Paróquia Santa Luzia

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11 de fev. de 2013

Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração (Jr 3, 15)

Em meio ao turbilhão de notícias sobre a renúncia do papa, partilho com os leitores o que se passa no meu coração neste dia.


Creio que a palavra surpresa seja a mais adequada para traduzir o que ocorreu neste 11 de fevereiro de 2013. De fato, daqui a pouco a surpresa dará lugar a outros sentimentos que nos permitirão "digerir" a notícia dada pelo próprio papa sobre sua renúncia.
 
Trata-se de uma decisão difícil e corajosa que atinge o mundo todo (não apenas o "mundo católico") . Meus irmãos, a Igreja é humana e divina. O humano da Igreja nós nem precisamos frisar pois experimentamos na própria pele. Mas a Igreja é santa. Sim, SANTA. Afinal, a graça é superior ao pecado. O poder de Deus é infinitamente maior que a fraqueza humana. E é o Espírito Santo quem conduz nossa Igreja enquanto peregrina neste mundo. Ela: a doce, bela e intacta NOIVA de nosso Divino Salvador.
 
E o que o Espírito Paráclito (Defensor) inspirou ao nosso sensível e sábio pai Bento XVI? Pensando no papa me pergunto: "É possível imaginar suas noites de agonia? Podemos alcansar o que se passa no coração do homem que tem sob si tamanha responsabilidade?" Certamente não.

 

Eu o vi durante a Jormada Mundial da Juventude em Madri/2011, em vários momentos. A "figura do papa" é inpactante para qualquer um. Recordo-me de um padre, ainda jovem como eu, que estava ao meu lado quando o papa passou pertinho de nós. À passagem do papa, este padre foi às lágrimas. Chorava muito... aos soluços. Eu via passar o papa com meus olhos a escorrer lágrimas também. Havia muitas pessoas ao nosso redor que também se emocionaram. Todos pareciam dizer com Santa Catarina de Sena: "Meu doce Cristo na terra". No entando o que conseguíamos dizer a ele foi a famosa aclamação gritada em em uníssomo: "esta é a juventude do papa".
 
Naquele dia compreendi melhor algumas coisas. O homem que estava alí, acenando e abençoando a todos nós era um homem tímido em sua personalidade, mas não era propriamente o homem e, sim, o PAPA, o pai, o pastor, o pescador. Era Pedro.
 
 

Querido Santo Padre, eu o compreendo e amo. De alguma maneira (mesmo que misteriosa), o Espírito Santo está agindo nesta situação. E sou grato a Ele. Grato porque sei que Deus é amor e quer nos mostrar isso. Mostrar à esta nossa geração que Ele se importa sim com seu Povo, que não rompeu sua aliança. Pelo contrário, o Divino Esposo continua  a adornar sua noiva de vestes de santidade e graça. Se ele quis nos surpreender com esta notícia não foi para nos deixar tristes pois não é próprio de um noivo apaixonado tal feito. Presente precioso é assim mesmo, vem de surpresa. Seja Feliz e obrigado por mais esta "catequese".
 
(Pe Elenivaldo Santos, 11/2/2013)

Um comentário:

  1. Que lindo!!
    Vindo de um coração extremamente apaixonado pela Igreja, por jesus, com certeza é um conforto para nós esta belíssima reflexão que o senhor compartilha conosco, Padre. Glórias a Deus pela sabedoria e inspiração desta mensagem, que bom a certeza de que o santo Espírito conduz e a anima.Aguardemos em oração o tempo e a revelação do plano de Deus e louvando pela humildade e reconhecimento da limitação humana com que nosso querido Papa enfrentou, atitude de verdadeiro pastor!!Que Deus seja louvado!
    Sua benção!!

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