Os 7 bilhões de habitantes da Terra, de algum modo, se vinculam a uma das 3 religiões monoteístas
São Paulo, (Zenit.org) Edson Sampel
A gente tem a tendência a pensar que existem milhares de religiões no mundo, sendo o cristianismo, o judaísmo e o islamismo apenas 3 entre tantas. Será verdade? Reflitamos um pouco.
Tomemos como exemplo o Brasil, uma nação de proporções continentais. Em nosso país, 98 por cento dos habitantes professam a religião cristã, quer no catolicismo, quer nas inúmeras denominações evangélicas. Ninguém negaria tal afirmativa, não é mesmo? E os outros compatriotas? Bem, uma minoria se reparte entre o espiritismo e as religiões animistas de matriz africana (umbanda, candomblé, quimbanda etc.) e outros grupos. Por ora, deixemos de lado os judeus, os muçulmanos e os budistas que, no Brasil, correspondem a uma pequeníssima parcela.
Pensemos, agora, em outro exemplo paradigmático: os Estados Unidos. Naquele país gigantesco, a maioria do povo igualmente pratica a religião cristã, também através do catolicismo e das comunidades evangélicas. É claro que em solo americano há mais judeus, muçulmanos e budistas que no Brasil.
Poderíamos, também, mostrar realidades similares na Europa. Por outro lado, na China, potência que possui mais de 1 bilhão de habitantes, boa parte da população está vinculada ao confucionismo. No Japão, muitos se dedicam ao budismo.
Não vamos falar de todos os continentes. O importante é perceber o óbvio: existem apenas 3 grandes religiões no planeta Terra: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. As outras “práticas religiosas”, digamos assim, não estão infensas à influência de uma dessas 3 religiões. Por exemplo, no Brasil, os espíritas gostam de afirmar que o espiritismo não é religião e, por conseguinte, se consideram cristãos. Os seguidores do candomblé e da umbanda – pouquíssimos – igualmente incorporaram símbolos cristãos aos seus cultos e liturgias.
O budismo, o confucionismo e o hinduísmo, exemplificativamente, constituem “manifestações religiosas” e existenciais bem elásticas, abertas. No budismo, não se fala de Deus propriamente. Vale dizer: qualquer indivíduo integrante de um desses grupos se converteria facilmente ao cristianismo ou ao islamismo, sem perder a cultura de raiz. Não coloco aqui o judaísmo, porque esta religião não possui uma visão proselitista. Nasce-se judeu!
Por que será que o governo comunista da China impede que padres e pastores ingressem em seu território para a pregação do evangelho, cominando penas pesadíssimas aos infratores? Ora, simplesmente porque os chineses facilmente se converteriam ao cristianismo, uma vez que a esmagadora maioria nem sequer tem uma religião. Esta mudança qualitativa não interessa a nenhuma política totalitária.
Moral da história. O cristianismo, o judaísmo e o islamismo são, de fato, as verdadeiras religiões. E são parentes! São João Paulo II dizia que os judeus são irmãos mais velhos dos cristãos. Os maometanos, primos surgidos no século VI da era cristã, portam elementos do cristianismo e veneram Maria santíssima.
O cristianismo, mormente na sua historicidade presente na Igreja católica há 2 mil anos, representa o cumprimento das promessas confiadas ao judaísmo. Malgrado, ao longo da história, tenha ocorrido uma hedionda animosidade entre os crentes das 3 religiões monoteístas, sobretudo com os fiéis do Islã, não se deve negar que o cristianismo, o judaísmo e o islamismo captaram a essência divina e são religiões no sentido próprio, porquanto propiciam o religar (sentido da palavra “religião) do ser humano com Deus. Tal asserção é facilmente comprovada pelo chamado sensus fidei (percepção do crente), uma vez que considerável proporção dos 7 bilhões de habitantes da Terra, de alguma forma, se encontra ligada a uma dessas 3 religiões
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