Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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6 de mar. de 2014

Quinta-feira depois das Cinzas


(Lc 9,22-25)




Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 22“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.

23Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo?”


Comentário do dia: Papa Bento XVI. Audiência geral de 17/02/2010.

«Se alguém quer vir após Mim»

O momento favorável e de graça da Quaresma mostra-nos o próprio significado espiritual através da antiga fórmula: «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar», que o sacerdote pronuncia quando impõe sobre a nossa cabeça um pouco de cinza. Somos assim remetidos para o início da história humana, quando o Senhor disse a Adão, depois do pecado original: «Com o suor do teu rosto comerás o pão, enquanto não voltares à terra, porque dela foste tirado: tu és pó e pó te hás-de tornar!» (Gn 3, 19)

[…] O homem é pó e pó se há-de tornar, mas é pó precioso aos olhos de Deus, porque Deus criou o homem destinando-o à imortalidade. Assim, a fórmula litúrgica «Recorda-te que és pó e pó te hás-de tornar» encontra a plenitude do seu significado em referência ao novo Adão, Cristo. Também o Senhor Jesus quis partilhar livremente com cada homem o destino da fragilidade, sobretudo através da sua morte na cruz; mas infelizmente esta morte, cheia do seu amor pelo Pai e pela humanidade, foi o caminho para a ressurreição gloriosa, através da qual Cristo Se tornou fonte de uma graça doada a quantos creem nele e são tornados partícipes da própria vida divina. 

Esta vida que não terá fim já está a decorrer na fase terrena da nossa existência, mas será levada a cumprimento depois «da ressurreição da carne». O pequeno gesto da imposição das cinzas revela-nos a singular riqueza do seu significado: é um convite a percorrer o tempo quaresmal como uma imersão mais consciente e intensa no mistério pascal de Cristo, na sua morte e ressurreição, mediante a participação na Eucaristia e na vida de caridade que da Eucaristia nasce e na qual encontra o seu cumprimento. Com a imposição das cinzas renovamos o nosso compromisso de seguir Jesus, de nos deixarmos transformar pelo seu mistério pascal, para vencer o mal e praticar o bem, para fazer morrer o nosso «homem velho» ligado ao pecado e fazer nascer o «homem novo» transformado pela graça de Deus.

Responsório (Sl 1)
— É feliz quem a Deus se confia!
— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Recortes

Foto altar Matriz Santa Luzia
“E se alguém deseja chegar a possuir Cristo, nunca o procure sem a cruz” (São João da Cruz. Carta ao pe. Juan de Santa Ana, 23

5 de mar. de 2014

Campanha da Fraternidade 2014

© ChameleonsEye/SHUTTERSTOCK
 

Tráfico de pessoas. Uma vergonha!

Cardeal Odilo Scherer




Como enfrentar essa chaga social, que representa um verdadeiro retrocesso cultural e civilizatório?

Poucas semanas antes de sua vinda ao Brasil, em julho passado, o papa Francisco esteve na ilha de Lampedusa, já próxima da África, no sul da Itália; ali aportam numerosos prófugos da miséria e da violência, procedentes da África e de outras partes do mundo, sonhando com a vida na Europa.

Muitos, de fato, nem conseguem chegar à terra firme e naufragam, ou são abandonados pelos modernos mercadores de escravos no meio do Mediterrâneo em barcos abarrotados e sem o mínimo respeito à sua dignidade. Isso, depois de terem pago caro a alguma organização criminosa pelo transporte e pela promessa de visto e emprego no lugar de destino. Milhares acabam morrendo e jogados ao mar, nada diferente do que acontecia durante séculos com os navios negreiros no período colonial.

O Papa jogou flores ao mar para lembrá-los; ao mesmo tempo, rezou pelos que pereceram e confortou sobreviventes; e denunciou o tráfico de pessoas como uma atividade ignóbil, uma vergonha para sociedades que se dizem civilizadas. Diante dessa questão, os governos muitas vezes ficam indiferentes ou sem ação. Francisco conclamou a todos à superação da “globalização da indiferença”.

Desde tempos imemoriais, o tráfico de pessoas era praticado amplamente e até aceito, geralmente, em vista do trabalho escravo. O Brasil conviveu por séculos com a escravidão de índios e africanos; estes últimos eram adquiridos, traficados e comercializados como “coisa” num mercado vergonhoso, mas florescente. Foram necessários séculos para que a escravidão fosse formalmente proibida e abolida. Um progresso civilizatório!

Mas o problema voltou, se é que já havia sido erradicado de maneira completa. A forma contemporânea de escravidão é bem mais difundida e grave do que se poderia imaginar e está sendo favorecida pela globalização das atividades econômicas ilegais e clandestinas. Hoje, como no passado, essa atividade criminosa envolve organizações e redes nacionais e internacionais, com altos ganhos a custos e riscos baixos para os traficantes.

tráfico de pessoas é praticado em vista de vários âmbitos da economia, legais e ilegais, como a construção civil, a agricultura, o trabalho doméstico, o entretenimento, a exploração sexual e, mesmo, a adoção ou a comercialização de órgãos. As vítimas, geralmente, são atraídas por promessas de trabalho e emprego, boas condições de vida em outras cidades ou países. Com freqüência, o tráfico de pessoas está ligado ao fenômeno das migrações e à permanência ilegal e precária em algum país.

Capítulo especialmente doloroso representa o tráfico de crianças e adolescentes, praticado por redes que envolvem pequenas vítimas do mundo inteiro. Entidades não-governamentais, que acompanham esta questão, estimam que, na década de 1980, quase 20 mil crianças brasileiras foram levadas para a adoção no exterior; constataram-se numerosos processos fraudulentos nessas adoções. No Brasil, há denúncias de tráfico de crianças e adolescentes destinados à exploração sexual; e continua grande o contingente de crianças de 7 a 14 anos de idade exploradas no trabalho infantil.

Algumas características do tráfico humano já foram estudadas. Antes de tudo, ele envolve o crime organizado, com uma complexa estrutura que relaciona meios e fins para facilitar suas atividades; há aliciadores, fornecedores de documentos falsos e de assistência jurídica, transportadores, lavagem de dinheiro... Há rotas nacionais e transnacionais do tráfico de mulheres para a exploração sexual, de trabalhadores ilegais, de crianças, de órgãos. No Brasil, a Região Amazônica apresenta o maior número dessas rotas, seguida pelo Nordeste.

Formação: Espiritualidade da Quaresma (I)

Quaresma: História e espiritualidade
A Quaresma é o tempo do ano litúrgico preparatório da Páscoa, a grande celebração da salvação operada pela morte e ressurreição de Jesus Cristo. Começa na Quarta-Feira de Cinzas e termina na Quinta-Feira Santa, excluindo a Missa da Ceia do Senhor, que já pertence ao Tríduo Pascal.

A Quaresma surgiu no séc. IV, a seguir à paz do imperador romano Constantino, quando multidões de pagãos quiseram entrar na Igreja. Duas venerandas instituições a ela estão ligadas, a penitência pública e o catecumenado, preparação para o Batismo, o primeiro dos sete sacramentos. Daí o seu duplo caráter penitencial e batismal.

Inicialmente durava três semanas, mas depois, em Roma, foi alargada a seis semanas (40 dias), com início no atual I Domingo da Quaresma (na altura denominadoQuadragesima die, entenda-se 40.º dia anterior à Páscoa). O termo Quadragesima (que deu a nossa “Quaresma”) passou depois a designar a duração dos 40 dias evocativos do jejum de Jesus Cristo no deserto, segundo a Bíblia, a preparar-se para a vida pública. Como, tradicionalmente, aos domingos nunca se jejuou, foi necessário acrescentar alguns dias para se perfazerem os 40. Daí a antecipação do início da Quaresma para a Quarta-Feira de Cinzas, que em 2014 começa a 5 de março.

(Dom Manuel Falcão In Enciclopédia Católica Popular, com SNPC )

Tempo para renascer

Pe José Tolentino Mendonça
Redação: SNPC/rjm 
In Capela do Rato

04.03.14

#seduziste-mesenhor!


Nesta terça-feira eles voltaram para suas casas. Chegaram cheios de expectativas, curiosidades, alguns tímidos. Aos poucos foram se sentindo acolhidos e logo já eram os "donos do pedaço". Fizeram a alegria de todos nós. Nós que deles recebemos uma grande lição: a maior de todas as pregações não saiu dos lábios dos pregadores. Ela saiu dos abraços e sorrisos de cada um.
Eles, os jovens, nossos patrões... Sentiremos falta daquela casa repleta de seus sorrisos, de seus cantos, brincadeiras, caretas, choros...E pareciam tão próximos uns dos outros!
Nesta terça-feira eles voltaram para suas casas. Já não eram mais os mesmos, aqueles que agora voltam.
Deus os proteja e que o mundo não os sufoque.
Pe Elenivaldo

Quarta-feira de Cinzas

Para sublinhar a entrada na Quaresma, nesta quarta-feira que a inicia, desenvolveu-se o gesto simbólico da imposição das cinzas. No início, apenas os que tinham pecado gravemente recebiam “o saco e a cinza” para se cobrirem durante este tempo que preparava a sua reintegração na comunidade cristã.

A partir do século X, este gesto foi alargado a todos os fiéis, de uma forma mais reduzida. Marcava-se assim o início de uma caminhada de conversão, de regresso e de esforço sobre si mesmo para se voltar para o Senhor. Este regresso é o próprio sentido da palavra “penitência” . “Lembra-te de que és pó...”
(Fonte: Evangelho Quotidiano)

ANOTAÇÕES PARA A QUARESMA


QUARTA-FEIRA DE CINZAS

(Mt 6,1-6.16-18)


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.

2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.

5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.



Comentário do dia: São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém, doutor da Igreja: Catequeses com vista ao batismo, n°1, 1.5.

A Quaresma conduz ao batismo na vigília pascal, para o perdão dos pecados

[«Convertei-vos e que cada um receba o batismo em nome de Jesus Cristo para o perdão dos seus pecados», At 2,38] Vós que ides ser baptizados sois já discípulos da Nova Aliança e participantes nos mistérios de Cristo; já […] criastes «um coração novo e um espírito novo» (Ez 18,31), para alegria dos habitantes dos céus. […] Iniciastes uma bela viagem […]: o Filho único de Deus aí está, pronto para vos resgatar. «Vinde», diz Ele, «vós que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei» (Mt 11,28). Vós que andais acabrunhados e afligidos pelos vossos pecados, enredados nas malhas dos vossos erros (Pr 5,22), escutai o profeta: «Lavai-vos, purificai-vos; retirai da minha vista as vossas más ações» (Is 1,16), para que o coro dos anjos exclame: «Felizes aqueles cujos erros foram eliminados e o pecado removido!» (Sl 31,1) […]

É agora a época da confissão. Confessa os pecados que cometeste, por palavras ou por atos, de noite ou de dia. Confessa-te «neste tempo favorável» e, «no dia da salvação» (Is 49,8; 2Cor 6,2), recebe o tesouro do céu. […] Desembaraça-te de todas as preocupações humanas; ocupa-te da tua alma. […] Deixa o presente e crê no futuro […]: «Parai, ficai a saber que Eu sou Deus» (Sl 45,11). […] Purifica o teu coração, para receberes a graça com mais abundância: o perdão dos pecados é dado a todos igualmente, mas a participação no Espírito Santo é concedida de acordo com a medida da fé de cada um. Se te esforçares pouco, pouco receberás; se trabalhares muito, o teu salário será grande. […]

Se tiveres razões de queixa de alguém, perdoa. Aproximas-te do baptistério para receberes o perdão dos teus pecados: sê, também tu, indulgente para com os pecadores.



Responsório (Sl 50)

— Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos!

— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão do vosso amor, purificai-me!/ Lavai-me todo inteiro do pecado/ e apagai completamente a minha culpa!

— Eu reconheço toda a minha iniquidade,/ o meu pecado está sempre à minha frente./ Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,/ pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face,/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Dai-me de novo a alegria de ser salvo/ e confirmai-me com espírito generoso!/ Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar,/ e minha boca anunciará vosso louvor!


Recortes

“Sem Deus, nada resta da grandeza do homem senão este montinho de pó sobre um prato, numa ponta do altar, nesta Quarta-feira de Cinzas, com o qual a Igreja nos deposita na testa como que a nossa própria substância” (J. Leclercq, Siguiendo el año litúrgico, Madrid, 1957, pág. 117)

É possível sair do satanismo?

© Elo's Art
 

A ação do demônio está mais presente quando se pensa que ele não existe

Existem sinais que permitem supor que uma pessoa se envolveu em ambientes satânicos, mas é possível sair desses círculos, sim. De qualquer maneira, a responsabilidade dos pais de família é crucial.
 
São alertas publicados na revista italiana “Famiglia Cristiana”, cujas páginas fazem um percurso pelos aspectos médicos e religiosos do fenômeno, oferecendo também testemunhos.
 
Psiquiatra e presidente da Associação de Psicólogos e Psiquiatras Católicos, o professor Tonino Cantelmi reconhece na revista: “Em uma pesquisa, descobrimos que 1 de cada 10 adolescentes italianos corre o risco de cair no fenômeno do satanismo”.
 
Em sua opinião, é uma porcentagem grande, mas há outro dado mais dramático: uma porcentagem enorme de jovens entrevistados declarou que, se Satanás pudesse lhes dar riqueza e poder, não hesitariam em aliar-se a ele.
 
O especialista é coautor (com a psicoterapeuta Cristina Cacace) de “O livro negro do
satanismo” (“Il libro nero del satanismo”, Ed. San Paolo).
 
Ele advertiu sobre a invasão da cultura satânica no mundo inteiro, em livros, revistas, sites, cinema. E destaca: o satanismo “não é ausência de valores (se fosse, seria mais fácil combatê-lo), mas um contravalor, uma afirmação do valor moral do mal”.
 
Disse também que a expansão dos grupos satânicos é consequência da falta de valores fortes que as famílias já não transmitem porque os pais não assumem mais seu papel de educadores”.
 
Sintomas e caminhos de saída
 
Fenômeno transversal e penetrante, o satanismo envolve pessoas de qualquer nível social, de grupos ateus ou religiosos, em cidades pequenas e grandes. Daí a dificuldade de os pais detectarem se um filho está participando de alguma seita ou grupo do tipo.
 
Mas Cantelmi recorda que os jovens enviam inúmeros sinais às famílias: como se vestem, os locais que frequentam, o abandono das antigas amizades etc.
 
Entre os jovens mais vulneráveis, encontram-se os que têm problemas de socialização, os que não se aceitam e/ou vivem situações de conflito na família.
 
Segundo o especialista, antes dos pais, geralmente são os professores ou catequistas que percebem a mudança no comportamento de um jovem e conseguem intervir, evitando que a situação se agrave.
 
O livro de Cantelmi traça alguns sintomas, diante dos quais é preciso prestar atenção (ainda não que não signifiquem necessariamente que um jovem esteja em ambientes satânicos): depressão repentina, mudanças repentinas de humor, agressividade, inquietude, tendência à rebelião hostil, incapacidade de concentrar-se, desinteresse pela escola, tendência à solidão, rejeição exagerada dos valores religiosos da família, atração pelo oculto, magia, rituais, simbolismos, conteúdos violentos e sanguinários.
 
Mas é possível sair das seitas satânicas. Existe uma terapia especializada, realizada por psicoterapeutas capacitados, chamada “Exit Strategy Therapy”, explica.
 
“O verdadeiro drama – acrescenta Cantelmi – é que são grupos muito fortes e coesos, que chegam a ameaçar e agredir; para o jovem que quer sair daí, é mais fácil ver-se novamente absorvido no turbilhão desses grupos.”
 
Voz da Igreja: atenção ao eclipse da fé em Deus
 
Da ótica eclesial, frente ao fenômeno do satanismo, a revista oferece vários alertas: não negar a existência de Satanás e sua ação, cujo terreno propício é o eclipse da fé em Deus; e recordar que quem reza e vive unido a Ele não tem nada a temer.
 
Exorcista da diocese de Roma, fundador e presidente honorário da Associação Internacional de Exorcistas, o Pe. Gabriel Amorth também destaca o fato de que a ação de Satanás está mais presente especialmente quando se pensa que ele não existe.
 
Foi Paulo VI, com o discurso de 15 de novembro de 1972, em uma audiência geral, quem recordou que “quem não acredita no demônio se situa fora da Igreja”. João Paulo II, falando sobre os bispos que não acreditam no diabo, afirmou: “Quem não acredita no demônio não acredita no Evangelho”.
 
Segundo o Pe. Amorth, a presença palpável de Satanás se percebe especialmente pela diminuição da fé e aumento da superstição: seitas, ocultismo e cartomancia. Para o demônio, é um terreno fértil e ele vai direto a ele.
 
Mas repete: “Quem reza e vive unido a Deus não tem nada a temer”.
 
(Artigo publicado originalmente por PortaLuz.org)

3 de mar. de 2014

Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum




 (Mc 10,28-31)


Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”29. Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.


Comentário do dia: Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade. No Greater Love

Deixar tudo para O seguir

As riquezas, quer sejam materiais ou espirituais, podem asfixiar-nos se não fizermos delas uma utilização adequada. Porque nem o próprio Deus consegue colocar coisa alguma num coração que já está cheio. Mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, reaparece o apetite pelo dinheiro e a avidez por tudo o que o dinheiro pode proporcionar – a procura do supérfluo, do luxo na comida, no vestuário e no entretenimento. As necessidades começam a aumentar, uma coisa atrai a outra. Mas no fim fica-se com um sentimento incontrolável de insatisfação. Permaneçamos tão vazios quanto possível para que Deus possa preencher-nos.

Nosso Senhor é um exemplo vivo disto: logo no primeiro dia da sua existência humana, conheceu uma pobreza que nenhum ser humano alguma vez conhecerá porque, «sendo rico, tornou-Se pobre» (2Cor 8,9). Cristo esvaziou-Se de toda a sua riqueza. É aqui que surge a contradição: se eu quiser ser pobre como Cristo, que Se tornou pobre embora fosse rico, que devo fazer? Seria uma vergonha para nós sermos mais ricos do que Jesus que, por nossa causa, suportou a pobreza.

Na cruz, Cristo foi privado de tudo. A própria cruz fora-Lhe dada por Pilatos; os pregos e a coroa, pelos soldados. Estava nu. Quando morreu, despojaram-no da cruz, retiraram-Lhe os pregos e a coroa. Foi envolto num pedaço de tecido dado por uma alma caridosa e foi enterrado num túmulo que não Lhe pertencia. E isto quando poderia ter morrido como um rei ou mesmo poupar-Se à morte. Mas Ele escolheu a pobreza porque sabia que ela é o verdadeiro meio de possuir Deus e de trazer o seu amor para a terra.

Responsório (Sl 97)

— O Senhor fez conhecer seu poder salvador perante as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.

— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Acalmai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!

Recortes

"Numa noite de carnaval de 1367, continuava a pedir incessantemente a Jesus: 'Casa comigo na fé!'. E eis que lhe aparece o Senhor e lhe diz: 'Agora que os outros estão a divertir-se eu estabeleço celebrar contigo a festa da tua alma'. (Homilia sobre Santa Catarina de Siena, Card. Tarcisio Bertone, 29 de Abril de 2007)

Papa pede: rezar a Deus para que mande padres e irmãs livres da idolatria, vaidade, poder e dinheiro


Quantos jovens - disse o Santo Padre - sentem no seu coração o chamamento de Jesus, não têm vergonha de dar testemunho da sua fé, de ajoelharem-se perante Deus

Rezar a Deus para que mande padres e religiosas livres da idolatria, vaidade, poder e dinheiro. Essa foi a mensagem principal do Papa Francisco na missa em Santa Marta nesta segunda-feira. O Evangelho de S. Marcos fala-nos hoje do homem rico, cumpridor da lei e bom de coração que, contudo, não renunciou a deixar tudo para seguir Jesus:

“O seu coração inquieto, precisamente pelo Espírito Santo que o empurrava a aproximar-se a Jesus e a segui-Lo, era um coração cheio. E ele não teve a coragem de esvaziá-lo. E fez uma escolha: o dinheiro. O coração cheio de dinheiro... Mas não era um ladrão, um réu: não, não! Era um homem bom: nunca tinha roubado, nunca! Nunca tinha enganado: era dinheiro honesto. Mas o seu coração estava aprisionado ali, estava ligado ao dinheiro e não tinha a liberdade de escolher. O dinheiro escolheu por ele.”


Quantos jovens - continuou o Santo Padre - sentem no seu coração o chamamento de Jesus, não têm vergonha de dar testemunho da sua fé, de ajoelharem-se perante Deus e querem segui-Lo mas falta-lhes a coragem de esvaziarem-se de outros interesses que se demonstram mais importantes. Hoje em dia – considerou o Papa Francisco – há tantos jovens que têm a vocação mas, às vezes, há qualquer coisa que os impede, que os faz parar:


“Devemos rezar para que o coração deste jovens possa esvaziar-se de outros interesses, de outros amores, para que o coração se torne livre. E esta é a oração para as vocações: ‘Senhor manda-nos irmãs, padres, defende-os da idolatria, da vaidade, da soberba, da idolatria do poder, da idolatria do dinheiro.’ E a nossa oração é para preparar estes corações para poder seguir de perto a Jesus.”

sources: Rádio Vaticano

O segredo da modéstia

Alberto Rei
 

Uma dica: a modéstia é muito mais do que roupas adequadas...

A modéstia não é uma peça de roupa. É uma atitude, um modo de se comportar. Muitas pessoas, no "campo da modéstia", promovem determinados tipos de roupa na base do “use-as e você será modesta”. A realidade, porém, é que você pode vestir todas as roupas "modestas" que quiser e ainda assim ficar aquém da essência da modéstia. Quando a postura é provocativa, quando se pretende seduzir sob as aparências da “modéstia no vestir-se”, uma saia até os tornozelos e uma gola até as orelhas não serão suficientes para tornar nenhuma pessoa autenticamente modesta. São as nossas formas de pensar que informam as nossas ações. Se o nosso pensamento é imodesto, a falta de modéstia se revelará no comportamento.
 
modéstia exige etiqueta e senso de decoro. Ela se aplica também aos homens, mas, tipicamente, é uma questão mais comum entre as mulheres. A mulher deve saber como sentar-se, andar e utilizar os objetos adequadamente: comprimento de saias à parte, nunca é próprio sentar-se esparramada na cadeira (o que vale também para a mulher que veste calças). Da mesma forma, se uma mulher flerta em seus modos de falar e de interagir com os homens, o fato de usar roupas "recatadas" não a tornará genuinamente modesta.
 
Eu tive a bênção de crescer e, em grande medida, ser criada por religiosas que não ensinaram etiqueta somente às suas postulantes e noviças, como parte da formação, mas também a todas as jovens que se voluntariaram em suas obras ou foram alunas de suas instituições. A etiqueta certamente faz diferença e torna todo o comportar-se mais polido, transformando uma pessoa. A etiqueta também proporciona às mulheres um senso de decoro que não consiste apenas em manifestações exteriores de modéstia e dignidade, mas modela interiormente a forma de se conduzir como um todo. Este decoro é uma espécie de dignidade e beleza intangível, que convida os homens a tratar a mulher com respeito, mostrando, de forma eficaz, que ela é dotada de um valor inerente, merecedor de ser honrado. Esse decoro transmite formas que a roupa sozinha jamais poderia transmitir. A verdadeira modéstia, portanto, não está apenas no que se usa: quando há um propósito de promovê-la e ensiná-la, a etiqueta é uma excelente maneira de começar.

(site aleteia Sequoia Sierra)

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2 de mar. de 2014

Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum



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(Mc 10,17-27)


Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”

20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.


Comentário do dia: Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade. No Greater Love

«Ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens»

Não consideramos ter o direito de julgar os ricos. Não é uma luta de classes o que desejamos, mas um encontro entre as classes, encontro no qual o rico salva o pobre e o pobre salva o rico.
     
Diante de Deus, a pobreza é a nossa maneira humilde de admitirmos e de aceitarmos este estado de pecado, de impotência e de extremo vazio; é a maneira que temos de reconhecer o nosso estado de miséria, mas que se exprime como uma esperança nele, como uma espera para tudo recebermos dele, que é o nosso Pai. A nossa pobreza deveria ser uma autêntica pobreza evangélica – amável, terna, feliz, vivida de coração aberto, sempre pronta a dar um sinal de amor. A pobreza é amor antes de ser renúncia. Para amar, é necessário dar. Para dar, é necessário estar liberto de todas as formas de egoísmo.

Responsório (Sl 110)
— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

— Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações.

— Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor.

Recortes

"Aqueles que falam contra a família não sabem o que fazem, porque não sabem o que desfazem"

Gilbert Keith Chesterton (1874-1936)

1 de mar. de 2014

8º Domingo do Tempo Comum - Ano A






Evangelho (Mt 6,24-34)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 24“Ninguém pode servir a dois senhores; pois, ou odiará um e amará o outro, ou será fiel a um e desprezará o outro. Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.

25Por isso eu vos digo: não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber; nem com o vosso corpo, com o que havereis de vestir. Afinal, a vida não vale mais do que o alimento, e o corpo, mais do que a roupa? 26Olhai os pássaros dos céus: eles não semeiam, não colhem nem ajuntam em armazéns. No entanto, vosso Pai que está nos céus os alimenta. Vós não valeis mais do que os pássaros? 27Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso?

28E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. 29Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé?

31Portanto, não vos preocupeis, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? Como vamos nos vestir? 32Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso.

33Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo.

34Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações! Para cada dia bastam seus próprios problemas”.


Comentário do dia: São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Catequeses batismais, n° 8, 19-25; SC 50

«Porventura não é a vida mais do que o alimento?»

Se dermos realmente o primeiro lugar às realidades espirituais, não teremos de nos preocupar com os bens materiais, pois Deus, na sua bondade, no-los dará em abundância. Se, pelo contrário, nos preocupamos unicamente com os nossos interesses materiais sem cuidarmos da nossa vida espiritual, a preocupação constante com os assuntos terrenos conduzir-nos-á à negligência da nossa alma. […] Não troquemos portanto a ordem das coisas. Conhecendo a bondade do nosso Senhor, confiar-Lhe-emos tudo e não nos deixaremos vencer pelas preocupações desta vida. […] «O vosso Pai Celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isto, mesmo antes que Lho tenhais pedido» (Mt 6,32.8).

Jesus quer que estejamos livres das preocupações deste mundo e que nos consagremos totalmente às obras espirituais. «Procurai pois, diz-nos Ele, os bens espirituais e Eu próprio zelarei amplamente por todas as vossas necessidades materiais. […] Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as» Dito de outra forma: «Se Eu tomo conta das aves do céu, que são irracionais, e lhes proporciono tudo aquilo de que elas necessitam, sem sementeiras nem trabalhos, tanto melhor o farei por vós, que sois dotados da razão, desde que escolhais preferir o espiritual ao corporal. Vendo que as criei para vós, tal como a todos os outros seres, dos quais tanto cuido, de que solicitude não vos julgarei dignos, vós para quem fiz tudo isto?»



Responsório (Sl 61)

— Só em Deus a minha alma tem repouso,/ só ele é meu rochedo e salvação.

— Só em Deus a minha alma tem repouso,/ porque dele é que me vem a salvação!/ Só ele é meu rochedo e salvação,/ a fortaleza, onde encontro segurança!

— A minha glória e salvação estão em Deus;/ o meu refúgio e rocha firme é o Senhor!/ Povo todo, esperai sempre no Senhor,/ e abri diante dele o coração.

Recortes


“Rejuveneceste! De fato, percebes que o trato com Deus te devolveu em pouco tempo à época simples e feliz da juventude, até mesmo à segurança e alegria – sem criancices – da infância espiritual... Olhas à tua volta e verificas que acontece outro tanto aos demais: vão passando os anos desde o seu encontro com o Senhor e, com a maturidade, robustecem-se uma juventude e uma alegria indeléveis. Não estão jovens: são jovens e alegres! – Esta realidade da vida interior atrai, confirma e subjuga as almas. Agradece-o diariamente «ad Deum qui laetificat iuventutem!» – ao Deus que enche de alegria a tua juventude.” (S. Josemaría Escrivá, Sulco, n. 79

Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança! (Sl 61)

Van Gogh

Carolina Kostner - Budapest 2014 - Ave Maria - (simile alla performance ...









(No vídeo, uma das performances de Carolina em homenagem a Nossa Senhora)

A patinadora olímpica italiana Carolina Kostner, campeã nos Jogos de Inverno de 2014, declara: "A Ave-Maria, para mim, é uma oração para agradecer por tudo que eu fiz e aprendi na patinação''. Suas palavras doces foram pronunciadas durante a coletiva de imprensa no Iceberg Ice Palace, logo após a semi-final da sua especialidade.
 
“Eu pensei que era hora de me aposentar”

“Depois dos Jogos Olímpicos de Vancouver, em 2010, eu pensei que tinha que parar, que era hora de me aposentar. Decidi continuar na carreira porque eu amo a patinação. São os momentos difíceis que fazem você entender o que você realmente quer. Eu estou muito honrada e muito feliz por estar de volta às Olimpíadas pela terceira vez”.
 
No auge

Muitos dizem que a atleta do norte da Itália, aos 27 anos, esteve em seu auge durante os Jogos de Inverno deste ano. E Sochi confirmou a forma extraordinária da campeã. Ao som da Ave Maria de Schubert, Carolina Kostner encantou o público fazendo uma apresentação praticamente perfeita. Impecável nos saltos, ela saiu do gelo submersa em aplausos. Logo em seguida, a belíssima surpresa no telão do estádio de Sochi: 74,12. Nada menos que a melhor pontuação de toda a sua carreira.

Papa: não devemos condenar quem fracassa no casamento

© Sabrina Fusco / ALETEIA



 

Quando deixar o pai e a mãe e unir-se numa só carne se transforma num fracasso – e isso pode acontecer – devemos acompanhar as pessoas que sofrem por terem fracassado no próprio amor"


A capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, estava repleta na manhã desta sexta-feira, 28, como todos os dias em que o Papa celebra a missa da manhã. Comentando a leitura do Evangelho, Francisco dedicou sua homilia à beleza do matrimônio e advertiu que se deve acompanhar – e não condenar – aqueles que fracassam no amor. 

O Papa iniciou relatando que no Evangelho de Marcos, os fariseus vão a Jesus e lhes apresentam o problema do divórcio, questionando se era lícito ou não. 

“Jesus respondeu explicando aos fariseus porque Moisés havia feito aquela lei. Deixando a casuística de lado, ele vai ao centro do problema e chega aos dias da Criação. A casuística é uma armadilha: por detrás da mentalidade de reduzir tudo a casos, existe sempre uma armadilha contra as pessoas e contra Deus, sempre!”. 

O Papa citou depois a referência ao Gênesis: “Desde o princípio da Criação, ele os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará o seu pai e a sua mãe, e os dois serão uma só carne”. 

“Deus – disse o Papa – não queria que o homem ficasse sozinho, queria uma companheira para seu caminho. O encontro de Adão com Eva é ‘momento poético’. Por outro lado, esta obra de arte do Senhor não acaba ali, nos dias da Criação, porque o Senhor escolheu este ícone para explicar o seu Amor pelo povo”. 

“Quando Paulo deve explicar o mistério de Cristo, se refere à sua Esposa, porque Cristo é casado, casado com a Igreja, seu povo. Como o Pai havia se casado com o Povo de Israel, Cristo se casou com o seu povo. Esta é a história do amor, e diante deste caminho de amor, deste ícone, a casuística decai e se transforma em dor. “Quando deixar o pai e a mãe e unir-se numa só carne se transforma num fracasso – e isso pode acontecer – devemos acompanhar as pessoas que sofrem por terem fracassado no próprio amor. Não condenar, mas caminhar com eles e não fazer casuística com eles”. 

“Deus abençoou esta obra de arte de sua Criação, e nunca retirou a sua benção.. nem o pecado original a destruiu! Quando se pensa nisso, se vê “como é lindo o amor, o matrimônio, a família; como é bonito este caminho e como devemos estar próximos de nossos irmãos e irmãs que tiveram a desgraça de um fracasso no amor”. 

(site da Rádio Vaticano)

Março chegou...

Há espaço para mim eu tua vida?
Tantas ocupações, tantos afazeres e tantas atenções aos outros que até mesmo os nossos pensamentos estão ocupados.

Já pensou se a morte vem assim, repentinamente? Tudo se esvai. Tudo. Nada fica daquilo que achávamos tão importante.

Dê importância a Deus em sua vida. Mística, espiritualidade, fé, acolhimento da vontade de Deus. Fortaleza de ânimo. Palavras assim devem estar constantemente nos lábios e pensamentos dos que querem viver de verdade.

O Senhor nos faz esta pergunta: há espaço para mim em sua vida? Quanto espaço posso ocupar, se tu permites! E seremos felizes... vida com sentido e gosto.

Deus abençoe!
Pe Elenivaldo