QUANDO RESTAVAM apenas umas poucas moedas no
recém-fundado convento de São José de Ávila, comia-se pão duro e pouco mais, mas
nunca faltavam velas para o altar, e tudo o que se destinava ao culto era
escolhido e bom, dentro da penúria em que se encontravam.
Um visitante que passou por ali perguntou um pouco
escandalizado: “Uma toalha perfumada para que o sacerdote seque as mãos antes da
Missa?” A Madre Teresa, com o rosto inflamado de devoção, lançou a culpa sobre
si mesma: “Esta imperfeição – respondeu –, as freiras adquiriram-na de mim. Mas
quando me lembro de que o Senhor se queixou do fariseu por não tê-lo recebido
honrosamente, quereria que tudo, desde o umbral da igreja, estivesse empapado de
bálsamo” (cfr. Marcelle Auclair, Teresa de Ávila, Quadrante, São Paulo, 1995)
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