Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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27 de jan. de 2015

Quarta-feira da 3ª semana do Tempo Comum

(Mc 4,1-20)



Naquele tempo, 1Jesus começou a ensinar de novo às margens do mar da Galileia. Uma multidão muito grande se reuniu em volta dele, de modo que Jesus entrou numa barca e se sentou, enquanto a multidão permanecia junto às margens, na praia.

2Jesus ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. E, em seu ensinamento, dizia-lhes: 3“Escutai! O semeador saiu a semear. 4Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho; vieram os pássaros e a comeram. 5Outra parte caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; brotou logo, porque a terra não era profunda, 6mas, quando saiu o sol, ela foi queimada; e, como não tinha raiz, secou. 7Outra parte caiu no meio dos espinhos; os espinhos cresceram, a sufocaram, e ela não deu fruto.

8Outra parte caiu em terra boa e deu fruto, que foi crescendo e aumentando, chegando a render trinta, sessenta e até cem por um”. 9E Jesus dizia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. 10Quando ficou sozinho, os que estavam com ele, junto com os Doze, perguntaram sobre as parábolas. 11Jesus lhes disse: “A vós, foi dado o mistério do Reino de Deus; para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12para que olhem mas não enxerguem, escutem mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados”.

13E lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como compreendereis todas as outras parábolas? 14O semeador semeia a Palavra. 15Os que estão na beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo que a escutam, chega Satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16Do mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso, são aqueles que ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17mas não têm raiz em si mesmos, são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição, por causa da Palavra, logo desistem.

18Outros recebem a semente entre os espinhos: são aqueles que ouvem a Palavra; 19mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não produz fruto. 20Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e outro cem por um.”

Comentário do dia: São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo. Sermões ao povo, n.º 6; CCL 103, 32

Dar fruto e produzir a trinta, a sessenta e a cem por um

Há duas espécies de campos, irmãos: um é o campo de Deus, o outro o dos homens. Tal como tu tens os teus domínios, também Deus tem os seus. Os teus domínios são a tua terra; os de Deus são a tua alma. Seria porventura justo que cultivasses o teu terreno e deixasses em pousio o de Deus? Se pões a tua terra em cultivo mas não fazes o mesmo com a tua alma, é porque pretendes pôr a tua propriedade a render, mas não a de Deus? Achas isso justo? Porventura Deus merecerá da nossa parte tamanha negligência em relação à nossa alma, que Ele tanto ama? Se te regozijas por veres o teu terreno bem cultivado, porque não choras ao ver a tua alma em pousio? A colheita do teu terreno assegurar-te-á a sobrevivência por uns dias neste mundo, mas o cuidado da tua alma dar-te-á a vida eterna no céu. […]

Deus dignou-Se confiar-nos a nossa alma como seu domínio; portanto, por intermédio do seu auxílio ponhamos mãos à obra com todas as nossas forças para que, no momento em que visitar o seu terreno, Ele o encontre bem cultivado e em perfeita ordem: que Ele possa encontrar um pomar em vez dum silvado, vinho em vez de vinagre e trigo em vez de joio. Pois se lá encontrar tudo o que é agradável a seus olhos, dar-nos-á como recompensa as alegrias eternas, ao mesmo tempo que lançará as silvas ao fogo.

Responsório (Sl 109)

— Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec!

— Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!”

— O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos;

— tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!”

— Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec!”

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