Paróquia Santa Luzia

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24 de dez. de 2013

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade - Missa do Dia



Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo


A liturgia deste dia convida-nos a contemplar o amor de Deus, manifestado na incarnação de Jesus… Ele é a “Palavra” que se fez pessoa e veio habitar no meio de nós, a fim de nos oferecer a vida em plenitude e nos elevar à dignidade de “filhos de Deus”.

A primeira leitura anuncia a chegada do Deus libertador. Ele é o rei que traz a paz e a salvação, proporcionando ao seu Povo uma era de felicidade sem fim. O profeta convida, pois, a substituir a tristeza pela alegria, o desalento pela esperança.

A segunda leitura apresenta, em traços largos, o plano salvador de Deus. Insiste, sobretudo, que esse projeto alcança o seu ponto mais alto com o envio de Jesus, a “Palavra” de Deus que os homens devem escutar e acolher.

O Evangelho desenvolve o tema esboçado na segunda leitura e apresenta a “Palavra” viva de Deus, tornada pessoa em Jesus. Sugere que a missão do Filho/”Palavra” é completar a criação primeira, eliminando tudo aquilo que se opõe à vida e criando condições para que nasça o Homem Novo, o homem da vida em plenitude, o homem que vive uma relação filial com Deus.



(Jo 1,1-18)



1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus.

2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito.

4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mais veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

10A Palavra estava no mundo — e o mundo foi feito por meio dela — mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram.

12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade.

15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”.

16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo.

18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.


Comentário do dia: Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja. Hinos 5 e 6 sobre a Natividade

«Maria conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19)

Com palavras sublimes, 
Ardendo de amor, 
Maria embalava-O: 
«Como me foi dado, a mim, a solitária, 
Conceber e dar à luz 
Aquele que é o único e o múltiplo, 
O mais pequeno e o Maior? 
Aqui está Ele inteiro, junto a mim 
E inteiro perto de todo o universo.

No dia em que Gabriel 
Entrou na minha pobre casa 
Tornou-me de súbito 
Nobre dama e serva: 
Pois eu era a serva da tua divindade (cf Lc 1,38), 
Mas também sou a mãe 
Da tua humanidade, 
Meu Senhor e meu filho!

A serva tornou-se de repente 
Filha de rei, 
Por Ti, filho de David, 
Eis que a mais humilde 
Da casa de David, 
Eis que uma filha da terra 
Chega até ao céu 
Por Aquele que é do céu!

Que maravilha para mim! 
Perto de mim repousa 
Este recém-nascido, o Ancião dos dias! (cf Dn 7,9) 
Fixa o seu olhar na totalidade do céu, 
E sem cessar 
Os seus lábios balbuciam. 
É tão parecido comigo! 
Enquanto com Deus 
Fala em silêncio! 

Quem já viu alguma vez 
Um recém-nascido olhar 
Todas as coisas em toda a parte? 
No seu olhar se compreende 
Que é Ele que dirige 
Toda a criação, de alto a baixo. 
No seu olhar se compreende 
Que Ele, como Senhor, dá ordens 
A todo o universo. 

Como poderia eu abrir 
Uma fonte de leite, 
Para Ti, que és a Fonte? 
Como poderia eu dar 
Alimento 
A Ti que alimentas todos os seres 
À tua mesa? 
Como cobrir-Te de panos, 
A Ti, que estás revestido de um manto de luz? (cf Sl 104,2)

A minha boca não sabe 
O que há-de chamar-Te, 
Ó Filho do Deus vivo! (cf Mt 16,16) 
Se ouso chamar-Te 
Filho de José, 
Tremo, pois não és da sua semente. […]

Embora sejas o Filho do Único 
A partir de agora 
Vou chamar-Te 
Filho de um grande número, 
Pois para Ti não bastam 
Milhares de nomes: 
És filho de Deus mas também filho do homem (cf Mc 1,1; 8,31) 
E também filho de José (cf Lc 3,23) 
E filho de David (cf Lc 20,41) 
E filho de Maria (cf Mc 6,3).


Responsório (Sl 97)
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!
— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa/ e da cítara suave!/ Aclamai, com os clarins e as trombetas,/ ao Senhor, o nosso Rei!

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