Podemos aplaudir quando o presidente da celebração nos abençoa após a proclamação do Evangelho?
Para bem celebrarmos a Sagrada Liturgia com consciência e zelo, precisamos estar atentos ao que celebramos.
Hoje gostaria de lhes falar sobre o Evangeliário (ou livro dos Evangelhos). Trata-se de um livro grande, que contém somente os textos dos Santos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João). Os textos estão organizados segundo as celebrações dominicais e demais solenidades.
O uso do Evangeliário é recomendado especialmente aos domingos e festas solenes da Igreja, mas também é utilizado em outros momentos celebrativos (ordenações, tomada de posse do pároco, juramentos de fidelidade, exéquias, etc).
O uso do Evangeliário é recomendado especialmente aos domingos e festas solenes da Igreja, mas também é utilizado em outros momentos celebrativos (ordenações, tomada de posse do pároco, juramentos de fidelidade, exéquias, etc).
Nos ritos iniciais, é levado na procissão de entrada até o altar. Quando chega o momento da aclamação, quem tem a função da proclamação do evangelho leva o Livro solenemente em procissão até o Ambão (ou mesa da Palavra). E, de mãos postas, (não abrindo os braços como muitos fazem!) diz: O Senhor esteja convosco... Depois incensa e proclama o Evangelho.
Em se tratando de uma celebração onde o presidente não fez a proclamação, a liturgia pede que, após proclamar o Evangelho, o diácono (ou um sacerdote concelebrante) apresente o Livro ao que preside e este o beija e abençoa o povo.
Aqui chamo sua atenção! Quando o Livro é levantado, após a proclamação o povo, quase que por instinto, aplaude. Mas isso é certo???
Veja bem: o ministro sagrado, naquele momento, está dando a bênção. Não se trata de uma apresentação do Livro. Está abençoando! E quando recebemos uma bênção, devemos fazer o sinal da cruz, uma vênia... (veja o exemplo dos mestres de cerimônia do papa, na foto acima).
Nem sempre acontece de ter o Evangeliário nas nossas comunidades. Às vezes o sacerdote eleva o lecionário (aquele mesmo, de capa vermelha, que contém as demais leituras). Mas, neste caso, a orientação é a mesma. Trata-se de uma bênção.
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Em tempo: Ainda neste aspecto, presenciei na procissão de Corpus Christi, que a Arquidiocese promove nas ruas do centro de Goiânia, a mesma atitude, só que desta vez com o Santíssimo Sacramento. Houve vários momentos reservados para a bênção ao longo do percurso. E em todos eles a mesma coisa: o bispo eleva o ostensório com o Santíssimo Sacramento para dar a bênção; ao invés de ajoelhar e receber a bênção muitas pessoas aplaudem (!!!). E, se isso acontece lá, é porque é costume em nossas comunidades.
Entendo o que querem expressar com este gesto. E entendo mais ainda que, se o fazem, é porque assim foi ensinado. Mas, meus irmãos, o que é mais importante nestes momentos? Trata-se da bênção! E, em se tratando de bênção, creio que não estamos em condições de dispensá-las ou deixá-las passar. Tomemos posse do que é nosso.
Em Jesus, tudo é Amor.
Deixo-vos a bênção do Deus que é Pai, e Filho e Espírito Santo.
Deixo-vos a bênção do Deus que é Pai, e Filho e Espírito Santo.
Seu servo, padre Elenivaldo.
Pensei que eu é que estava errada quando cheguei a esta Paróquia e vi que as pessoas aplaudiam ao invés de reverenciarem.
ResponderExcluirÉ, não vai ser fácil tirar isso do povo, pois como o sr. mesmo disse, já é um costume bater palmas, mas nada que uma boa catequese não dê jeito. assim como aconteceu com a doxologia por Cristo, com Cristo e em Cristo e também com a oração da paz. O que precisamos é fazer o que é certo! Agradecemos pela correção fraterna!
ResponderExcluirComo seria bom se em nossa Arquidiocese tivéssemos bons liturgistas para instruir nossa gente... Enquanto isso não é possível, a missão é de todos nós que sabemos um pouquinho de liturgia. Que o Senhor nos abençoe!
ResponderExcluirPadre muito bom colocado o seu texto e concordo com o senhor, devemos sim ter mais atenção em muitas coisas na liturgia que não temos. Normalmente é porque não é ensinado e acabamos por deixar momentos importantes passarem.. Como a missa por exemplo, creio que toda comunidade tem pessoas que não entendem a missa por inteiro, entender cada detalhe, gesto, oração bênção.. se entendessem tudo, talvez todos compreenderiam mais o significado do sacrifício por amor.. Eu só discordo um pouco sobre bater palmas quando o ostensório é levantado.. Sei sim que é uma bênção e tem significado espiritual, litúrgico, que seja, mas não vejo mal em bater palmas, afinal, quem esta dentro do ostensório é Jesus! Não devemos adora-lo?! Temos sim outras formas de adoração, mas acredito que bater palmas para o nosso Senhor que esta vivo no Santíssimo Sacramento não fará mal nenhum, pelo contrario.. Fico pensando, mesmo na humildade de Jesus, acho que ele iria gostar de ver nós, seus humildes servos aplaudindo-o com carinho.. pra mim, é um gesto de amor, respeito, e principalmente uma forma de mostrar que temos um Deus vivo entre nós, que não é simplesmente um pão, mas sim o próprio Jesus.. e sobre a bênção... não custa nada unir as coisas, recebermos a bênção e depois, aplaudimos o Senhor.. Deus te abençoe
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