Precisamos mesmo dar tanta relevância às modas e fatos que vêm dos Estados Unidos?
LUIZ GUILHERME PIRES DE MATOS / site Aleteia
Luiz Guilherme Pires de Matos
Na última sexta-feira, 26 de junho, o mundo foi impactado pela notícia de que os 50 Estados norte-americanos passam a reconhecer o chamado casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Como sempre, houve reflexos fortes aqui no Brasil. Ao longo do dia, pessoas passaram a mudar a sua foto de perfil nas redes sociais sobrepondo a elas as cores da bandeira LGBT, com a legenda “love won”, que quer dizer “o amor venceu”.
Não é de hoje que grande parte dos brasileiros adere e celebra modas dos Estados Unidos. Música, roupa, comidas “fast-food”... Nosso país tem tanta coisa boa, própria, e, mesmo assim, parecemos cada vez mais uma nação de “brasileiros americanizados”. Eu não sou contra as pessoas adotarem algumas práticas norte-americanas, mas não consigo entender como uma nação inteira dá tanta relevância a modas que vêm de lá sem analisar o que há por trás delas. No caso da união homoafetiva, além do mais, ela já tinha sido aprovada pelo STF no Brasil ainda em 5 de maio de 2011.
A este respeito, gostaria de falar especialmente aos cristãos que mudaram a sua foto de perfil pelas fotos coloridas. Não posso julgar ninguém, mas acho melhor revisarem a sua fé e os seus princípios morais, pois cristãos de verdade não podem apoiar a relativização do conceito de família natural.
Se os católicos e evangélicos ficarem de braços cruzados e não lutarem em defesa do estatuto único e naturalmente específico da família formada por pai, mãe e filhos, assistiremos ao declínio desta linda instituição que Deus criou para gerarmos e protegermos a vida. A família natural é essencialmente diferente de qualquer outro conceito de união entre pessoas e não pode jamais ser "confundida" com nenhum outro tipo de agrupamento humano, por mais que as pessoas tenham o direito civil de se agrupar pacificamente como desejarem. E é esta verdade, a verdade do caráter único e sublime da família natural aberta à geração da vida, o que as modas não podem destruir - mas já estão conseguindo enfraquecer.
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