Paróquia Santa Luzia

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2 de jul. de 2011

Pais podem contar com a Igreja para educar seus filhos, diz Papa

Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano (Tradução: equipe CN Notícias)

 
O Papa Bento XVI recebeu em audiência, neste sábado, 2, sete mil fiéis na sala Paulo XVI
Os pais não devem ter medo de serem testemunhas de fé e para enfrentar as dificuldades de educar seus filhos em Cristo eles podem contar com a Igreja, ressaltou o Papa Bento XVI na manhã deste sábado, 2, ao se encontrar com sete mil fiéis da Diocese de Altamura-Gravina-Acquaviva delle Fonti em peregrinação a Roma.

“Queridos pais, sejam as primeiras testemunhas da fé! Não tenham medo das dificuldades em meio às quais são chamados a realizar a vossa missão. Vocês não estão sozinhos! A comunidade cristã está junto a vocês e vos sustenta. A catequese acompanha os vossos filhos no crescimento humano e espiritual deles, mas é uma formação permanente, não se limita a preparação para o recebimento dos Sacramentos”, elucidou o Papa.

A participação da Missa dominical, disse ainda Bento XVI, é decisivo para a família e para toda comunidade. Nos sacramentos, principalmente na Eucaristia, Jesus opera para a transformação dos homens.

“É justamente graças ao encontro com Cristo, na comunhão com Ele, que a comunidade cristã pode testemunhar a comunhão, abrindo-se ao serviço, acolhendo os pobres e os últimos, reconhecendo o vulto de Deus no enfermo e em cada necessitado”, enfatizou.

O Papa ressaltou ainda que a ação pastoral deve objetivar a formação de pessoas maduras na fé para viver nos meios onde o mesmo Deus é ignorado, pessoas coerentes com a fé que levam em todos os ambientes a luz de Cristo, pessoas que vivem com alegria a fé, transmitindo a beleza de serem cristãos.


Igreja: corpo de Cristo e comunhão
“Viver mais intensamente o 'ser Igreja'", "Povo de Deus”, “Corpo de Cristo e Comunhão”, exaltou Bento XVI. O Papa salientou que a Igreja “não pode ser em si mesma o princípio vital, mas depende de Cristo, que é sinal e instrumento eficaz”.

O Santo Padre chamou também a atenção para o risco de “reduzir tudo numa dimensão horizontal, distorcendo a identidade da Igreja e do anúncio da fé”.

“A Igreja não é uma organização social, filantrópica, como muitos a veem. Ela é a comunidade de Deus, é a comunidade que crê, que ama, que adora o Senhor Jesus e abre as velas ao sopro do Espírito Santo, e por isso, é uma comunidade capaz de evangelizar e de humanizar. A relação profunda em Cristo, vivida e alimentada pela Palavra e pela Eucaristia, torna eficaz o anúncio, motiva o empenho para  a catequese e anima o testemunho da caridade”, ressaltou Bento XVI.

Segundo o Papa, muitos homens e mulheres deste tempo precisam encontrar Deus e vê-Lo no atual momento histórico marcado por luzes e sombras.

“Assistimos a atitudes complexas: fechamento em si mesmo, narcisismo, desejo de consumo, sentimos sem responsabilidade... Tantas são as causas deste desorientamento, que se manifesta numa profunda angústia existencial, mas ao fundo de tudo isso se pode ver a negação da dimensão transcendente do homem e da relação fundamental com Deus”, salientou o pontífice.

Neste sentido, o Santo Padre destacou que é decisivamente necessário que as comunidades cristãs promovam a fé, dando particular atenção para a educação cristã, a fim que cada pessoa possa fazer um autentico caminho de fé e, para isso, a família é a primeira responsável.
 
O Santo Padre  encorajou os sacerdotes a anunciar o Evangelho não temendo o diálogo com a cultura de hoje.  Bento XVI  pediu aos padre que esses sempre reconheçam o dom que receberam, para que possam servir com amor e dedicação o povo de Deus confiado a cada um deles.

“Anunciem com coragem e fidelidade o Evangelho, sejam testemunhas da misericórdia de Deus e, guiados pelo Espírito Santo, saberão indicar a verdade, não temendo o diálogo com a cultura e com aqueles que estão em busca de Deus”, disse o Pontífice.

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