11.05.2014
A Irmã Mary Kenneth Keller foi a primeira mulher de nacionalidade norte-americana a ter um doutorado em Ciências da Computação, consentido em 1965 na Universidade de Wisconsin-Madison. A sua tese tinha como título “Inferência indutiva dos modelos gerados pelo computador”.
A religiosa fez os votos como Irmã da Caridade em 1940, fazendo em seguida um bacharelado em Matemática e outro em Matemática e Física na Universidade DePaul. Estudou também na Dartmouth College, trabalhando no centro de ciências de computação no Instituto - mesmo na época sendo reservado aos homens -, onde ajudou a desenvolver a linguagem BASIC.
A religiosa, que escreveu quatro livros sobre a ciência da computação, acreditava no potencial do computador para aumentar o acesso a informação e promover a instrução.
Em 1965, depois de ter conseguido o seu doutorado, fundou o departamento de ciências da computação no Clarke College de Dubuque (Iowa), permanecendo ali por vinte anos. O Clarke College tem agora o Keller Computer Center and Information Services, intitulado à Irmã e que fornece apoio em computação e telecomunicação aos estudantes da faculdade, aos membros da faculdade e ao staff. A faculdade instituiu também a Mary Kenneth Keller Computer Science Scholarship, uma bolsa de estudo em sua homenagem.
Sabe-se muito pouco da vida da Irmã Mary Kenneth Keller antes de sua experiência universitária. Não é certo nem mesmo o ano de seu nascimento, que deveria ter ocorrido em meados de 1914 em Ohio. A religiosa morreu em 1985. Ingressou nas Irmãs da Caridade em 1932 e professou os votos oito anos depois.
O Dartmouth College mudou as regras que baniam as mulheres do seu centro de computação, permitindo-lhes ajudar e desenvolver a linguagem BASIC. Antes disso apenas matemáticos e cientistas podiam escrever o custom software. O BASIC deixou o uso do computador acessível a uma faixa muito mais ampla da população.
A Irmã Mary Keller queria fornecer o acesso à informática a qualquer um, não somente aos estudiosos de computador, e sonhava com um mundo no qual os computadores tornariam as pessoas mais inteligentes, ajudando-as também a pensar por si.
“Pela primeira vez”, afirmou em uma entrevista “agora podemos simular mecanicamente o processo cognitivo. Podemos completar estudos em inteligência artificial. Além disso, este mecanismo [o computador] pode ser usado para auxiliar as pessoas no aprendizado. Visto que com o tempo teremos alunos mais maduros e em qualidade superior, este tipo de ensinamento será provavelmente sempre mais importante”
(do site Aleteia)
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