Paróquia Santa Luzia

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17 de dez. de 2014

Advento - 18 de dezembro

(Mt 1,18-24)


18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. 24Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.
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Últimos dias feriais do Advento - 18 de dezembro

Comentário do dia: São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 

Homilias sobre as palavras do Evangelho: «Eis que o anjo do Senhor lhe apareceu», n°2, 13-15

«José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa»


«José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente» (Mt 1,19). Porque era justo, não queria desonrá-la. Não teria sido justo se se tivesse feito seu cúmplice depois de a ter julgado culpada, nem se, reconhecendo a sua inocência, a tivesse condenado. Eis porque tomou a decisão de secretamente a deixar. Mas porquê deixá-la? […] Pela mesma razão, dizem os Padres, que incitou Pedro a afastar o Senhor, dizendo-Lhe: «Afasta-Te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador» (Lc 5,8). De igual modo Lhe fechou a porta o centurião, dizendo-Lhe: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto» (Mt 8,8).

José, que se considerava um pecador, dizia para consigo mesmo que era indigno por ter por mais tempo em sua casa uma mulher cuja excelência e superioridade lhe inspiravam veneração e temor. Ele viu que Ela carregava em si mesma o sinal indubitável da presença divina; e, incapaz de compreender o mistério, queria deixá-la. São Pedro temeu a omnipotência divina; o centurião ficou atemorizado com a presença da majestade de Cristo. José, enquanto homem, foi tomado de espanto ante um milagre tão singular e um tão impenetrável mistério; era por isso que, em segredo, meditava deixar Maria. Não vos espanteis por José se julgar indigno de viver ao lado da Virgem grávida; santa Isabel também não conseguiu suportar a sua presença sem ficar tomada de temor e de respeito: «E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1,43) […]

Porquê deixá-la em segredo? Para não dar azo a que se procurasse a causa de tal separação e para que ninguém viesse exigir explicações. Que poderia este homem justo ter respondido a […] pessoas sempre prontas a contestar? Se tivesse desvelado os seus pensamentos, se tivesse dito estar convencido da pureza da sua noiva, esses cépticos tê-lo-iam votado ao escárnio, e teriam lapidado Maria […]. José teve portanto razão, pois não queria mentir nem difamar. […] Mas o anjo disse-lhe: «Não temas, pois o que Ela concebeu é obra do Espírito Santo.»
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Responsório (Sl 71)
— Nos seus dias a justiça florirá e paz em abundância para sempre.

— Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.

— Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.

— Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque só ele realiza maravilhas! Bendito seja o seu nome glorioso! Bendito seja eternamente! Amém, amém!

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