Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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6 de fev. de 2014

Que seja conforme a vontade de Deus


Oração para pedir a chuva (Papa Paulo VI)


Deus, nosso Pai, Senhor do Céu e da Terra (Mt 11, 21)
Tu és para nós existência, energia e vida.
Criaste o homem à Tua imagem (Gn 1, 27-28)
a fim de que com o seu trabalho ele faça frutificar
as riquezas da terra
colaborando assim na Tua criação.

Temos consciência da nossa miséria e fraqueza:
nada podemos fazer sem Ti (Jo 15, 5)..

Tu, Pai bondoso, que sobre todos fazes brilhar o sol (Mt 5, 45)
e fazes cair a chuva,
tem compaixão de todos os que sofrem duramente
pela seca que nos ameaça nestes dias.

Escuta com bondade as orações que Te são dirigidas
com confiança pela Tua Igreja (Lc 4, 25),
como satisfizeste súplicas do profeta Elias (1Rs 17, 1)
que intercedia em favor do Teu povo (Tg 5, 17-18).

Faz cair do céu sobre a terra árida
a chuva desejada
a fim de que renasçam os frutos (Tg 5, 18)
e sejam salvos homens e animais (Sl 35, 7).

Que a chuva seja para nós o sinal
da Tua graça e da Tua bênção:
assim, reconfortados pela Tua misericórdia (cf. Is 55, 10-11),
dar-te-emos graças por todos os dons da terra e do céu,
com os quais o Teu Espírito satisfaz a nossa sede (Jo 7, 37-38).

Por Jesus Cristo, Teu Filho,
que nos revelou o Teu amor,
fonte de água viva, que brota para a vida eterna (Jo 4, 14).
Amém.

(Papa Paulo VI: 04/07/l976)

Quinta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

(Mc 6,7-13)


Naquele tempo, 7Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. 8Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.

9Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. 10E Jesus disse ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. 11Se em algum lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!”

12Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem. 13Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.


Comentário do dia: Papa Francisco. Mensagem para o Dia mundial das missões 2013.

«Deu-lhes poder sobre os espíritos malignos»

Vivemos um momento de crise que toca vários setores da existência humana, não só o da economia, das finanças, da segurança alimentar, do ambiente, mas também o do sentido profundo da vida e dos valores fundamentais que a animam. Também as relações humanas são marcadas pelas tensões e conflitos que provocam insegurança e dificuldade para encontrar o caminho para uma paz estável. Nesta complexa situação, onde o horizonte do presente e do futuro parecem envolvidos por nuvens ameaçadoras, torna-se ainda mais urgente levar com coragem a cada realidade o Evangelho de Cristo, que é anúncio de esperança, de reconciliação, de comunhão, anúncio da proximidade de Deus, da sua misericórdia, da sua salvação, anúncio da força do amor de Deus, que é capaz de vencer as trevas do mal e de nos conduzir para o caminho da bem. O homem do nosso tempo tem necessidade de uma luz segura que ilumine o seu caminho, e que só o encontro com Cristo pode dar. Levemos a este mundo, com o nosso testemunho, com amor, a esperança dada pela fé!

O caráter missionário da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que traz esperança e amor. A Igreja – repito uma vez mais – não é uma organização assistencial, uma empresa, uma Organização Não Governamental (ONG); é uma comunidade de pessoas que, animadas pela ação do Espírito Santo, viveram e vivem o espanto do encontro com Jesus Cristo, desejando partilhar esta experiência de profunda alegria, partilhar a Mensagem da salvação que o Senhor nos trouxe. É o próprio Espírito Santo que guia a Igreja neste caminho. Queria a todos encorajar a tornarem-se anunciadores da Boa Notícia de Cristo.


Responsório (1Cr 29,10-12)

— Dominais todos os povos, ó Senhor.

— Bendito sejais vós, ó Senhor Deus, Senhor Deus de Israel, o nosso pai. Desde sempre e por toda a eternidade!

— A vós pertencem a grandeza e o poder, toda a glória, esplendor e majestade.

— A vós, Senhor, também pertence a realeza, pois sobre a terra, como rei, vos elevais! Toda glória e riqueza vêm de vós!

— Sois o Senhor e dominais o universo, em vossa mão se encontram a força e o poder, em vossa mão tudo se afirma e tudo cresce!

Frase bíblica do dia


«Procurai primeiro o Reino dos Céus e todo o resto vos será dado por acréscimo» (Mt 6, 33)

6 de fevereiro



S. Paulo Miki

O Japão recebeu a fé cristã por meio de São Francisco Xavier, entre 1549-51. Após algumas décadas de cristianismo, o número de fiéis atingia 300.000. Essa rápida expansão deveu-se a dois factores: o respeito que os missionários jesuítas tinham para com o modo de vida dos japoneses e as crenças nipônicas que não eram de todo opostas ao cristianismo. Foi preciosa a colaboração dos elementos nativos. 

Paulo Miki, nascido em 1564, de uma família abastada, tornou-se catequista. Admitiram a sua ordenação sacerdotal, pois a única diocese de Fusai ainda não havia recebido seu bispo. O imperador Toyotomi Hideyoshi (1587) de simpatizante tornou-se adversário dos missionários por causa da conquista da Coreia tendo então decretado a sua expulsão.
 
Alguns missionários, porém, não saíram. Ficaram escondidos. Alguns franciscanos espanhóis, guiados pelo padre Pedro Batista, chegaram ao Japão através das Filipinas e foram bem acolhidos pelo imperador. Mas, pouco depois, por animosidade para com os espanhóis e os ocidentais deu-se a rutura. No dia 9 de dezembro de 1596 foram presos seis Franciscanos. Em seguida alguns terciários e catequistas (Paulo Suzuki) tiveram a mesma sorte.

Todos estes foram expostos a humilhações e arrastados de Meaco a Nagasaki para serem alvo de zombaria por parte do povo. Eram vinte e seis. O povo admirou a coragem que demonstravam. Foram crucificados sobre uma colina de Nagasaki no dia 5 de Fevereiro de 1597. Particularmente emocionantes foram as palavras de perdão e de testemunho evangélico pronunciadas por Paulo Miki, a serenidade e coragem de Luís Ibaraki (de 11 anos), de António (13 anos) e de Tomás Cosaki (14 anos) que morreram entoando o salmo: "Meninos louvai ao Senhor..."

5 de fev. de 2014

Recortes

Foto extraída do site: http://lardosidosos.org.br

São misericordiosos os que usam de delicadeza e humanidade quando proporcionam aos outros o necessário para resistirem aos males e às dores”  (Santo Agostinho, Sobre os costumes da Igreja Católica, 1, 28, 56)

Boa!


Quarta-feira da 4ª semana do Tempo Comum

 (Mc 6,1-6)


Naquele tempo, 1Jesus foi a Nazaré, sua terra, e seus discípulos o acompanharam. 2Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: “De onde recebeu ele tudo isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos? 3Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? Suas irmãs não moram aqui conosco?” E ficaram escandalizados por causa dele.

4Jesus lhes dizia: “Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares”. 5E ali não pôde fazer milagre algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6E admirou-se com a falta de fé deles. Jesus percorria os povoados das redondezas, ensinando.



Comentário do dia: Beato João Paulo II (1920-2005), papa. Exortação apostólica «Redemptoris custos»

«Não é Ele o carpinteiro?»


A expressão quotidiana do amor na vida da Família de Nazaré é o trabalho. […] Aquele que era designado como o «filho do carpinteiro» tinha aprendido o ofício de seu «pai» putativo. Se a Família de Nazaré, na ordem da salvação e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é-o analogamente também o trabalho de Jesus ao lado de José, o carpinteiro. […] O trabalho humano, em particular o trabalho manual, tem no Evangelho uma acentuação especial. Juntamente com a humanidade do Filho de Deus, ele foi acolhido no mistério da Incarnação e também foi como que redimido de maneira particular. Graças à sua oficina, na qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho humano do mistério da Redenção.

No crescimento humano de Jesus «em sabedoria, em estatura e em graça» teve uma parte notável a consciência profissional, dado que «o trabalho é um bem do homem», que «transforma a natureza» e torna o homem, «em certo sentido, mais homem». 

A importância do trabalho na vida do homem exige que se conheçam e assimilem todos os seus conteúdos para ajudar os demais homens a aproximarem-se, através dele, de Deus, Criador e Redentor, e a participarem nos Seus desígnios salvíficos quanto ao homem e quanto ao mundo; e ainda, a aprofundarem a sua vida e amizade com Cristo tendo, mediante a fé vivida, uma participação no seu tríplice múnus: de Sacerdote, de Profeta e de Rei. Trata-se, em última análise, da santificação da vida quotidiana, na qual cada pessoa deve empenhar-se, segundo o próprio estado.


Responsório (Sl 31)
— Perdoai-me, Senhor, meu pecado!

— Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!

— Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta.

— Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que irrompam as águas, não poderão atingi-lo jamais.

— Sois para mim proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós.

5 de fevereiro

Santa Águeda, virgem, mártir, +251



Santa Águeda ficou conhecida tanto pelo seu nome verdadeiro Águeda, como por Ágata. Não se tem conhecimento das datas de seu nascimento ou morte. Acredita-se que ela viveu durante o século III, na Sicília e foi martirizada durante a perseguição aos cristãos no império de Décio, por volta de 251, sendo seu suplicio um dos mais cruéis da época contra cristãos.
Segundo a tradição Santa Águeda foi entregue a uma mulher de má conduta para desviá-la de Deus. Como mantivesse a firmeza da fé, foi submetida a cruéis torturas: desconjuntamento dos ossos, dilaceramento dos seios. Foi arrastada sobre cacos de vidros e carvões em brasa.
Santa Águeda é uma das santas mais populares da Itália, apenas Roma chegou a ter 12 igrejas a ela dedicadas.




S. Felipe de Jesus, religioso, mártir, +1597



É o primeiro santo mexicano.
Nasceu na Cidade do México em 1572. Começou por ser ourives e aos 18 anos embarcou para as Filipinas, onde se fez frade no convento franciscano de Manila. Devia voltar ao México para ser ordenado sacerdote, mas os tufões arremessaram o barco em que seguia para as costas do Japão. Tentou obter ajudas para a reparação da embarcação, mas acabou sendo feito prisioneiro com os franciscanos de Quioto e enviado para Nagasaqui para se torturado e morto. Foi martirizado no dia 5 de Fevereiro de 1597.
Foi canonizado em 1862.

Frase bíblica do dia


«Estava admirado com a falta de fé daquela gente» (Mc 6, 6).

Papa receberá a Rainha Elizabeth II, do Reino Unido

A audiência será na quinta-feira, 3 de abril, por ocasião de visita, a convite do Presidente da República, Giorgio Napolitano


Roma, 04 de Fevereiro de 2014 (Zenit.org)

O Santo Padre encontrará na próxima quinta-feira, 3 de abril, a Rainha Elizabeth II, monarca do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte. A notícia foi divulgada em nota do Palácio de Buckingham e depois, confirmada pela Sala de Imprensa do Vaticano.
A audiência do Pontífice com a Rainha, acompanhada do marido Philip, Duque de Edimburgo, acontecerá por ocasião da visita de um dia, a convite do Presidente da República, Giorgio Napolitano. O convite já havia sido feito no ano passado, mas os reinantes britânicos não puderam aceitá-lo por motivo de saúde.

O convite foi refeito, e a Rainha colherá a ocasião para conhecer o Pontífice. Na missa do início do pontificado, o Reino Unido foi representado pelo Duque de Gloucester.

No programa constam um almoço no Palácio do Quirinal, e em seguida, a audiência com o Pontífice, no Vaticano.

A rainha Elizabeth foi recebida em audiência pelo Papa João Paulo II, em 17 de outubro de 2000. Quanto a Bento XVI, a Rainha o recebeu no âmbito da viagem apostólica do Pontífice à Grã-Bretanha, em 2010. Em 1961 foi recebida também por João XXIII.

Recortes

"Senti a caridade entrar no meu coração, a necessidade de me esquecer de mim mesma para dar alegria, e desde então fui feliz.

Santa Teresinha do Menino Jesus (Teresa de Lisieux 1873-1897)

Homilia do papa

TRECHO DA HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NESTA TERÇA-FEIRA, 4 de fevereiro/14

4 de fev. de 2014

Instrução Cristã

Podemos aplaudir quando o presidente da celebração nos abençoa após a proclamação do Evangelho?


Para bem celebrarmos a Sagrada Liturgia com consciência e zelo, precisamos estar atentos ao que celebramos.

Hoje gostaria de lhes falar sobre o Evangeliário (ou livro dos Evangelhos). Trata-se de um livro grande, que contém somente os textos dos Santos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João). Os textos estão organizados segundo as celebrações dominicais e demais solenidades.

O uso do Evangeliário é recomendado especialmente aos domingos e festas solenes da Igreja, mas também é utilizado em outros momentos celebrativos (ordenações, tomada de posse do pároco, juramentos de fidelidade, exéquias,  etc).

Nos ritos iniciais, é levado na procissão de entrada até o altar. Quando chega o momento da aclamação, quem tem a função da proclamação do evangelho leva o Livro solenemente em procissão até o Ambão (ou mesa da Palavra). E, de mãos postas, (não abrindo os braços como muitos fazem!) diz: O Senhor esteja convosco... Depois incensa e proclama o Evangelho.

Em se tratando de uma celebração onde o presidente não fez a proclamação, a liturgia pede que, após proclamar o Evangelho, o diácono (ou um sacerdote concelebrante) apresente o Livro ao que preside e este o beija e abençoa o povo.

Aqui chamo sua atenção! Quando o Livro é levantado, após a proclamação o povo, quase que por instinto, aplaude. Mas isso é certo???
Veja bem: o ministro sagrado, naquele momento, está dando a bênção. Não se trata de uma apresentação do Livro. Está abençoando! E quando recebemos uma bênção, devemos fazer o sinal da cruz, uma vênia... (veja o exemplo dos mestres de cerimônia do papa, na foto acima).

Nem sempre acontece de ter o Evangeliário nas nossas comunidades. Às vezes o sacerdote eleva o lecionário (aquele mesmo, de capa vermelha, que contém as demais leituras). Mas, neste caso, a orientação é a mesma. Trata-se de uma bênção.
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Em tempo: Ainda neste aspecto, presenciei na procissão de Corpus Christi, que a Arquidiocese promove nas ruas do centro de Goiânia, a mesma atitude, só que desta vez com o Santíssimo Sacramento. Houve vários momentos reservados para a bênção ao longo do percurso. E em todos eles a mesma coisa: o bispo eleva o ostensório com o Santíssimo Sacramento para dar a bênção; ao invés de ajoelhar e receber a bênção muitas pessoas aplaudem (!!!). E, se isso acontece lá, é porque é costume em nossas comunidades.

Entendo o que querem expressar com este gesto. E entendo mais ainda que, se o fazem, é porque assim foi ensinado. Mas, meus irmãos, o que é mais importante nestes momentos? Trata-se da bênção! E, em se tratando de bênção, creio que não estamos em condições de dispensá-las ou deixá-las passar. Tomemos posse do que é nosso.

Em Jesus, tudo é Amor.
Deixo-vos a bênção do Deus que é Pai, e Filho e Espírito Santo.
Seu servo, padre Elenivaldo.



Terça-feira da 4ª semana do Tempo Comum

(Mc 5,21-43)


Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”

24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.

27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”

32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.

35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.

39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.


Comentário do dia: Beato João Paulo II (1920-2005), papa 
Discurso de 2/4/1987 aos jovens do Chile, 4.6

«Levanta-te!»

Amados jovens, […] só Cristo pode dar a verdadeira resposta a todas as vossas dificuldades! O mundo precisa da vossa resposta, uma resposta pessoal às palavras, cheias de vida, do Senhor — «sou Eu que te digo: levanta-te!» Assim, vemos como, nas situações mais penosas e difíceis, Jesus sai ao encontro da humanidade. O milagre realizado na casa de Jairo mostra-nos o seu poder sobre o mal. Ele é o Senhor da vida, o vencedor da morte. […] Buscai a Cristo! Contemplai a Cristo! Vivei em Cristo! É esta a minha mensagem: «Que Jesus seja a pedra angular (cf Ef 2,20) da vossa vida e da civilização nova que, em generosa e compartilhada solidariedade, haveis de construir. Não pode haver autêntico crescimento humano na paz e na justiça, na verdade e na liberdade, se Cristo não estiver presente com a sua força salvadora» [Mensagem para as II Jornadas Mundiais da Juventude, 30/11/1986, 3].

O que quer dizer construir a vida em Cristo? Quer dizer deixar-se comprometer pelo seu amor, um amor que exige coerência de comportamento e que a conduta de cada um se adapte à doutrina e aos mandamentos de Jesus Cristo e da sua Igreja; um amor que enche a nossa vida duma felicidade e duma paz que o mundo não consegue dar (cf Jo 14,27), apesar de tanto precisar dela. Não tenhais medo das exigências do amor de Cristo. Pelo contrário, temei antes a pusilanimidade, a ligeireza, o comodismo, a procura do próprio interesse, o egoísmo, tudo aquilo que queira calar a voz de Cristo que, dirigindo-Se a cada um e a cada uma de vós, insiste: «Sou Eu que te digo: levanta-te!» (Mc 5,41).

Contemplai a Cristo com valentia, meditando na sua vida através da leitura sossegada do Evangelho, dirigindo-vos a Ele com confiança na intimidade da vossa oração e nos sacramentos, em especial na Sagrada Eucaristia. […] Se vos dirigirdes a Cristo, ouvireis igualmente, e no mais íntimo da vossa alma, os rogos e as solicitações do Senhor que continua a dirigir-Se a vós, repetindo-vos sem cessar: «Sou Eu que te digo: levanta-te!»



Responsório (Sl 85)
— Inclinai vosso ouvido, ó Senhor, e respondei-me!


— Inclinai, ó Senhor, vosso ouvido, escutai, pois sou pobre e infeliz! Protegei-me, que sou vosso amigo, e salvai vosso servo, meu Deus, que espera e confia em vós!

— Piedade de mim, ó Senhor, porque clamo por vós todo o dia! Animai e alegrai vosso servo, pois a vós eu elevo a minh’alma.

— Ó Senhor, vós sois bom e clemente, sois o perdão para quem vos invoca. Escutai, ó Senhor, minha prece, o lamento da minha oração!

4 de fevereiro

S. João de Brito, presbítero e mártir, +1693

"A Linguagem da cruz é loucura para os que perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus" 1Cor 1,18 


O santo de hoje, chamado São João de Brito (1647 - 1693), nasceu na Mouraria em Lisboa, junto ao Castelo, numa casa que foi abalada no terramoto de 1755, mas que foi reconstruída. Sempre foi venerado com especial fervor pelo povo português. O Papa Pio XII estendeu seu culto à Igreja Universal, canonizando-o em 1947. Apesar de nobre e algo doente, conseguiu não só entrar na Companhia de Jesus mas transformar-se, a partir de seus vinte e seis anos, em missionário de espantosa atividade. Na Índia, assumiu a língua e costumes locais, para melhor poder espalhar a Boa Nova do Evangelho. Morreu mártir, durante um trágico levantamento contra os cristãos. Já no cárcere, desde o dia 31 de Janeiro, escreveu no dia 3, ao Superior da sua Missão: “A culpa de que me acusam vem de ser que ensino a lei de Nosso Senhor, e de nenhuma maneira hão-de ser adorados os ídolos. Quando a culpa é virtude, o padecer é glória”.

Que São João de Brito nos inspire a sua fé, a sua dedicação ao Evangelho e a sua coragem e determinação.


Frase bíblica do dia


«Filha, a tua fé salvou-te; vai em paz e sê curada do teu mal» (Mc 5, 34).

Recortes


“O Senhor necessita de almas fortes e audazes, que não pactuem com a mediocridade e penetrem com passo firme em todos os ambientes” (Josemaría Escrivá,Sulco nr 416)

2 de fev. de 2014

Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum



(Mc 5,1-20)


Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos ge­rasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro.

3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo.

5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altís­simo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região.

11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo.

16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido en­de­mo­ninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados

James Tissot

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Comentário do dia: Concílio Vaticano II. Constituição dogmática sobre a Igreja, «Lumen Gentium», § 17

«Vai para junto dos teus e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti»

Assim como o Filho foi enviado pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos (Jo 20,21) dizendo: «Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinai-as a observar tudo aquilo que vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos» (Mt 28,19-20). A Igreja recebeu dos Apóstolos o mandato solene de Cristo de anunciar a verdade da salvação e de a levar até aos confins da terra (At 1,8). Faz, portanto, suas as palavras do Apóstolo: «Ai de mim, se não pregar o Evangelho» (1Cor 9,16), e por isso continua a mandar incessantemente os seus arautos, até que as novas igrejas se formem plenamente e prossigam, por sua vez, a obra da evangelização.

Pois é impelida pelo Espírito Santo a cooperar para que o desígnio de Deus, que fez de Cristo o princípio de salvação para todo o mundo, se realize totalmente. Pregando o Evangelho, a Igreja atrai os ouvintes a crer e confessar a fé, dispõe para o Batismo, liberta da escravidão do erro e incorpora-os a Cristo, a fim de que nele cresçam pela caridade, até à plenitude. E a sua ação faz com que tudo quanto de bom encontra no coração e no espírito dos homens ou nos ritos e na cultura próprios de cada povo, não só não pereça mas antes seja sanado, elevado e aperfeiçoado, para glória de Deus, confusão do demônio e felicidade do homem. 

A todo o discípulo de Cristo incumbe o encargo de difundir a fé, segundo a própria medida. Mas se todos podem batizar os que acreditam, contudo, é próprio do sacerdote aperfeiçoar, com o sacrifício eucarístico, a edificação do corpo, cumprindo assim a palavra de Deus, anunciada pelo profeta: «do Oriente até ao Ocidente grande é o meu nome entre as gentes, e em todos os lugares é sacrificada e oferecida ao meu nome uma oblação pura» (Mal 1,11). É assim que a Igreja simultaneamente ora e trabalha para que toda a humanidade se transforme em Povo de Deus, corpo do Senhor e templo do Espírito Santo.


Responsório (Sl 3)
— Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam; quanta gente se levanta contra mim! Muitos dizem, comentando a meu respeito: “Ele não acha a salvação junto de Deus!”

— Mas sois vós o meu escudo protetor, a minha glória que levanta minha cabeça! Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, do Monte santo ele me ouviu e respondeu.

— Eu me deito e adormeço bem tranquilo; acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento. Não terei medo de milhares que me cerquem e furiosos se levantem contra mim. Levan­tai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me!

Benção da garganta


A bênção de São Brás: 

Por intercessão de São Brás, 
Bispo e Mártir, 
livre-te Deus do mal da garganta 
e de qualquer outra doença. 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 
Amém!

3 de fevereiro

S. Brás, bispo e mártir, +316

S Brás, bispo e mártir
"Jesus levou-os até Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. E enquanto os abençoava, distanciou-se deles e era elevado aos céus" (Lc 24,50-51). 

Hoje muitas pessoas vão à igreja a fim de receberem a "benção de São Brás". É um costume antigo, em que se pede a Deus, mediante essa bênção, que sejamos preservados de todo mal da garganta e de qualquer outra doença. A figura de São Brás está envolta em muitas lendas, segundo as quais ele teria vivido sozinho no deserto, no meio de animais ferozes. Depois, deveria ser devorado por leões, tigres e ursos, na arena romana, como mártir. 

E porquê a bênção da garganta? Conta a história que uma pobre mãe trouxe um filhinho sufocado por uma espinha de peixe, para que São Brás o curasse. Este lhe impôs as mãos, fez o sinal da cruz e a criança ficou curada. A devoção a esse Santo vem de longe. E é até representada num dos mais célebres vitrais da Catedral de Chartres, em França. A bênção - e eu penso na "benção de São Brás" - significa "força de Deus"; força em nossa vida, pela oração e também pela adesão à Sua vontade.


(Fonte: Evangelho Quotidiano)

Recortes

“Se o afastas de ti e o perdes, aonde irás, a quem buscarás por amigo? Não podes viver sem um amigo; e se Jesus não for o teu grande amigo, estarás muito triste e desconsolado” (Tomás de Kempis, Imitação de Cristo, II, 8, 3)

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Frase bíblica do dia


«Vai e conta tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti» (cf. Mc 5, 19).

1 de fev. de 2014

2 de fevereiro - Festa da Apresentação do Senhor

(Lc 2,22-40)



22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.

24Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.

27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

36Havia também uma pro­fe­tisa, chamada Ana, filha de Fa­nuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.

39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.



Comentário do dia: Beato Guerric de Igny (c. 1080-1157), abade cisterciense. 1º Sermão para a Purificação, 3-5; SC 166

«Luz para se revelar às nações»

Dou graças contigo e partilho a tua alegria, ó cheia de graça (Lc 1,28): tu trouxeste ao mundo a Misericórdia que eu recebi. Foste tu que preparaste este círio que recebo hoje nas mãos. Foste tu que forneceste a cera para esta chama […], quando revestiste de uma carne imaculada o Verbo imaculado, tu, sua Mãe imaculada.

Vamos, meus irmãos! Eis que este círio brilha entre as mãos de Simeão. Vinde tomar a luz, vinde acender os vossos círios, isto é, as lâmpadas que o Senhor quer ver-vos segurar entre as mãos (Lc 12,35): «O que olha para Ele estará radiante» (Sl 33,6). Assim, em vez de apenas segurares uma chama, tu próprio serás uma chama, brilhando no interior e no exterior, para ti e para o teu próximo. […] Jesus, que brilha entre as mãos de Simeão, iluminará a tua fé, fará brilhar o teu exemplo, sugerir-te-á a palavra adequada, exaltará a tua oração, purificará a tua intenção. […]

E quando a lâmpada desta vida se extinguir, a luz da vida que não pode apagar-se levantar-se-á para ti, em quem brilham tantas luzes, e será para ti «mais brilhante do que o meio-dia» (Jb 11,17). No momento em que pensavas extinguir-te, «levantar-te-ás como a estrela da manhã» (ibid) e «as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia» (Is 58,10). E «não mais terás necessidade do sol para te iluminar nem da luz para te alumiar; o Senhor será a tua luz eterna» (Is 60,19), porque a chama da nova Jerusalém é o Cordeiro (Ap 21,23), a quem sejam dados «louvor e glória para todo o sempre! Amen» (Ap 7,12 Vulg).
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Responsório (Sl 23)

— O Rei da glória é o Senhor onipotente!
— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”. “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

— “Ó portas, levantai vossos frontões! Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

— Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?”. “O Rei da glória é o Senhor onipotente, o Rei da glória é o Senhor Deus do universo.”

Recortes


“Minha Rainha, seguindo o vosso exemplo, também eu quereria oferecer hoje a Deus o meu pobre coração [...]. Oferecei-me como coisa vossa ao Pai Eterno, em união com Jesus, e pedi-lhe que, pelos méritos do seu Filho, e em vossa graça, me aceite e me tome por seu”  (Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria Santíssima, II, 6)

Vibrante encontro do Papa com a Comunidade Neocatecumenal. Três suas "recomendações"

(Fonte: Rádio Vaticana)
“Caminhar conjuntamente, como único rebanho, sob a guia dos Pastores das Igrejas locais” – esta uma das “recomendações” deixadas pelo Papa Francisco, “em nome da Igreja, nossa Mãe”, aos membros do Caminho Neocatecumenal, num encontro realizado neste sábado de manhã, no Vaticano, no Auditório Paulo VI. O Papa deu o “mandato missionário” a umas 1.500 pessoas do “Caminho” que partirão para 40 diferentes “missões” através do mundo, 17 das quais na Ásia. Cada uma destas “missões” é constituída por quatro ou cinco famílias (com os respectivos filhos) e ainda um padre, um seminarista e três religiosas em missão.
Dirigindo-se especialmente a estes grupos que partem em missão, a primeira recomendação do Papa Francisco foi a de “porem o máximo cuidado em construir e conservar a comunhão no interior das Igrejas particulares” em que vão atuar. O que significa “colocar-se à escuta das Igrejas” aonde são enviados, valorizando as riquezas das mesmas, sofrendo mesmo – se for preciso – as suas debilidades, e caminhando juntamente” com elas.
“A comunhão é essencial: por vezes pode ser melhor renunciar a viver em todos os pormenores o que o vosso itinerário exigiria, de modo a garantir a unidade entre os irmãos que formam a única comunidade eclesial, de que sempre vos deveis sentir parte”.
Uma segunda indicação do Papa Francisco aos Neocatecumenais que partem em missão é a consciência de que “o Espírito do Senhor chega sempre antes de nós”.
“O Senhor precede-nos sempre! Mesmo nos lugares mais distantes, mesmo nas culturas mais diversas. Deus espalha por toda a parte as sementes do seu Verbo”.
Daqui a importância de dedicarem “especial atenção ao contexto cultural” que irão encontrar, tantas vezes “muito diferente daquele de onde provêm”. Para além do esforço de falar a língua local, importante será também “o esforço deaprender as culturas que encontrarem, reconhecendo ao mesmo tempo a necessidade do Evangelho que nelas existe e a ação que o Espírito Santo tem realizado na vida e na história de cada povo”.
Finalmente – última exortação do Papa – cuidarem “com amor uns dos outros, em particular dos mais débeis”. Pode acontecer que algum irmão ou irmã encontre dificuldades imprevistas no exigente caminho a percorrer. A Comunidade terá então que “exercitar a paciência e a misericórdia”. Será um “sinal de maturidade”.
“Não se deve forçar a liberdade de ninguém. Há que respeitar mesmo a eventual decisão de procurar, fora do Caminho, outras formas de vida cristã que ajudem a crescer na resposta à chamada do Senhor”.
Segundo informa a agência Ecclesia, encontravam-se presentes também neste encontro com o Papa nove famílias e quatro jovens portugueses que partem em missão para diversas partes do mundo. Duas destas famílias provêm da Diocese de Lisboa, uma de Setúbal, outra de Aveiro, outra ainda da diocese de Portalegre-Castelo Branco, duas da arquidiocese de Évora. Quanto aos mais novos, trata-se de duas jovens de Lisboa, uma de Angra (Açores) e um jovem de Setúbal. Os destinos da missão são diferentes, mas é para a Ásia que “vai a maior parte das pessoas”.