los, não esperes que eles sejam os primeiros a apresentar-se: apressa-te tu a tentar a reconciliação.


Responsório (Sl 129)

— Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?

— Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, escutai a minha voz! Vossos ouvidos estejam bem atentos ao clamor da minha prece!

— Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir? Mas em vós se encontra o perdão, eu vos temo e em vós espero.

— No Senhor ponho a minha esperança, espero em sua palavra. A minh’alma espera no Senhor, mais que o vigia pela aurora.

— Espere Israel pelo Senhor, mais que o vigia pela aurora! Pois no Senhor se encontra toda graça e copiosa redenção. Ele vem libertar a Israel de toda a sua culpa.

25 de fev. de 2015

Recortes

“...depois da oração do Sacerdote e das virgens consagradas, a oração mais grata a Deus é a das crianças e a dos doentes”  S. Josemaría Escrivá,Caminho, n. 98

Quinta-feira da 1ª da Quaresma

(Mt 7,7-12)




Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Pedi e vos será dado! Procurai e achareis! Batei e a porta vos será aberta! 8Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate a porta será aberta.

9Quem de vós dá ao filho uma pedra, quando ele pede um pão? 10Ou lhe dá uma cobra, quando ele pede um peixe? 11Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas”.


São Macário
Comentário do dia: Homilia atribuída a São Macário (?-390), monge do Egito. Homilias espirituais n° 30, 3-4

«Pedi, procurai, batei»

Esforça-te por agradar ao Senhor, espera-O interiormente sem lassidão, procura-O por meio dos teus pensamentos, violenta a tua vontade e as tuas decisões, obriga-as a tender continuamente para Ele. E verás como Ele Se aproxima de ti e em ti estabelece a sua morada (cf Jo 14,23). […] Lá está Ele, observando o teu raciocínio, os teus pensamentos, as tuas reflexões, analisando como O procuras, se é com toda a tua alma, se com moleza e negligência. E quando Ele vir que O procuras com ardor, manifestar-Se-á a ti e aparecer-te-á, virá em teu socorro, dar-te-á a vitória e livrar-te-á dos teus inimigos. Com efeito, quando vir a maneira como O procuras, como colocas continuamente toda a tua esperança nele, instruir-te-á, ensinar-te-á a verdadeira oração, dar-te-á a caridade verdadeira que é Ele mesmo. Então, Ele tornar-Se-á tudo para ti: paraíso, árvore de vida, pérola preciosa, coroa, arquitecto, agricultor, um ser submetido ao sofrimento mas que não é atingido pelo sofrimento, homem, Deus, vinho, água viva, cordeiro, esposo, combatente, armadura, Cristo «tudo em todos» (1Cor 15,28). 

Tal como uma criança não se pode alimentar a si própria nem cuidar de si mesma, e pode somente olhar para sua mãe, chorando, até que ela seja tocada pela compaixão e trate dela, assim as almas crentes esperam sempre em Cristo e atribuem-Lhe toda a justiça. Como o sarmento seca se for separado da vinha (cf Jo 15,6), assim acontece a quem quer ser justo sem Cristo. E tal como «quem não entra pela porta do redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é ladrão e salteador» (Jo 10,1), assim é quem quer ser justo sem Aquele que justifica.


Responsório (Sl 137)

— Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!

— Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me.

— Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.

— Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos!

Recortes

“Talvez os momentos de uma confissão sincera estejam entre os mais doces, os mais reconfortantes e os mais decisivos da vida.”  Papa Paulo VI, Alocução, 27-II-1975

Quarta-feira da 1ª semana da Quaresma

(Lc 11,29-32)



Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.

30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior que Salomão.

32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.

Comentário do dia: São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo: «Protréptico», cap. 10

«Fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas»

Arrependamo-nos; convertamo-nos da ignorância ao verdadeiro conhecimento, da loucura à sabedoria, da injustiça à justiça, da impiedade a Deus. São numerosos os bens que daí derivam, como diz o próprio Deus em Isaías: «Esta é a herança dos servos do Senhor» (54,17). Não é ouro nem prata, nem o que os vermes corroem, nem o que roubam os ladrões (Mt 6,19), mas o inestimável tesouro da salvação. […] É esta herança que nos põe nas mãos o testamento eterno pelo qual Deus nos assegura os seus dons. Este Pai que nos ama com tanta ternura exorta-nos, educa-nos, ama-nos e salva-nos incessantemente. «Sede justos», diz o Senhor. «Todos vós que tendes sede, vinde beber desta água. Mesmo os que não tendes dinheiro, vinde, comprai trigo para comer sem pagar nada. Levai vinho e leite, que é de graça» (Is 55,1). Ele convida-nos ao banho que purifica, à salvação, à iluminação […]. Os santos do Senhor herdarão a glória de Deus e o seu poder, «que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor 2,9) […].

Tendes esta promessa divina da graça, e por outro lado ouvistes as ameaças do castigo: são as duas vias pelas quais o Senhor salva […]. Porque tardamos? Porque não acolhemos o seu dom, escolhendo o melhor? […] «Repara que coloco hoje diante de ti a vida e o bem, a morte e o mal» (Dt 30, 15). O Senhor tenta fazer-te escolher a vida; aconselha-te como um pai […].

De quem dirá o Senhor: «deles é o Reino do Céu» (Mt 5,3)? É vosso, se o desejardes, quando tiverdes escolhido a Deus. É vosso, se quiserdes acreditar e seguir o essencial da mensagem, como os ninivitas que escutaram a mensagem do profeta e obtiveram, graças ao seu arrependimento sincero, a salvação, em vez da ruína que os ameaçava.

Responsório (Sl 50)

— Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido!

— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido!

22 de fev. de 2015

Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma

 (Mt 25,31-46)




Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

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Comentário do dia: São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja. Sermão 14, sobre o amor aos pobres.




«A Mim mesmo o fizestes»

Pensas que a caridade é facultativa? Que não se trata de uma lei, mas de um simples conselho? Bem gostaria que fosse assim. Mas assusta-me o lado esquerdo de Deus, esse lado para onde Ele mandou os cabritos, aos quais não censurou o facto de terem roubado, pilhado, cometido adultérios ou perpetrado outros delitos deste tipo, mas o facto de não terem honrado a Cristo na pessoa dos seus pobres.

Por isso, se me julgais dignos de alguma atenção, servos de Cristo, seus irmãos e co-herdeiros, visitemos a Cristo, alimentemos a Cristo, tratemos as feridas de Cristo, honremos a Cristo, não só sentando-O à nossa mesa como Simão, não só ungindo-O com perfumes como Maria, não só dando-Lhe sepulcro como José de Arimateia, não só provendo o necessário para a sua sepultura como Nicodemos, não só, finalmente, oferecendo-Lhe ouro, incenso e mirra como os magos.

Mas, uma vez que o Senhor do universo prefere a misericórdia ao sacrifício (cf Mt 9,13), uma vez que a compaixão tem muitos mais valor que a gordura de milhares de cordeiros, ofereçamos a misericórdia e a compaixão na pessoa dos pobres que hoje na terra são humilhados, de modo que, ao sairmos deste mundo, sejamos recebidos nas moradas eternas (cf Lc 16,9) pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor, a quem seja dada glória pelos séculos dos séculos.

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Responsório (Sl 18)

— Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida!

— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Que vos agrade o cantar dos meus lábios e a voz da minha alma; que ela chegue até vós, ó Senhor, meu Rochedo e Redentor!

Recortes

“É um fato certo que o demônio não pode seduzir ninguém, a não ser os que lhe prestam o consentimento da sua vontade.” Cassiano, Colationes, 7;

Celebramos a 23 de fevereiro...



S. Policarpo, bispo

Hoje a Liturgia lembra São Policarpo. Ele pertence ao grupo dos chamados "Padres Apostólicos", quer dizer, discípulos dos primeiros Apóstolos, e foi Bispo e Mártir. São Policarpo - nome que significa: "muito fruto" - deve ter sido discípulo de São João, o autor do 4° Evangelho. 
Por sua vez, teve ele um aluno, que até o superou, tornando-se até mais célebre. É Santo Irineu, apóstolo da França. Esse mesmo Irineu lembra que Policarpo enviava cartas às comunidades vizinhas e a alguns irmãos, em particular, para os ensinar e os admoestar. Conserva-se até hoje sua belíssima Carta aos Filipenses. 
Também nos foi transmitida a narração do seu martírio, com as suas últimas palavras, proferidas com muita suavidade perante o juiz que o condenava. Dizia ele: "Finges ignorar quem eu sou? Escuta-o com toda clareza: eu sou cristão". Foi então queimado vivo. Corria o ano de 155. 
Ser cristão é uma graça, mas também, uma honra. Igualmente, um compromisso com o Evangelho.


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Beata Rafaela Ibarra

Natural de Bilbao, Espanha, Rafaela Ibarra era filha de ricos industriais espanhóis. Admiradora de S. Teresa de Jesus, dedicou sua vida ao serviço dos necessitados. Fundou, com esta finalidade, o Instituto dos Santos Anjos da Guarda, para amparo de meninas carentes, de mães solteiras, de mulheres desamparadas... Embora fundadora, Rafaela jamais conseguiu professar na sua congregação, pois em 1898 faleceram seu marido e uma nora, ficando seus netos a seus cuidados. Faleceu no dia 23 de fevereiro de 1900. Foi beatificada por João Paulo II, em 1984

No Angelus Papa convida a entrar sem medo no deserto, local de combate espiritual

Cidade do Vaticano (RV) 
– Neste I Domingo da Quaresma o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para rezar, com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro, a oração mariana do Angelus. A Liturgia do dia inspirou a reflexão do Pontífice sobre as lutas vividas durante o tempo Quaresmal, “tempo do combate espiritual contra o espírito do mal”. “No deserto – disse ele - podemos descer em profundidade aonde se joga verdadeiramente o nosso destino, a vida ou a morte”.
O Papa iniciou falando da “prova enfrentada voluntariamente por Jesus”, no deserto, “antes de iniciar sua missão messiânica”. “Naqueles quarenta dias de solidão, enfrentou satanás “corpo a corpo”, desmascarou as suas tentações e o venceu. E nele todos vencemos, mas nós devemos proteger esta vitória no nosso dia-a-dia”:
“A Igreja nos faz recordar tal mistério no início da Quaresma, porque isto nos dá a perspectiva e o sentido deste tempo, que é o tempo do combate - na Quaresma se deve combater - um tempo de combate espiritual contra o espírito do mal. E enquanto atravessamos o deserto quaresmal, nós temos o olhar dirigido à Páscoa, que é a vitória definitiva de Jesus contra o Maligno, contra o pecado e contra a morte. Eis então o significado deste primeiro Domingo da Quaresma: colocar-nos decididamente no caminho de Jesus, o caminho que conduz à vida. Olhar Jesus, o que fez Jesus e seguir com Ele”.
O Papa explicou que este caminho de Jesus passa pelo deserto, local de luta e de silêncio, onde podemos ouvir a voz do Senhor:
“Este caminho de Jesus passa pelo deserto e alí é o lugar onde se pode escutar a voz de Deus e a voz do tentador. No barulho, na confusão, isto não pode ser feito; ouve-se somente vozes superficiais. Pelo contrário, no deserto, podemos descer em profundidade onde se joga verdadeiramente o nossos destino, a vida ou a morte”.
“O deserto quaresmal – observou - nos ajuda a dizer não à mundanidade, aos ídolos, nos ajuda a fazer escolhas corajosas conforme o Evangelho e a reforçar a solidariedade com os irmãos. E a presença de Jesus e do Espírito Santo na nossa vida, nos encorajam a entrarmos neste deserto:
“Então entremos no deserto sem medo, porque não estamos sozinhos: estamos com Jesus, com o Pai e com o Espírito Santo. Assim como foi para Jesus, é justamente o Espírito Santo que nos guia no caminho quaresmal, o mesmo Espírito descido sobre Jesus e que nos é dado no batismo. A Quaresma, por isto, é um tempo propício que deve nos levar a tomar sempre mais consciência do quanto o Espírito Santo, recebido no Batismo, operou e pode operar em nós. E ao final do itinerário quaresmal, na Vigília Pascal, poderemos renovar com maior consciência a aliança batismal e os compromissos que dela derivam”.
Na sua alocução, o Pontífice mais uma vez reiterou a importância de conhecermos as Escrituras, para sabermos “responder às insídias do maligno”, voltando então, a aconselhar a leitura diária de um pequeno trecho do Evangelho, “dez minutos”, e tê-lo sempre conosco, “no bolso, na bolsa, mas sempre à mão”.
Por fim, o Papa pedia a “Virgem Santa, modelo de docilidade ao Espírito, nos ajude a deixar-nos conduzir por Ele, que quer fazer de cada um de nós “uma nova criatura””. A seguir, Francisco saudou os fiéis presentes na Praça São Pedro. (JE)

21 de fev. de 2015

1º Domingo da Quaresma - Ano B

(Mc 1,12-15)



Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”


Comentário do dia: São Gregório de Nazianzo (330-390), bispo, doutor da Igreja. Sermão XL, 10

A tentação depois do batismo


Se, depois o batismo, fores atacado pelo perseguidor, o tentador da luz, tens material para a vitória. Ele irá certamente atacar-te, já que também atacou o Verbo, o meu Deus, enganado pela aparência humana que lhe escondia a luz incriada. Não tenhas medo do combate. Opõe-lhe a água do batismo, opõe-lhe o Espírito Santo no qual se extinguem todos os dardos inflamados lançados pelo maligno. […]

Se ele te mostrar as necessidades que te oprimem – e não deixou de o fazer com Jesus –, se te lembrar que tens fome, não dês a entender que ignoras as suas propostas. Ensina-lhe o que ele não sabe; opõe-lhe a Palavra de vida, esse verdadeiro Pão enviado do céu e que dá a vida ao mundo.

Se ele te estender a armadilha da vaidade – e usou-a contra Cristo, quando O levou ao pináculo do Templo e Lhe disse: «Deita-Te daqui abaixo», para O fazer manifestar a sua divindade –, toma cuidado para não caíres por teres querido elevar-te. […]

Se te tentar pela ambição, mostrando-te, numa visão instantânea, todos os reinos da terra submetidos ao seu poder, e te exigir que o adores, despreza-o: ele não é mais que um pobre irmão teu. E diz-lhe, confiando no selo divino: «Também eu sou imagem de Deus; ainda não fui, como tu, precipitado do alto da minha glória por causa do meu orgulho! Estou revestido de Cristo; tornei-me outro Cristo pelo meu batismo; cabe-te a ti adorares-me.» Tenho a certeza que ele se irá embora, vencido e humilhado por estas palavras. Vindas de um homem iluminado por Cristo, serão sentidas por ele como se emanadas de Cristo, a luz suprema. Estes são os benefícios que a água do batismo traz aos que reconhecem a sua força.

Responsório (Sl 24)
— Verdade e amor, são os caminhos do Senhor.

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada!/ Vossa verdade me oriente e me conduza,/ porque sois o Deus da minha salvação.

— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura/ e a vossa compaixão que são eternas!/ De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia,/ e sois bondade sem limites, ó Senhor!

— O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores./ Ele dirige os humildes na justiça,/ e aos pobres ele ensina o seu caminho.

Recortes

“Não te esqueças, meu amigo, de que precisas de armas para vencer nesta batalha espiritual. As tuas armas serão: a oração contínua, a sinceridade e franqueza com o teu diretor espiritual, a Santíssima Eucaristia e o Sacramento da Penitência, um generoso espírito de mortificação cristã..." Salvatore Canals, Reflexões espirituais 

Maria, a Mãe dolorosa que permaneceu de pé na hora mais cruel da história


(Fonte: site Aleteia)

"Stabat mater dolorosa" ("A mãe dolorosa permanecia em pé") é um dos hinos espirituais mais pungentes da Idade Média. Composto no século XIII, o poema medita sobre a dor de Maria ao pé da cruz, durante o sacrifício do filho Jesus no Calvário. Não há certeza sobre a autoria do hino, que pode ter sido escrito pelo papa Inocêncio III ou pelo frade franciscano Jacopone da Todi.

Em vários lugares do mundo cristão, durante a Via Crúcis rezada na Quaresma, as estrofes do "Stabat Mater" costumam ser cantadas de duas em duas durante a passagem de uma estação para a outra.

Confira no vídeo a interpretação cantada e, logo abaixo, o texto em latim e a versão ao português feita por Ricardo Dias Neto.


STABAT MATER DOLOROSA
A Mãe Dolorosa permanecia em pé 

1 Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa dum pendebat Filius
De pé, a mãe dolorosa junto da cruz, lacrimosa, via o filho que pendia

2 Cuius animam gementem contristatam et dolentem pertransivit gladius
Na sua alma agoniada enterrou-se a dura espada de uma antiga profecia

3 O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta Mater Unigeniti
Oh! Quão triste e quão aflita entre todas, Mãe bendita, que só tinha aquele Filho

4 Quae moerebat et dolebat Pia Mater dum videbat nati poenas inclyti
Quanta angústia não sentia, Mãe piedosa quando via as penas do Filho seu!

5 Quis est homo qui non fleret Matri Christi si videret in tanto supplicio?
Quem não chora vendo isso: contemplando a Mãe de Cristo num suplício tão enorme?

6 Quis non posset contristari Matrem Christi contemplari dolentum cum filio?
Quem haverá que resista se a Mãe assim se contrista padecendo com seu Filho?

7 Pro peccatis suae gentis vidit Iesum in tormentis et flagellis subditum
Por culpa de sua gente, viu Jesus inocente ao flagelo submetido

8 Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum dum emisit spiritum
Vê agora o seu amado pelo Pai abandonado, entregando seu espírito

9 Eia Mater, fons amoris, me sentire vim doloris fac ut tecum lugeam
Faze, ó Mãe, fonte de amor que eu sinta o espinho da dor para contigo chorar

10 Fac ut ardeat cor meum in amando Christum Deum ut sibi complaceam
Faze arder meu coração do Cristo Deus na paixão para que o possa agradar

11 Sancta Mater, istud agas crucifixi fige plagas cordi meo valide
Ó Santa Mãe, dá-me isto: trazer as chagas de Cristo gravadas no coração

12 Tui nati vulnerati tam dignati pro me pati poenas mecum divide
Do teu filho que, por mim, entrega-se à morte assim, divide as penas comigo

13 Fac me tecum pie flere crucifixo condolere donec ego vixero
Oh, dá-me, enquanto viver, com Cristo compadecer chorando sempre contigo

14 Iuxta crucem tecum stare et me tibi sociare in planctu desidero
Junto à cruz eu quero estar, quero o meu pranto juntar às lágrimas que derramas

15 Virgo virginum praeclara mihi iam non sis amara fac me tecum plangere
Virgem, que às virgens aclara, não sejas comigo avara: dá-me contigo chorar

16 Fac ut portem Christi mortem passionis fac consortem et plagas recolere
Traga em mim do Cristo a morte, da Paixão seja consorte, suas chagas celebrando

17 Fac me plagis vulnerari fac me cruce inebriari et cruore filii
Por elas seja eu rasgado, pela cruz inebriado, pelo sangue de teu Filho!

18 Inflammatus et accensus, per te, Virgo, sim defensus in die iudicii
No Julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem por ti é defendido

19 Christe cum sit hinc (iam) exire da per matrem me venire ad palmam vicoriae
Quando eu do mundo partir, dai-me, ó Cristo, conseguir por vossa Mãe a vitória

20 Quando corpus morietur fac ut animae donetur paradisi gloria. Amen.
Quando meu corpo morrer, possa a alma merecer do Reino Celeste a glória. Amém.

20 de fev. de 2015

Paróquia Santa Luzia - Programação para este final de semana


Sábado
-Missa na Matriz, 7h
- Reunião Geral com os Pais (Catequese) 
- Batizados
- Missa na Comunidade São José, 19h

Domingo 

Missa na Matriz: 7h | 10h30 | 19h

– Retorno da Catequese, envio dos catequistas, 10h30
- Celebração: Comunid. Maria de Nazaré, 8h45
- Missa: Comunid. S. P. Apóstolo, 9h
- Retiro da Pastoral Familiar  
- Missa: Comunid. Js Transfigurado, 18h

Bom dia Povo de Deus


Recortes

"Não olheis a nossa cegueira, meu Deus, mas o muito sangue que o vosso Filho derramou por nós. Resplandeça a vossa misericórdia no meio de tão grande maldade; considerai, Senhor, que somos obra das vossas mãos.” (Santa Teresa, Exclamações, 8)

Você está realmente preparado(a) para um namoro sério?

Confira a lista de requisitos básicos e avalie seu nível de maturidade


Você já se fez esta pergunta alguma vez? Eu já, muitas vezes e em diversas etapas da vida, inclusive estando em um relacionamento. Ao longo das minhas experiências, fui encontrando respostas que agora quero compartilhar. Espero que sejam úteis, ainda que pouco, para esclarecer suas ideias.
 
Um tema de grande preocupação em muitos de nós, adolescentes e jovens, é encontrar um(a) namorado(a), apaixonar-nos, e isso pode ocupar grande parte do nosso tempo, pensamentos e emoções. As razões são diversas.
 
Naturalmente, o interesse pelo sexo oposto aumenta na adolescência e na juventude. Além disso, sentimos a necessidade de amar e ser amados por pessoas diferentes dos nossos familiares.
 
É assim que nos sentimos valorizados, vamos conhecendo nossas qualidades e defeitos, bem como os da outra pessoa.
 
Aprendemos a aceitar-nos como somos e a aceitar os outros.
 
Outro motivo para a busca de um(a) namorado(a) é averiguar quão atraentes e interessantes somos. Também queremos sentir segurança, e por isso buscamos a companhia de uma pessoa com quem compartilhar nosso tempo, alguém que nos elogie e nos ame.
 
No entanto, estas razões poderiam não ser suficientes ou adequadas sem antes levar em consideração a nossa autoestima, nossa segurança pessoal e nossos objetivos. Estamos mal-acostumados a achar que "temos de" ter namorado(a) antes dos 15 anos e que, se passamos dos 20 e isso não aconteceu, há algo errado conosco.
 
Mas isso não é verdade!
 
Na realidade, nossa principal ocupação deveria ser conhecer quem somos, identificar nossos dons, habilidades, virtudes e defeitos, olhar no espelho e reconhecer essa pessoa que vemos refletida nele. E, com tudo isso, aceitar-nos e amar a nós mesmos, com todos os nossos defeitos, sabendo que somos únicos no mundo.
 
Com isso, teremos o campo preparado para trabalhar a segurança pessoal. Uma boa autoestima nos ajudará a enfrentar melhor o mundo e as situações diárias da vida. Sabendo quem somos, será mais difícil que as críticas nos derrubem, não dependeremos da aprovação e do afeto dos outros para sentir-nos seguros.
 
Ao estar seguros do nosso valor, escolheremos com quem sair e não nos conformaremos com qualquer pessoa, com tal de ter um pouco de carinho e atenção; nunca aceitaremos que alguém nos peça coisas que não queremos fazer ou que mudemos para agradá-lo; teremos claros nossos anseios, não precisaremos de outra pessoa para sentir-nos completos, porque já estamos. E aprenderemos a curtir nossa solidão, que é a melhor companhia.
 
Finalmente, com a autoestima e a segurança pessoal sólidas, podemos nos dedicar a pensar em nossos objetivos, perguntar-nos quais são nossas metas, nossos sonhos, nossos anseios em cada área da nossa vida, e fazer planos a curto e médio prazo para alcançá-los.
 
É verdade que nem sempre teremos tudo isso resolvido antes de conhecer nosso(a) parceiro(a), mas é preciso garantir que os motivos para começar um namoro NÃO sejam estes:
 
- Preencher um vazio
- Não ficar sozinhos
- Pensar que estamos incompletos sem outra pessoa
- Que nos amem porque nós não nos amamos
- Comprovar que somos atraentes
- Obter atenção e carinho (como meta primária)
- Esperar que a outra pessoa nos faça sentir-nos valiosos
- Esquecer um relacionamento anterior
 
Se estes ou outros motivos parecidos estiverem presentes, certamente não estamos preparados para um relacionamento amoroso.
 
Se, ao contrário:
 
- Eu me valorizo
- Eu me respeito
- Tenho claros meus anseios
- Sinto-me feliz com a minha vida e com quem sou
- Curto a minha solidão
- Tenho vontade de compartilhar minha felicidade com alguém e não dependo da outra pessoa para ser feliz
- Tenho certeza de que posso me doar a alguém, oferecendo coisas positivas para a sua vida
- Estou disposto(a) a dar mais do que receber
- Sei que o amor é compromisso, que exige esforço e entrega, e estou disposto(a) a isso
 
... então você está preparado(a) para começar um namoro.
sources: La Opción V | Aleteia