Paróquia Santa Luzia

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5 de mai. de 2014

Terça-feira da 3ª semana da Páscoa

 (Jo 6,30-35)


Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus: 30 “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”.

32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
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Comentário do dia: Balduíno de Ford (?-c. 1190), abade cisterciense, depois bispo. O Sacramento do altar II, 3; SC 93

«O pão de Deus é aquele que desce do Céu e dá a vida ao mundo»



Cristo é o «pão da vida» para os que creem nele: crer em Cristo é comer o pão da vida, é possuir Cristo em si, é possuir a vida eterna. […]

«Eu sou o pão da vida. Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram» (Jo 6,48ss). Aqui deve entender-se que se trata da morte espiritual. Porque morreram eles? Porque acreditavam no que viam e não compreendiam o que não viam. […] Moisés comeu o maná, Aarão comeu-o, e muitos outros, que agradaram a Deus e que não morreram. Porque é que não morreram? Porque compreenderam espiritualmente, porque tiveram fome espiritualmente e provaram espiritualmente o maná para serem espiritualmente saciados. «Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá» (v. 50).

Esse pão, isto é, o próprio Cristo que assim falava […], foi prefigurado pelo maná, mas pode mais que o maná. Pois o maná por si próprio não podia impedir a morte espiritual. […] Mas os justos viram no maná a Cristo, acreditaram na sua vinda, e Cristo, que o maná simbolizava, dá a todos os que creem nele o poder de não morrerem espiritualmente. Por isso disse: «Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente». Aqui na terra, aqui, agora, diante dos vossos olhos, dos vossos olhos de carne, eis o «pão descido do céu». «Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá» (v. 51). O «pão da vida» de há pouco chama-se agora «pão vivo». Pão vivo porque possui em Si mesmo a vida que permanece e porque pode livrar da morte espiritual e dar a vida. Ele também disse: «Se alguém comer dele, não morrerá»; agora fala claramente da vida que dá: «Se alguém comer deste pão, viverá eternamente» (v. 58).


Responsório (Sl 30)


— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.


— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me!

— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel! Quanto a mim, é ao Senhor que me confio, vosso amor me faz saltar de alegria.

— Mostrai serena a vossa face ao vosso servo e salvai-me pela vossa compaixão! Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais.

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