Paróquia Santa Luzia

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10 de set. de 2013

Quarta-feira da 23ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Lc 6,20-26)
Naquele tempo, 20Jesus, levantando os olhos para os seus discípulos, disse: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus! 21Bem-aventurados vós que agora tendes fome, porque sereis saciados! Bem-aventurados vós que agora chorais, porque havereis de rir! 22Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, vos expulsarem, vos insultarem e amaldiçoarem o vosso nome, por causa do Filho do Homem!
23Alegrai-vos, nesse dia, e exultai pois será grande a vossa recompensa no céu; porque era assim que os antepassados deles tratavam os profetas. 24Mas, ai de vós, ricos, porque já tendes vossa consolação! 25Ai de vós que agora tendes fartura, porque passareis fome! Ai de vós que agora rides, porque tereis luto e lágrimas! 26Ai de vós quando todos vos elogiam! Era assim que os antepassados deles tratavam os falsos profetas.


Comentário do dia São Leão Magno (?-c. 461), papa, doutor da Igreja. Sermão 95; PL 54, 461


«Felizes vós, os pobres»

«Felizes os pobres de espírito porque é deles o reino dos céus» (Mt 5,3). Poderíamos perguntar-nos a que pobres quereria a Verdade referir-se se, ao dizer «Felizes os pobres», não tivesse acrescentado nada sobre o tipo de pobres de que falava. Pensar-se-ia então que, para merecer o Reino dos Céus, bastaria a indigência de que muitos sofrem devido a uma necessidade penosa e dura. Mas ao dizer: «Felizes os pobres de espírito», o Senhor mostra que o Reino dos Céus deve ser dado aos que são recomendados mais pela humildade da alma, do que pela penúria dos recursos.


No entanto, não podemos duvidar de que os pobres adquirem mais facilmente do que os ricos o bem que é esta humildade, pois a doçura é uma amiga da sua indigência, ao passo que o orgulho é o companheiro da opulência dos ricos. Porém, também se encontra entre muitos ricos esta disposição de alma que os leva a servirem-se da sua abundância, não para se encherem de orgulho, mas para praticarem a bondade, e que encaram como grande lucro o que gastaram para aliviar a miséria e a infelicidade dos outros. A todos os tipos e classes de homens é dada a oportunidade de participarem nesta virtude, porque podem ser simultaneamente iguais em intenção e desiguais em fortuna; e pouco importam as diferenças entre os recursos terrenos que encontramos entre os homens que são iguais em bens espirituais. Feliz esta pobreza que não está agrilhoada pelo amor das riquezas materiais; ela não deseja aumentar a sua fortuna neste mundo, antes aspira a tornar-se rica dos bens dos céus.


Responsório (Sl 144)
— O Senhor é muito bom para com todos.
— Todos os dias haverei de bendizer-vos, hei de louvar o vosso nome para sempre. Grande é o Senhor e muito digno de louvores, e ninguém pode medir sua grandeza.
— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.



São João Gabriel Perboyre, presbítero, mártir, +1840


Nascido em Mongesty, França, a 06 de janeiro de 1802, era filho de camponeses, tendo mais dois irmãos e duas irmãs. O bem-aventurado João Gabriel uma vida difícil e conturbada, mas mesmo no meio de tanto sofrimento, nunca vacilou nem lhe faltou a virtude da Esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Iniciou sua vida religiosa em 1820, ingressando na ordem dos lazaristas de Montauban e recebendo o sacerdócio cinco anos depois. Foi enviado em missão à China, vivendo em Honan e depois em Hu-Pé, demonstrando a sua fé e crença.

S. João Gabriel Perboyre, sofreu a amargura da cadeia e diversas formas de torturas cruéis. Por fim, foi crucificado em 1840.

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