Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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30 de set. de 2015

O caminho para um namoro santo



O caminho para um namoro santo exige 4 virtudes: maturidade, renúncia, espera e paciência.

É maravilhosa a essência do amor em todas as suas faces, mas essa experiência perfeita se torna delicada e negativa quando se desvirtua de sua realeza. Amar é dom de Deus e por isso é uma experiência tão perfeita.

Amar é um exercício complexo e encantador, no qual deixamos de viver exclusivamente o nosso tempo para entrar, esperar e compreender o tempo de alguém. E aí temos de perceber a profundidade desse sentimento; amar é, sim, entrar no tempo do outro, é entender, perdoar, estar ao lado sempre, mas não é apoderar-se das vontades alheias nem possuir as rédeas da vida do outro.

Um amor verdadeiro não afasta as pessoas, mas as aproxima; não atropela as etapas que devem ser respeitadas. Não pertencemos a ninguém, não somos propriedade ou objetos de satisfação pessoal; o namoro é, antes de tudo, momento de conhecimento. Somos templo do Espírito Santo de Deus, pertencemos somente a Ele. Amar não é acorrentar, ao contrário é libertar o outro para um mundo diferente do isolamento, da autossuficiência.

Como diz padre Fábio de Melo, “Amor humano é devolução, é restituição. E aquele que aceita qualquer coisa, também será deixado por qualquer coisa”. Somos filhos do céu, filhos da luz, merecemos o Amor em sua mais fiel essência e pureza, não podemos nos contentar com migalhas, fantasias passageiras, promessas imaturas e impensadas. Amar exige maturação, exige renúncia, espera e paciência. É saber entrar no tempo do outro e, acima de tudo, saber permitir que o outro entre em nosso tempo quando isso, de fato, valer a pena.

Diante disso, procure um amor de verdade, diferente daquele que lhe manda flores, envia mensagens e cartões apaixonados; procure um amor que seja muito mais do que isso! Procure um amor que o ajude na caminhada árdua para chegar onde todos nós devemos ir: ao céu!

Um amor que ache seu terço a pulseira mais bela, seu escapulário o seu colar mais lindo, que veja nas suas roupas (avessas ao que o mundo prega) um sinal de pureza e integridade e a ache a mulher mais bela do mundo! Compreenda que, na hora da missão, a rasteirinha toma o lugar do salto alto, que o Evangelho é o mais lindo batom que deve sempre estar em seus lábios e encontre, no seu olhar de compaixão aos irmãos, o brilho mais bonito!

Aquele que entenda que as músicas ouvidas por você são sinal de oração e ligação profunda com o seu Maior Amado: Deus; compreenda que a Missa diária não é loucura ou fanatismo, mas uma necessidade; saiba que a sua Bíblia é o que nunca falta na sua bolsa! Aquele que compreenda sua vocação e a ajude a seguir nesta vontade do Pai!

Procure um amor que entenda a importância da adoração ao Santíssimo Sacramento, muito mais que um encontro de vocês! Que veja, nos retiros e congressos, pontes que poderão levá-los ao Eterno, e não se importe em adiar passeios e viagens por isso! Acredite que a castidade é o único caminho para um namoro santo e um matrimônio enraizado na fé!

Que sejam assim, desde o início, o nosso relacionamento, baseados em princípios e valores da Palavra de Deus e nos mandamentos da Igreja, é verdade que, nem assim, serão perfeitos; sempre passarão por dificuldades, mas é mais certo ainda que estarão no caminho certo, afinal estaremos construindo em rocha firme, portanto, nada poderá derrubar o que vêm de Deus! Por mais difícil que pareça, creia que Deus está preparando seu amado! Paz e Bem!

Giselle Ferreira (Membro da Comunidade Mariana Boa Semente – Quixeramobim/CE)

Recortes

Sou para a eternidade a vossa Irmãzinha
Teresa do Menino Jesus e da Santa Face

(Santa Teresa de Jesus, Carta 254: Ao Padre Roulland)

Celebramos a 1 de outubro



Santa Teresa do Menino Jesus, 
Virgem e Doutora da Igreja



Discreta e silenciosa, durante a vida quase não chamou a atenção sobre si.

Parecia uma freira comum, sem nada de excepcional. Faleceu aos 24 anos, tuberculosa, depois de passar por terríveis sofrimentos. Enquanto agonizava,

ouviu duas freiras comentarem entre si, do lado de fora de sua cela: "Coitada da Irmã Teresa! Ela não fez nada na vida... O que nossa Madre poderá escrever sobre ela, na circular em que dará aos outros conventos a notícia da sua morte?" Assim viveu Santa Teresinha, desconhecida até mesmo das freiras que com ela compartilhavam a clausura do Carmelo. Somente depois de morta seus escritos e seus milagres revelariam ao mundo inteiro a verdadeira envergadura da grande Santa e Mestra da espiritualidade. A jovem e humilde carmelita que abriu, na espiritualidade católica, um caminho novo para atingir a santidade (a célebre "Pequena Via"), foi declarada pelo Papa João Paulo II Doutora da Igreja.

Santa Teresa do Menino Jesus

(Lc 10,1-12)





Naquele tempo, 1o Senhor escolheu outros setenta e dois discípulos e os enviou dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir.

2E dizia-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. 3Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos. 4Não leveis bolsa nem sacola nem sandálias, e não cumprimenteis ninguém pelo caminho! 5Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; se não, ela voltará para vós. 7Permanecei naquela mesma casa, comei e bebei do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não passeis de casa em casa.

8Quando entrardes numa cidade e fordes bem recebidos, comei do que vos servirem, 9curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: ‘O Reino de Deus está próximo de vós’.

10Mas, quando entrardes numa cidade e não fordes bem recebidos, saindo pelas ruas, dizei: 11‘Até a poeira de vossa cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vós. No entanto, sabei que o Reino de Deus está próximo!’ 12Eu vos digo que, naquele dia, Sodoma será tratada com menos rigor do que essa cidade”.

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Comentário do dia: Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa. Pequeno Diário, § 244 (a partir da trad. de Parole et Dialogue 2002, p. 128)

«Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus.»

Já recomeçou o cinzento da rotina do dia a dia. Os momentos solenes dos meus votos perpétuos passaram, mas esta grande graça de Deus permanece na minha alma. Sinto que pertenço totalmente a Deus, sei que sou a sua filha, sinto que sou inteiramente sua propriedade. Experimento-o de maneira física e sensível. Estou perfeitamente tranquila em tudo, porque sei que é tarefa do Esposo pensar em mim. Estou completamente esquecida de mim própria

A minha confiança no seu Coração misericordioso não tem limites. Estou continuamente unida a Ele. Vejo que é como se Jesus não pudesse ser feliz sem mim, nem eu sem Ele. Compreendo bem que, sendo Deus feliz em Si mesmo, e não precisando de criatura absolutamente nenhuma para a sua felicidade, no entanto, a sua bondade força-O a dar-Se à sua criatura – e fá-lo com uma generosidade inconcebível.

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Responsório (Sl 18)

— Os ensinos do Senhor são sempre retos, alegria ao coração.


— A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para a alma! O testemunho do Senhor é fiel, sabedoria dos humildes.

— Os preceitos do Senhor são precisos, alegria ao coração. O mandamento do Senhor é brilhante, para os olhos é uma luz.

— É puro o temor do Senhor, imutável para sempre. Os julga-mentos do Senhor são corretos e justos igualmente.

— Mais desejáveis do que o ouro são eles, do que o ouro refinado. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos.

Bênção das rosas - 1 de outubro

NESTA QUINTA-FEIRA, 7H DA MANHÃ,
na igreja Matriz Santa Luzia - 

29 de set. de 2015

Papa aos jornalistas: permitir comunhão para divorciados em nova união seria uma solução simplista

Por Alvaro de Juana

VATICANO, 29 Set. 15 (ACI).

- Durante a coletiva de imprensa no voo de volta a Roma (Itália), o Papa Francisco falou sobre os divorciados em nova união e o acesso à comunhão, um dos temas mais abordados pelos meios de comunicação durante o último Sínodo sobre a Família e que também será parte do novo Sínodo, a ser realizado a partir do dia 4 de outubro de 2015.

“Existe o problema dos segundos matrimônios, dos divorciados em uma nova união”, disse aos jornalistas.

“Vocês têm o Instrumentum Laboris (o documento guia dos participantes do Sínodo).  Aquilo que fica em discussão”. O Santo Padre também falou do problema dos divorciados em nova união: “É simplista dizer que se pode fazer a comunhão”.

“Esta não é a única solução; o que o Instrumentum Laboris propõe é mais, como por exemplo, o problema das novas uniões, dos divorciados, não é um único problema”.

Continuando, o Santo Padre repassou alguns destes problemas mencionados na Instrumentum Laboris que ele mesmo cita: “os jovens que não se casam, que não querem se casar, é um problema pastoral. Outro problema é a maturidade afetiva, no matrimônio é outro problema, a fé”.

“Acredito que isto é para sempre? Sim, sim, acredito. Sobre a preparação ao matrimônio penso muitas vezes que para ser sacerdote há uma preparação de oito anos e depois não é definitivo, a Igreja pode tirar o estado clerical. Mas, para casar-se por toda a vida fazem quatro encontros de preparação matrimonial. Há algo que não funciona e isto é o que a Igreja deve pensar bem, como fazer uma boa preparação ao matrimônio; é uma das coisas mais difíceis”.

Na Audiência Geral do dia 5 de agosto, o Papa Francisco dedicou sua catequese precisamente às pessoas divorciadas em nova união e seus filhos. “A Igreja bem sabe que tal situação contradiz o Sacramento cristão”, disse então.

Não obstante, o Bispo de Roma sublinhou que a Igreja tem um “olhar de mestra” que “parte sempre de um coração de mãe” e recordou ainda que “os divorciados não estão excomungados”.

“Como poderíamos recomendar a estes pais que façam de tudo para educar os filhos à vida cristã, dando a eles exemplo de uma fé convicta e vivida, se os mantivéssemos longe da vida da comunidade como se fossem excomungados? ”, perguntou-se o Pontífice.

Sua resposta foi que “não devemos adicionar outros pesos além daqueles que os filhos, nestas situações, já devem carregar”. “Infelizmente, são grandes os números de crianças e adolescentes envolvidos em separações dos pais e segundas uniões”. Em relação a esses, afirmou que “é importante que eles sintam a Igreja como mãe atenta a todos, sempre disposta a escuta e ao encontro”.

Francisco deixou claro que ante esta situação a Igreja “não ficou insensível nem preguiçosa” e destacou que “cresceu muito a consciência de que precisamos de uma fraterna e atenciosa acolhida, no amor e na verdade, para os batizados que estabeleceram um novo relacionamento após o fracasso do matrimônio sacramental”.

“Em efeito, estas pessoas não foram absolutamente excomungadas e não devem absolutamente ser tratadas como tal: elas fazem sempre parte da Igreja”, concluiu o Papa.

Recortes

“O supérfluo dos ricos é o necessário dos pobres. Possuem-se coisas alheias quando se possui o supérfluo.”  (Santo Agostinho, Comentário sobre o Salmo 147)

Celebramos a 30 de setembro...


S. Jerônimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV


Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340. Estudou em Roma e aí foi baptizado. Tendo abraçado a vida ascética, partiu para o Oriente e foi ordenado sacerdote. Regressou a Roma e foi secretário do papa Dâmaso. Nesta época começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura e promoveu a vida monástica. Mais tarde estabeleceu-se em Belém, onde continuou a tomar parte muito activa nos problemas e necessidades da Igreja. Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura. Morreu em Belém no ano 420.

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Quarta-feira da 26ª semana do Tempo Comum

(Lc 9,57-62)





Naquele tempo, 57enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. 58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59Jesus disse a outro: “Segue-me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62Jesus, porém, respondeu-lhes: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”.

Comentário do dia: Santo Atanásio (295-373), bispo de Alexandria, doutor da Igreja. Vida de Santo Antão, 19-20

Seguir a Cristo pelo caminho certo

Um dia, os monges vieram ter com Antão e pediram-lhe que lhes dirigisse a palavra. Ele respondeu-lhes: «Eis que começamos a avançar pela estrada da virtude; continuemos agora em frente, a fim de atingirmos a meta (Fil 3,14). Que ninguém olhe para trás como a mulher de Lot (Gn 19,26), porque o Senhor disse: “Quem mete a mão ao arado e olha para trás não é apto para o Reino dos Céus.” Olhar para trás mais não é do que alterar o próprio objectivo e retomar o gosto pelas coisas deste mundo. Nada receeis quando ouvirdes falar da virtude, nem vos espanteis com esta palavra. Porque a virtude não está longe de nós, nem nasce fora de nós; é coisa que nos diz respeito, e é simples, desde que o queiramos.

Os pagãos deixam o seu país e atravessam os mares para irem estudar letras. Nós não temos necessidade de abandonar o nosso país para ir para o Reino dos Céus, nem de atravessar o mar para adquirir a virtude. Porque o Senhor disse: “O Reino de Deus está dentro de vós” (Lc 17,21). A virtude apenas precisa, pois, do nosso querer, dado que está em nós e nasce de nós. Se a alma conserva a parte inteligente que é conforme à sua natureza, a virtude pode nascer. A alma encontra-se no seu estado natural quando permanece tal como foi feita; e foi feita muito bela e muito recta. Era por isso que Josué, filho de Nun, dizia: “Inclinai os vossos corações para o Senhor, Deus de Israel” (Jos 24,23). E João Batista: “Endireitai as suas veredas” (Mt 3,3). Para a alma, ser recta consiste em manter a sua inteligência tal como foi criada. Quando, pelo contrário, se desvia do seu estado natural, nessa altura fala-se do vício da alma. Não se trata, pois, de uma coisa difícil. […] Se tivéssemos de procurá-la fora de nós, seria realmente difícil; mas, visto que está em nós, evitemos os pensamentos impuros e guardemos a alma para o Senhor, como se tivéssemos recebido um depósito, a fim de que Ele reconheça a sua obra, encontrando a nossa alma tal como a fez.»

Responsório (Sl 136)

— Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!

— Junto aos rios da Babilônia nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali penduramos nossas harpas.

— Pois foi lá que os opressores nos pediram nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: “Cantai hoje para nós algum canto de Sião”

— Como havemos de cantar os cantares do Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, algum dia eu me esquecer, que resseque a minha mão.

— Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria!

19 de set. de 2015

O Vaticano recebe uma família de refugiados sírios

A família, de quatro pessoas que fugiram de Damasco, está hospedada em um apartamento vaticano, à espera de proteção internacional


Cidade do Vaticano,  (ZENIT.org

Staff Reporter 


Chegou alguns dias atrás ao Vaticano a família de refugiados abrigada pela comunidade da paróquia de Sant’Ana. Sírios, eles são pai, mãe e dois filhos vindos de Damasco, cidade que tiveram de abandonar por causa da guerra. São cristãos de rito greco-melquita católico, do patriarcado de Antioquia. Os quatro chegaram à Itália no domingo em que o Santo Padre, no final do ângelus, dirigiu um apelo a cada paróquia, comunidade religiosa, mosteiro e santuário para acomodar uma família de refugiados. Os sírios estão hospedados em um apartamento do Vaticano nas redondezas da Praça de São Pedro.

Foi iniciado imediatamente, além disto, o procedimento de solicitação de proteção internacional. Durante este período, eles serão assistidos e acompanhados pela comunidade da paróquia de Sant’Ana, dado que a legislação italiana não permite que os requerentes de proteção internacional trabalhem no país durante os primeiros seis meses. É necessária também a confidencialidade quanto à identidade da família.

Quanto à recepção da segunda família por parte da outra paróquia do Vaticano, a de São Pedro, não pode ser fornecida ainda nenhuma notícia até a conclusão das formalidades necessárias.

Já faz muitos anos que os papas, através das instituições apostólicas de caridade, contribuem com o pagamento das taxas de primeira autorização de residência para refugiados na Itália, através do Centro Astalli, gerido pelos jesuítas. Só em 2014 foram pagos pelo Vaticano cerca de 50.000 euros nessas taxas administrativas.

A Esmolaria Apostólica, sempre em nome do papa, também ajuda diariamente muitas pessoas e famílias de refugiados a prover necessidades básicas, inclusive de saúde, nos vários centros de acolhimento localizados em Roma.

Uma clínica móvel doada faz alguns anos pelo papa está sendo disponibilizada algumas vezes por semana para dar assistência aos refugiados nos centros de acolhimento das periferias de Roma. Os voluntários, entre médicos, enfermeiros e guardas suíços, são funcionários do Estado da Cidade do Vaticano, da Universidade de Tor Vergata e membros do Instituto de Solidariedade Médica, uma organização sem fins lucrativos.

Recortes

“Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.”  (Santo Agostinho, 354 - 430)

Celebramos a 20 de setembro...



Santos André Kim Taegón, presbítero, Paulo Chóng Hasang e companheiros, mártires, +1846

No início do século XVII, por iniciativa de alguns leigos, entrou pela primeira vez a fé cristã na Coreia. Assim se formou uma comunidade forte e fervorosa, sem pastores, quase só conduzida por leigos, até ao ano 1836, durante o qual chegaram os primeiros missionários, vindos de França, que entraram furtivamente na região. Nas perseguições dos anos 1839, 1846 e 1866, surgiram desta comunidade 103 santos mártires, entre os quais se distinguem o primeiro presbítero e ardente pastor de almas André Kim Taegon e o insigne apóstolo leigo Paulo Chong Hasang. Os outros são quase todos leigos, homens e mulheres, casados ou não, anciãos, jovens e crianças, que, suportando o martírio, consagraram com o seu glorioso sangue os florescentes primórdios da Igreja coreana.





www.liturgia.pt

Vigésimo Quinto Domingo do Tempo Comu







A liturgia do 25º Domingo Comum convida os crentes a prescindir da "sabedoria do mundo" e a escolher a "sabedoria de Deus". Só a "sabedoria de Deus" - dizem os textos bíblicos deste Domingo - possibilitará ao homem o acesso à vida plena, à felicidade sem fim.

O Evangelho apresenta-nos uma história de confronto entre a "sabedoria de Deus" e a "sabedoria do mundo". Jesus, imbuído da lógica de Deus, está disposto a aceitar o projecto do Pai e a fazer da sua vida um dom de amor aos homens; os discípulos, imbuídos da lógica do mundo, têm dificuldade em entender essa opção e em comprometer-se com esse projecto. Jesus avisa-os, contudo, de que só há lugar na comunidade cristã para quem escuta os desafios de Deus e aceita fazer da vida um serviço aos irmãos, particularmente aos humildes, aos pequenos, aos pobres.

A segunda leitura exorta os crentes viverem de acordo com a "sabedoria de Deus", pois só ela pode conduzir o homem ao encontro da vida plena. Ao contrário, uma vida conduzida segundo os critérios da "sabedoria do mundo", irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.

A primeira leitura avisa os crentes de que escolher a "sabedoria de Deus", provocará o ódio do mundo. Contudo, o sofrimento não pode desanimar os que escolhem a "sabedoria de Deus": a perseguição é a consequência natural da sua coerência de vida.




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25º Domingo do Tempo Comum - Ano B

(Mc 9,30-37)




Naquele tempo, 30Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, 31pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”.

32Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. 33Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?”

34Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior.

35Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”

36Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: 37“Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.


Comentário do dia: São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja. Homilia sobre a humildade, 5-6

«Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos.»

Lembra-te deste provérbio: «Deus resiste aos soberbos e dá a graça aos humildes» (Jo 4,6). Tem presente a palavra do Senhor: «Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado» (Mt 23,12). Se achas que tens alguma coisa boa, reconhece-a, mas sem esquecer as tuas faltas; não te engrandeças com o bem que hoje fizeste, nem esqueças o mal recente ou passado; se o presente é para ti motivo de glória, lembra-te do passado e assim destruirás esse estúpido abcesso!

Se vês o teu próximo pecar, não consideres mais do que a falta cometida e pensa também no bem que ele faz ou fez; muitas vezes descobrirás que é melhor do que tu, se examinares o conjunto da tua vida e não te prenderes a coisas fragmentárias, porque Deus não examina assim o homem. Lembremo-nos disso muitas vezes, para nos preservarmos do orgulho, abaixando-nos, para sermos elevados.

Imitemos o Senhor, que desceu do céu até ao aniquilamento total. [...] Mas, depois de tal aniquilamento, fez resplandecer a sua glória, glorificando com Ele aqueles que com Ele tinham sido desprezados. Tais eram, com efeito, os primeiros discípulos que, pobres e nus, percorreram o universo sem palavras de sabedoria nem séquitos faustosos, mas sós, errantes e sofredores, vagabundos por terra e por mar, vergastados, apedrejados, perseguidos e, finalmente, levados à morte. Tais são os divinos ensinamentos do nosso Pai. Imitemo-los para chegarmos também à glória eterna, ao perfeito e verdadeiro dom de Cristo.

Responsório (Sl 53)


— É o Senhor quem sustenta minha vida!


— Por vosso nome, salvai-me, Senhor;/ e dai-me a vossa justiça!/ Ó meu Deus, atendei minha prece/ e escutai as palavras que eu digo!

— Pois contra mim orgulhosos se insurgem,/ e violentos perseguem-me a vida;/ não há lugar para Deus aos seus olhos./ Quem me protege e me ampara é meu Deus;/ é o Senhor quem sustenta minha vida!

— Quero ofertar-vos o meu sacrifício,/ de coração e com muita alegria;/ quero louvar, ó Senhor, vosso nome,/ quero cantar vosso nome que é bom!

17 de set. de 2015

Evangelho do dia (vídeo)

É correto que as meninas sejam coroinhas?


(Fonte: Aleteia/ por 

As meninas podem ser coroinhas? A resposta poderia ser tão breve quanto uma palavra: “sim”. Mas vamos acrescentar um pouco de história.

Quando a legislação canônica (em particular, o novo Código de 1983) ampliou as funções que os leigos podem desempenhar nas cerimônias litúrgicas, entendeu-se que, seguindo o que havia sido tradicional com relação a isso, as mulheres poderiam realizar todas, menos o chamado “serviço do altar”, que coincide com o que comumente chamamos de ser “coroinha”.

Em termos mais jurídicos, entendeu-se que, apesar de ser mais recente a norma do Código, que era genérica, continuavam em vigor normas mais específicas que limitavam o serviço do altar aos homens, tais como a Ordenação Geral do Missal Romano (instruções sobre a celebração da Missa) e algumas instruções, a última delas de 1980.

No início dos anos 90, levou-se à Santa Sé uma consulta por parte de vários bispos sobre este tema. A resposta, do Conselho Pontifício para a Interpretação dos Textos Legislativos e confirmada por João Paulo II, é que as mulheres também podem ser incluídas no serviço do altar. De qualquer maneira, acrescenta algumas precisões que convém levar em consideração.

A primeira delas é que o bispo diocesano pode decidir outra coisa. A norma permite, não ordena, e a normativa deixa ao prudente critério do bispo, em sua diocese, tanto este como muitos outros aspectos litúrgicos.

A segunda precisão é que se exorta a não abandonar a existência de coroinhas homens nas paróquias, porque isso sempre foi uma inestimável fonte de vocações sacerdotais. De fato, ambos os aspectos podem coincidir, e já houve bispos que não renunciaram a ter somente meninos como coroinhas, precisamente para não perder seus “canteiros” para o seminário.

Há um aspecto a mais, com menor relevância prática, que poderíamos resumir no seguinte: trata-se de um serviço temporal, não de uma condição permanente; tanto para a mulher quanto para o homem, este é um serviço que se solicita, nunca um direito a ser exigido.

Em resumo, ao ver uma mulher sendo coroinha, o que é preciso levar em consideração é que esta função seja feita bem e dignamente, sem que tenha uma particular relevância o fato de a pessoa ser homem ou mulher.

15 de set. de 2015

Evangelho do dia (vídeo)

Celebra-se a 16 de setembro...

S. Cornélio, papa, mártir, +253

Cornélio foi ordenado bispo da Igreja de Roma no ano 251. Teve de combater o cisma dos Novacianos e, com a ajuda de S. Cipriano, conseguiu consolidar a sua autoridade. Foi desterrado pelo imperador Gallo e morreu no exílio, perto de Civitavecchia, no ano 253. O seu corpo foi trasladado para Roma e sepultado no cemitério de Calixto.








S. Cipriano, bispo, mártir, +258


Cipriano nasceu em Cartago cerca do ano 210, de uma família pagã. Tendo‑se convertido à fé e ordenado sacerdote, foi eleito bispo daquela cidade no ano 249. Em tempos muito difíceis, governou sabiamente, com suas obras e escritos, a Igreja que lhe foi confiada. Na perseguição de Valeriano, sofreu primeiramente o exílio e depois o martírio no dia 14 de Setembro do ano 258.

Recortes

“A sede que tenho é a de chegar a ver o rosto de Deus;
sinto sede na peregrinação,
sinto sede no caminho;
mas saciar‑me‑ei quando chegar”
(Santo Agostinho, Comentário aos Salmos)

Quarta-feira da 24ª semana do Tempo Comum

(Lc 7,31-35)




Naquele tempo, disse Jesus: 31“Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem? 32São como crianças que se sentam nas praças, e se dirigem aos colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta para vós e não dançastes; fizemos lamentações e não chorastes!’

33Pois veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e vós dissestes: ‘Ele está com um demônio!’ 34Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e vós dizeis: ‘Ele é um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e dos pecadores!’ 35Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.

Comentário do dia: São Basílio (c. 330-379), monge, bispo de Cesareia da Capadócia, doutor da Igreja. Grandes Regras monásticas, Prólogo

Deus não Se cansa de nos chamar à conversão

Até quando deixaremos de obedecer a Cristo, que nos chama para o seu Reino celeste? Até quando deixaremos de nos purificar? Nos não decidiremos a abandonar o nosso gênero habitual de vida, para seguir a fundo o Evangelho? Afirmamos desejar o Reino de Deus, mas não nos preocupamos excessivamente com os meios para o alcançar.

Pelo contrário, não nos preocupando minimamente com a observância dos mandamentos do Senhor, estamos convencidos, na vaidade do nosso espírito, de que somos dignos de receber a mesma recompensa que recebem aqueles que resistiram ao pecado até à morte. Mas quem é o homem que, tendo-se deitado em sua casa a dormir no tempo da sementeira, pode recolher braços cheios de espigas no tempo da colheita? Quem poderá fazer a vindima sem ter plantado e cultivado a vinha? Os frutos são para aqueles que trabalharam; as recompensas e as coroas, para aqueles que venceram. Foi jamais coroado atleta algum que não se tenha sequer despido para combater o adversário? E nem sequer basta vencer, é também necessário «lutar segundo as regras» (2Tim 2,5), como diz o apóstolo Paulo, isto é, segundo os mandamentos que nos foram dados.

Deus é bom, mas também é justo: o Senhor «ama a equidade e a justiça» (Sl 32,5); por isso, «celebrarei o amor e a justiça: para Vós, Senhor, hei-de cantar» (Sl 100,1). Vê com que discernimento usa o Senhor de misericórdia. Não é misericordioso sem examinar, como não julga sem piedade, porque «o Senhor é bondoso e previdente, o nosso Deus é misericordioso» (Sl 114,5). Não tenhamos, pois, uma ideia truncada de Deus; o seu amor por nós não deve ser um pretexto para sermos negligentes.

Responsório (Sl 110)

— Grandiosas são as obras do Senhor!

— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

— Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.

— Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações.

Evangelho do dia (vídeo)

Nossa Senhora das Dores


A festa de hoje liga-se a uma antiga tradição cristã. Contam que, na Sexta-feira da Paixão, Maria Santíssima voltou a encontrar-se com Jesus, seu filho. Foi um encontro triste e muito doloroso, pois Jesus havia sido açoitado, torturado e exposto à humilhação pública. Coroado de espinhos, Jesus arrastava até ao Calvário a pesada cruz, para aí ser crucificado. Sua Mãe, ao vê-lo tão mal tratado, com a coroa de espinhos, sofre de dor. Perdendo as forças, caiu por terra, vergada pela dor e pelo sofrimento de ver Jesus prestes a morrer suspenso na cruz. Recobrando os sentidos, reuniu todas as suas forças, acompanhou o filho e permaneceu ao pé da Cruz até o fim.

Inicialmente, esta festa foi celebrada com o título de "Nossa Senhora da Piedade" e "Compaixão de Nossa Senhora". Depois, Bento XIII (1724-1730) promulgou a festa com o título de "Nossa Senhora das Dores".

Somos convidados, hoje, a meditar os episódios mais importantes que os Evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus: a profecia do velho Simeão (Lucas 2,33ss.); a fuga para o Egipto (Mateus 2,13ss.); a perda de Jesus aos doze anos, em Jerusalém (Lucas 2,41ss.); o caminho de Jesus para o Calvário (João19:12ss.); a crucificação (João 19,17ss.); a deposição da cruz e o sepultamento (Lucas 23,50ss.).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

13 de set. de 2015

Evangelho do dia (vídeo)

Eugenio Jorge - É Tempo de Amar

Recortes

“Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da Cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor –, cheia de fortaleza. – E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz” S. Josemaría Escrivá, Caminho, n. 50)

Recortes

“Se sofres, submerge a tua dor na dele: diz a tua Missa. Mas se o mundo não compreende estas coisas, não te perturbes; basta que te compreendam Jesus, Maria, os santos..."  Chiara  Lubich,Meditações

Exaltação da Santa Cruz – Festa


Exaltação da Santa Cruz



A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.





(Jo 3,13-17)




Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.

16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.


Comentário do dia: São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Homilia 1 sobre a Cruz e o Ladrão 1; PG 49, 399-401

«Também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha nele a vida eterna»

Hoje Nosso Senhor Jesus Cristo está na cruz e nós estamos em festa, para que saibais que a cruz é uma festa e uma celebração espiritual. Antigamente, a cruz designava um castigo; hoje, tornou-se objecto de honra. Outrora símbolo de condenação, ei-la, hoje, princípio de salvação. Porque para nós ela é a causa de inumeráveis bens: libertou-nos do erro, iluminou-nos nas trevas e reconciliou-nos com Deus; fôramos para Ele inimigos e longínquos estrangeiros, e ela deu-nos a sua amizade e fez-nos aproximar-nos dele. A cruz é para nós a destruição da inimizade, o penhor da paz, o tesouro de mil bens.

Graças a ela, deixamos de errar pelos desertos, porque conhecemos agora o verdadeiro caminho. Não ficamos do lado de fora do palácio real, porque encontramos a porta. Já não tememos as armas inflamadas do diabo, porque descobrimos a fonte. Graças a ela, saímos do estado de viuvez, porque reencontramos o Esposo. Não tememos o lobo, porque temos o bom pastor. Graças à cruz, não receamos o usurpador, porque moramos  ao lado do Rei.

Eis porque estamos em festa ao celebrar a memória da cruz. O próprio São Paulo nos convida à festa em honra da cruz: «Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade» (1Cor 5,8). E deu ainda a razão para tal honra, dizendo: «Pois Cristo, nossa Páscoa, foi imolado por nós» (v.7).

Responsório (Sl 77)

— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

— Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve atento as palavras que eu te digo; abrirei a minha boca em parábolas, os mistérios do passado lembrarei.

— Quando os feria, eles então o procuravam, convertiam-se correndo para ele; recordavam que o Senhor é sua rocha e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

— Mas apenas o honravam com seus lábios e mentiam ao Senhor com suas línguas; seus corações enganadores eram falsos e, infiéis, eles rompiam a Aliança.

— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, não os matava e perdoava seu pecado; quantas vezes dominou a sua ira e não deu largas à vazão de seu furor.

12 de set. de 2015

Recortes

“...toma‑me como sou, com os meus defeitos, com as minhas debilidades; mas faz‑me chegar a ser como Tu desejas.” S. João Paulo II, Alocução, 13‑IX‑1978

Vigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum

Vigésimo Quarto Domingo do Tempo Comum


A liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum diz-nos que o caminho da realização plena do homem passa pela obediência aos projetos de Deus e pelo dom total da vida aos irmãos. Ao contrário do que o mundo pensa, esse caminho não conduz ao fracasso, mas à vida verdadeira, à realização plena do homem.

A primeira leitura apresenta-nos um profeta anônimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a morte. Contudo, o profeta está consciente de que a sua vida não foi um fracasso: quem confia no Senhor e procura viver na fidelidade ao seu projeto, triunfará sobre a perseguição e a morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo de Jahwéh” a figura de Jesus.

No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador, enviado ao mundo pelo Pai para oferecer aos homens o caminho da salvação e da vida plena. Cumprindo o plano do Pai, Jesus mostra aos discípulos que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos e êxitos humanos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte, se for necessário). Jesus vai percorrer esse caminho; e quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.

A segunda leitura lembra aos crentes que o seguimento de Jesus não se concretiza com belas palavras ou com teorias muito bem elaboradas, mas com gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, de solidariedade para com os irmãos.

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(Mc 8,27-35)





Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”

28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.

30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias.

32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”.

34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.

Comentário do dia: São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo. Sermão 159, 1, 4-6

«Siga-Me.»

Quando o Senhor nos diz no evangelho: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo», achamos que Ele nos manda fazer uma coisa difícil, e consideramos que nos impõe um fardo pesado. Mas se Aquele que manda nos ajudar a realizar aquilo que manda, deixa de ser difícil cumpri-lo. […]

Para onde devemos seguir a Cristo senão para onde Ele foi? Ora, nós sabemos que Ele ressuscitou e subiu aos céus; é para aí que temos de O seguir. Não devemos deixar-nos tomar pelo desespero porque, se é verdade que nada podemos por nós mesmos, também é certo que contamos com a promessa de Cristo. O céu estava longe de nós antes de a nossa Cabeça ter ascendido até ele. A partir de agora, se somos membros do corpo a que esta Cabeça pertence (Col 1,18), porque havemos de desesperar de chegar ao céu? Se nesta terra são muitas as preocupações e os sofrimentos que nos afligem, sigamos a Cristo, em quem se encontram a felicidade perfeita, a paz suprema e a tranquilidade eterna.

Mas o homem desejoso de seguir a Cristo tem de ouvir esta palavra do apóstolo João: «Aquele que diz que está nele deve também andar como Ele andou» (1Jo 2,6). Queres seguir a Cristo? Sê humilde, como Ele foi humilde. Queres juntar-te a Ele nas alturas? Não desprezes o seu abatimento.


Responsório (Sl 114)

— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.


— Eu amo o Senhor, porque ouve/ o grito da minha oração./ Inclinou para mim seu ouvido,/ no dia em que eu o invoquei.

— Prendiam-me as cordas da morte,/ apertavam-me os laços do abismo;/ invadiam-me angústia e tristeza;/ eu então invoquei o Senhor:/ “Salvai, ó Senhor, minha vida!”

— O Senhor é justiça e bondade,/ nosso Deus é amor-compaixão./ É o Senhor quem defende os humildes;/ eu estava oprimido e salvou-me.

— Libertou minha vida da morte,/ enxugou de meus lábios o pranto/ e livrou os meus pés do tropeço./ Andarei na presença de Deus,/ junto a ele na terra dos vivos.