Paróquia Santa Luzia

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6 de ago. de 2013

A missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho

Roma, 06 de Agosto de 2013 (Zenit.org)

O Dia Mundial das Missões, que se repete pela 87ª ocasião, será celebrado dia 20 de outubro, na conclusão do Ano da Fé. “Ocasião importante para reforçar a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia com coragem o Evangelho” – escreve o santo padre Francisco.

A primeira mensagem escrita pelo papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, divulgada nesta terça-feira (6), destaca a missionariedade como “um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja”. A comunidade “é ‘adulta’ quando professa a fé, a celebra com alegria na liturgia, vive a caridade e proclama a Palavra de Deus sem descanso, saindo do seu próprio ambiente para levá-la também às ‘periferias’, especialmente as que ainda não tiveram oportunidade de conhecer Cristo” – escreve-.

O Ano da fé, após 50 anos do Concílio Vaticano II, serve de estimulo para que a Igreja tenha uma “renovada consciência de sua presença no mundo contemporâneo, de sua missão entre os povos e as nações”.

Francisco convida a todos a dar mais relevo à dimensão missionária nos programas pastorais e formativos. “A missionariedade não é somente uma dimensão programática na vida cristã, mas também uma dimensão paradigmática que diz respeito a todos os aspectos da vida cristã”.

O Papa comenta os obstáculos à evangelização no interior da comunidade eclesial: a fraqueza no fervor, na alegria, na coragem e na esperança ao anunciar Cristo e ao ajudar a humanidade a encontrá-lo e lamenta que este anúncio cristão seja entendido como “violentar a liberdade” dos outros, frisando que “a missionariedade da Igreja não é proselitismo, mas testemunho de vida que ilumina o caminho, que leva esperança e amor”.

E repete mais uma vez que “a Igreja não é uma organização assistencialista, uma empresa, ou uma ONG, mas uma comunidade de pessoas, animada pela ação do Espírito Santo que viveram e vivem o estupor do encontro com Jesus Cristo e desejam partilhar esta experiência de profunda alegria”.  

O Papa faz um apelo “àqueles que se sentem chamados a corresponderem generosamente ao Espírito Santo, de acordo com o seu estado de vida, e a não terem medo de ser generosos com o Senhor”. E “exorta os missionários, missionárias, presbíteros fidei donum e os leigos a viverem com alegria o precioso serviço deles nas Igrejas para onde são enviados” para que as Igrejas da antiga cristandade encontrem novamente a alegria de partilhar a fé numa troca que é enriquecimento reciproco no caminho de sequela do Senhor”.   

A mensagem faz referência aos cristãos que em várias partes do mundo sentem dificuldades para “professar abertamente a sua fé” e ver reconhecido o direito a “vivê-la com dignidade”. “São nossos irmãos e irmãs, testemunhas corajosas – ainda mais numerosas do que os mártires dos primeiros séculos que suportam com perseverança as várias formas atuais de perseguição”.

E termina com a exortação de Bento XVI: «A Palavra do Senhor avance e seja glorificada (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro» (Carta ap. Porta fidei, 15). São os meus votos para o Dia Mundial das Missões deste ano. Abençoo de coração os missionários e as missionárias e todos aqueles que acompanham e apoiam este empenho fundamental da Igreja para que o anúncio do Evangelho possa ressoar em todos os cantos da terra, e nós, ministros do Evangelho e missionários, experimentaremos “a suave e reconfortante alegria de evangelizar” (Paulo VI, Esort. ap. Evangelii nuntiandi, 80).

(MEM)

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