Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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7 de fev. de 2014

8 de fevereiro

S. Jerónimo Emiliano, presbítero, +1537




A respeito de seus primeiros anos de vida sabemos pouco. Nasceu em Veneza em 1486 e foi encaminhado para a carreira militar. Caiu prisioneiro em Castelnuovo (1511) quando combatia contra a Liga de Cambrai. Fechado no castelo, teve ambiente e tempo para meditar sobre as coisas efêmeras e decidiu-se pelas eternas. Algo parecido com o que faria santo Inácio, dez anos mais tarde. Sentiu-se impelido ao serviço dos pobres e dos jovens, dos enfermos e das pecadoras arrependidas. Após algum tempo de preparação com João Pedro Carafa, o futuro Paulo IV, foi ordenado padre. 

Dez anos mais tarde uma terrível crise assolava a península; em seguida veio uma epidemia. Jerônimo vendeu tudo o que possuía para ajudar os indigentes. Prestou grande serviço aos órfãos e viúvas. O seu campo de trabalho foi extenso: Verona, Bréscia, Como e Bérgamo. No lugarejo de Somasca, em Bérgamo, teve início a Sociedade dos Clérigos Regulares que mais tarde foram chamados Padres Somascos. Dedicavam-se ao ensino gratuito com o revolucionário método dialogado. 

São Jerônimo Emiliano morreu em Somasca enquanto dava assistência aos doentes. Contraiu a peste e morreu do mesmo mal dos seus assistidos. Era o dia 08 de Fevereiro de 1537. Foi canonizado em 1767. Pio XI nomeou-o padroeiro dos órfãos e dos jovens abandonados.


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Santa Josefina Bakhita

Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa "afortunada", não o recebeu de seus pais ao nascer, foi-lhe imposto pelos seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram profundos danos na sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome. 

Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa se lhe tinha afeiçoado. Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita tornou-se sua ama e amiga.

Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, perto de Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890, tinha ela vinte e um anos quando foi batizada, recebendo o nome de Josefina. 

Após algum tempo, quando vieram buscá-las, mas preferiu Bakhita ficar. Queria tornar-se irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir com muita clareza o chamamento para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita consagrou-se para sempre a Deus, a quem ela chamava com carinho "o meu Patrão!". Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, dedicou-se às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs estimavam-na pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!". 

A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisseia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: Fecha a porta, porque fico". 

Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de Fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto da "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

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