CIDADE DO VATICANO - (ZENIT.org) – Na catequese desta quarta-feira, o Papa Bento XVI meditou sobre o Salmo 136, “um solene hino de louvor que celebra as inúmeras manifestações de bondade do Senhor para com os homens”.
Partindo das tradições judaicas, o Pontífice explicou que “solene oração de ação de graças, conhecida como o 'Grande Hallel', este Salmo é cantado tradicionalmente no final da ceia pascal judaica e foi, provavelmente, também rezado por Jesus na última Páscoa celebrada com seus discípulos”.
“Ao longo do poema, são enumeradas as muitas maravilhas de Deus na história humana e as suas intervenções em curso em favor de seu povo; e a cada proclamação da ação salvífica do Senhor responde a antífona coma motivação fundamental do louvor: o amor eterno de Deus”, afirmou.
Este salmo celebra o Senhor como aquele que faz “grandes maravilhas”, entre elas, a criação: “O mundo criado é sintetizado em seus principais elementos, com particular ênfase nos astros, no sol, na lua, nas estrelas, criaturas magníficas que governam o dia e a noite. Não se fala aqui da criação do ser humano, mas ele está sempre presente; o sol e a lua existem para ele – para o homem –, para marcar o tempo do homem, colocando-o em relação com o Criador, sobretudo através da indicação dos tempos litúrgicos”.
O texto recorda também “o longo peregrinar de Israel até a terra prometida: 'Conduziu seu povo no deserto, porque o seu amor é para sempre' (v. 16). Essas poucas palavras contêm uma experiência de quarenta anos, um tempo decisivo para Israel, que, deixando-se guiar pelo Senhor, aprende a viver na fé, na obediência e na docilidade à lei de Deus”.
Ao longo das grandes maravilhas que o salmo menciona, chega-se ao cume “no cumprimento da promessa divina feita aos Padres: 'Deu a sua terra por herança, porque o seu amor é para sempre; em herança a Israel, seu servo, porque o seu amor é para sempre' (vv. 21-22)”.
O Papa, aplicando o salmo à realidade atual, explicou: “Naturalmente, nós podemos dizer: essa libertação do Egito, o tempo do deserto, a entrada na Terra Santa e, em seguida, os outros problemas, que estão muito longe de nós, não são a nossa história”.
E acrescentou: “A estrutura fundamental é que Israel recorda-se da bondade do Senhor (...).E isso é importante também para nós: ter uma memória da bondade do Senhor. A memória torna-se uma força de esperança. A memória nos diz: Deus existe, Deus é bom, eterna é a sua misericórdia. E assim a memória abre, mesmo na escuridão de um dia, de um período, a estrada para o futuro: é luz e estrela que nos guia”.
“Também nós temos uma memória do bem, do amor misericordioso, eterno de Deus. A história de Israel já é uma memória também para nós, como Deus se mostrou e criou seu próprio povo. Depois, Deus se fez homem, um de nós: viveu conosco, sofreu conosco, morreu por nós. Permanece conosco no Sacramento e na Palavra. É uma história, uma memória da bondade de Deus, que nos assegura a sua bondade: o seu amor é eterno”, afirmou o Santo Padre.
“E, depois, também nestes dois mil anos da história da Igreja, existe sempre, de novo, a bondade do Senhor. Após o período obscuro da perseguição nazista e comunista, Deus libertou-nos, mostrou-nos que é bom, que tem força, que a sua misericórdia é para sempre”, acrescentou.
E aconselhou: “Devemos realmente valorizar essa história, ter sempre a memória das grandes coisas que Ele fez na nossa vida, para ter confiança: a sua misericórdia é eterna. E se, hoje, estamos na noite escura, amanhã Ele nos liberta, porque a sua misericórdia é eterna”.
O Papa concluiu sua catequese citando as palavras que São João escreve em sua Primeira Carta “e que deveremos sempre manter presentes na nossa oração: 'Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato'”.
(obs.: os destaques são do blog)
A paz de Jesus.
ResponderExcluir"Deus existe, Deus é bom e eterna é a sua misericórdia".
Como é maravilhoso este salmo,e a mensagem que faz nosso pastor, Bento XVI.um mundo que revela trevas, Deus nos mostra o amor.Nem tudo está perdido,mas o que precisamos é de quem seja realmente capaz de mostrar que Deus continua agindo em nosso meio, mesmo nas lutas,Ele aí está.Rezo sempre pelo senhor, padre, pela coragem e determinação,amor e zelo, sempre buscando cada dia mais anunciar a misericórdia e o amor que Deus tem para com os filhos, ainda que isto incomoda a muitos,mas o senhor é um profeta do altíssimo e te admiramos pelas lutas e por todas as vitórias pois o SENHOR DEUS É CONTIGO.Muito mais agora, sabemos que trará boas novas do congresso sacerdotal.Sua benção, estamos com saudades!!!