A FAMÍLIA é a peça mais importante da sociedade, aquela em que Deus tem o seu apoio mais firme. E é talvez a mais atacada das frentes: são os sistemas de impostos e políticas educativas que ignoram o valor da família, são o materialismo e o hedonismo que procuram fomentar uma concepção familiar antinatalista, é o falso sentido da liberdade e da independência, são os programas sociais que não favorecem que as mães possam dedicar o tempo necessário aos filhos...
Em muitos lugares, princípios tão elementares como o direito dos pais à educação dos filhos foram esquecidos por muitos cidadãos que, diante do poder do Estado, acabam por acostumar-se ao seu intervencionismo excessivo, renunciando ao dever de exercerem um direito que é irrenunciável. Devido em parte a essas inibições, impõem-se às vezes tipos de ensino orientados por uma visão materialista do homem: linhas pedagógicas e didáticas, textos, esquemas, programas e material escolar que minam intencionalmente a natureza espiritual da alma humana.
Os pais devem ser conscientes de que nenhum poder terreno pode eximi-los de uma responsabilidade que lhes foi conferida por Deus com relação aos filhos. E, além dos pais, todos recebemos, de formas diversas, a missão de cuidar dos outros: o sacerdote, das almas que atende; o professor, dos seus alunos; e tantas outras pessoas que têm uma tarefa de formação espiritual. Ninguém responderá por nós diante de Deus quando nos perguntar: Onde estão os que te confiei? Oxalá possamos responder: Não perdi nenhum dos que me deste (João 18, 9), porque soubemos empregar, Senhor, com a tua graça, os meios ordinários e extraordinários para que ninguém se extraviasse.
Todos devemos poder dizer a respeito dos que nos foram confiados: Cor meum vigilat – o meu coração está vigilante; é a inscrição que se lê diante de uma das muitas imagens de Nossa Senhora em Roma. O Senhor nos quer vigilantes com todos, mas antes de mais nada com os nossos, com aqueles que nos confiou. Pede-nos um amor atento, um amor capaz de perceber que determinado membro da família descuida os seus deveres para com Deus, e então ajudamo-lo com carinho; ou que está triste e isolado dos demais, e temos mais atenções com ele... Pede-nos um coração vigilante que saiba reagir se percebe que se introduzem na família modos de proceder que desdizem de um lar cristão, se se vêem programas de televisão sem os selecionar ou com excessiva freqüência, se há um clima de indolência e desleixo, se há frieza ou indiferença deste ou daquele para com os outros...
E procura-se corrigir essas falhas sem irritações, dando exemplo, com oração, com mais detalhes de carinho. E se alguém fica doente, todos ajudam, porque aprendemos que os enfermos são prediletos de Deus e nesse momento a pessoa que sofre é o tesouro da casa; e ajudam-no a oferecer a sua doença, a rezar alguma oração, e procuram que sofra o menos possível, porque o carinho tira a dor ou a alivia; pelo menos, faz dela uma dor diferente. (Fonte: site de Francisco F. Carvajal: www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp)
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