Paróquia Santa Luzia

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21 de dez. de 2013

Evangelho e Meditação: 4º Domingo do Advento - Ano A



Quarto Domingo do Advento


A liturgia deste domingo diz-nos, fundamentalmente, que Jesus é o “Deus-connosco”, que veio ao encontro dos homens para lhes oferecer uma proposta de salvação e de vida nova.

Na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia que Jahwéh é o Deus que não abandona o seu Povo e que quer percorrer, de mãos dadas com ele, o caminho da história… É n’Ele (e não nas sempre falíveis seguranças humanas) que devemos colocar a nossa esperança.

O Evangelho apresenta Jesus como a incarnação viva desse “Deus connosco”, que vem ao encontro dos homens para lhes apresentar uma proposta de salvação. Contém, naturalmente, um convite implícito a acolher de braços abertos a proposta que Ele traz e a deixar-se transformar por ela.

Na segunda leitura, sugere-se que, do encontro com Jesus, deve resultar o testemunho: tendo recebido a Boa Nova da salvação, os seguidores de Jesus devem levá-la a todos os homens e fazer com que ela se torne uma realidade libertadora em todos os tempos e lugares.



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 (Mt 1,18-24)



 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo.
20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo de seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta:23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
24Quando acordou, José fez como o anjo do Senhor havia mandado e aceitou sua esposa.


Comentário do dia: Santo Aelredo de Rielvaux (1110-1167), monge cisterciense. Sermão 9, da Anunciação do Senhor


«E hão-de chamá-Lo Emanuel»


«Emanuel, que que quer dizer: “Deus connosco”.» Sim, Deus connosco! Até aqui era Deus acima de nós, Deus diante de nós, mas hoje Ele é «Emanuel». Hoje, Ele é Deus connosco na nossa natureza e connosco na sua graça; connosco na nossa fraqueza e connosco na sua bondade; connosco na nossa miséria e connosco na sua misericórdia; connosco por amor, connosco por laços de família, connosco por ternura, connosco por compaixão.

Deus connosco! Vós, filhos de Adão, não pudestes subir ao céu para encontrar Deus (Dt 30,12), mas Ele desceu do céu para ser Emanuel, Deus connosco; veio para nossa casa para ser Emanuel, Deus connosco, e nós esquecemo-nos de ir ter com Deus para estar com Ele. «Até quando, ó homens, sereis duros de coração? Porque amais a vaidade e procurais a mentira?» (Sl 4,3) Eis que chegou a Palavra viva e verdadeira: «Porque amais a vaidade?» Eis que chegou a Verdade: «Porque procurais a mentira?» Eis que chegou Deus connosco.

E como poderia Ele estar ainda mais comigo? Pequeno como eu, fraco, nu e pobre como eu, em tudo como eu, tomando do que é meu e dando-me do que é seu, a mim que jazia como morto, sem voz e sem sentidos, nem sequer a luz dos meus olhos. E eis que hoje desceu do céu este Homem tão grande, este «profeta poderoso em palavras e em obras» (Lc 24,19), que colocou o seu rosto sobre o meu, a sua boca sobre a minha, as suas mãos nas minhas mãos (2Rs 4,34) e Se fez Emanuel, Deus conosco!

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