(Mc 3,1-6)
Naquele tempo,1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração. E disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
Comentário do dia: Papa Francisco: Encíclica «Lumen fidei / A luz da fé», §§ 16-17
«Se Deus nos reconciliou consigo pela morte de seu Filho quando ainda éramos pecadores, muito mais [...] seremos salvos pela vida de Cristo ressuscitado» (Rm 5,10)
A maior prova da fiabilidade do amor de Cristo encontra-se na sua morte pelo homem. Se dar a vida pelos amigos é a maior prova de amor (cf Jo 15,13), Jesus ofereceu a sua vida por todos, mesmo por aqueles que eram inimigos, para lhes transformar o coração. É por isso que os evangelistas situam na hora da Cruz o momento culminante do olhar de fé: naquela hora resplandece o amor divino em toda a sua sublimidade e amplitude. São João colocará aqui o seu testemunho solene, quando, juntamente com a Mãe de Jesus, contemplou Aquele que trespassaram (cf Jo 19,37): «Aquele que viu estas coisas é que dá testemunho delas e o seu testemunho é verdadeiro. E ele bem sabe que diz a verdade, para vós crerdes também» (Jo 19, 35). […]
É precisamente na contemplação da morte de Jesus que a fé se reforça e recebe uma luz fulgurante; é aqui que ela se revela como fé no seu amor inabalável por nós, amor que é capaz de penetrar na morte para nos salvar. É possível crer neste amor que não se subtraiu à morte para manifestar quanto me ama; a sua totalidade vence toda e qualquer suspeita e permite-nos confiar-nos plenamente a Cristo.
Ora, a morte de Cristo desvenda a total fiabilidade do amor de Deus à luz da sua ressurreição. Enquanto ressuscitado, Cristo é testemunha fiável, digna de fé (cf Ap 1,5; Heb 2,17), apoio firme para a nossa fé.
Responsório (Sl 143)
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa e louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
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