Paróquia Santa Luzia

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13 de set. de 2014

Exaltação da Santa Cruz - 14 de setembro



Exaltação da Santa Cruz



A Igreja celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.



cf.www.ecclesia.pt





(Jo 3,13-17)



Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 13“Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna.

16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”.


Comentário do dia: Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa. Poema «Signum Crucis», 16/11/1937

«Para que o mundo seja salvo por Ele»

[…] Tendo-Se feito homem por amor aos homens, 
Ofereceu a plenitude da sua vida humana 
às almas que escolheu. 
Ele, que formou cada coração humano, 
Quer um dia manifestar 
O sentido secreto do ser de cada um 
Por um novo nome que só aquele que o recebe compreende (Ap 2,17). 
Uniu-Se a cada um dos eleitos 
De maneira misteriosa e única. 
Tirando-a da plenitude da sua vida humana, 
Ofereceu-nos 
A Cruz. 

O que é a cruz? 
O sinal do máximo opróbrio. 
Aquele que entra em contacto com ela 
é rejeitado de entre homens. 
Aqueles que um dia O aclamaram 
Afastam-se dele com terror e já não O conhecem. 
Foi abandonado sem defesa aos seus inimigos. 
Na terra nada mais Lhe resta 
Além do sofrimento, dos tormentos e da morte. 

O que é a cruz ? 
O sinal que indica o céu. 
Muito acima da poeira e das brumas desta Terra, 
Ela eleva-se ao alto, até à luz pura. 
Abandona portanto o que os homens podem possuir, 
Abre as mãos, cinge-te contra a cruz: 
Ela levar-te-á, então, 
Até à luz eterna. 

Ergue os olhos para a cruz: 
Ela estende as suas traves 
Qual homem que abre os braços 
Para acolher o mundo inteiro. 
Vinde todos, vós que tomais sobre vós o meu jugo (Mt 11,28) 
E vós também, que apenas podeis gritar com Ele na cruz. 
Ela é a imagem do Deus que, crucificado, se torna lívido. 
Ela eleva-se da terra até ao céu, 
Como Aquele que subiu ao céu 
E queria para aí levar-nos a todos juntamente consigo. 

Abraça simplesmente a cruz, e possui-Lo-ás, 
Ele, o Caminho, a Verdade, a Vida (Jo 14,6). 
Se carregares a tua cruz, será ela a carregar-te, 
Nela terás a beatitude.



 Salmo - (Sl 77)

— Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças! 
— Escuta, ó meu povo, a minha Lei,/ ouve atento as palavras que eu te digo;/ abrirei a minha boca em parábolas,/ os mistérios do passado lembrarei.

— Quando os feria, eles então o procuravam,/ convertiam-se correndo para ele;/ recordavam que o Senhor é sua rocha/ e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.

— Mas apenas o honravam com seus lábios/ e mentiam ao Senhor com suas línguas;/ seus corações enganadores eram falsos/ e, infiéis, eles rompiam a Aliança.


— Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo,/ não os matava e perdoava seu pecado;/ quantas vezes dominou a sua ira/ e não deu largas à vazão de seu furor.

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