Um estudo realizado pelo Comitê dos Direitos da Criança também cita crimes como a venda ou o enterramento de crianças viva
Roma, (Zenit.org) | Ivan de Vargas
Os massacres, sequestros e atos de violência seletiva são algumas das atrocidades que sofrem as crianças do Iraque pelas mãos do auto-proclamado Estado Islâmico (EI). Esta foi a revelação nesta quarta-feira de um informe do Comitê dos Direitos da Criança ao fazer uma avaliação periódica da situação da infância nesse país. O estudo apresentado em Genebra cita crimes que incluem a “venda, crucifixão e sepultura de menores vivos pelo simples fato de formarem parte de alguma minoria étnica ou religiosa”.
Um membro do grupo de especialistas que elaborou o documento, Renate Winter, destacou a dificuldade de amparar as crianças no território controlado pelo EI.
Portanto, Winter instou as autoridades iraquianas para tentar ajudar estas crianças e fazer todo o possível para protegê-las.
"Estamos profundamente preocupados com a tortura e assassinato das crianças, especialmente as pertencentes a minorias", disse a relatora do informe do Iraque, e esclareceu que são alvos de ataques não só as crianças de minorias, como a cristã ou yazida, mas também muçulmana xiita ou sunita.
A especialista denunciou também que as crianças iraquianas suportam de longa data outros problemas entre os quais os estupros e matrimônios temporários das vítimas para absolver os responsáveis.
Também acrescentou que os militantes do califado islâmico usam crianças iraquianas como terroristas suicidas ou escudos humanos destinados a evitar ataques aéreos da coalizão em estruturas que querem preservar.
(05 de Fevereiro de 2015)
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