(Mc 6,53-56)
Naquele tempo, 53tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. 54Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus.
55Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
56E, nos povoados, cidades e campos onde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra da sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.
Comentário do dia: São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja. Comentário ao salmo 50; PL 75,581
«E quantos O tocavam ficavam curados»
Coloquemos perante o nosso olhar interior um ferido grave prestes a exalar o último suspiro. […] A ferida da alma é o pecado, de que as Escrituras falam nestes termos: «Tudo são feridas, contusões, chagas vivas que não foram curadas nem ligadas nem suavizadas com óleo» (Is 1,6). Tu que estás ferido, reconhece o teu Médico dentro de ti e mostra-Lhe as chagas dos teus pecados. Que Ele ouça os gemidos do teu coração, Ele que conhece todos os pensamentos secretos. Que as tuas lágrimas O comovam. Vai a ponto de seres um pouco impertinente na tua súplica (cf Lc 11,8). Do fundo do teu coração envia-Lhe sem cessar suspiros profundos.
Que a tua dor chegue até Ele para que Ele te diga também: «O Senhor perdoou o teu pecado» (2Sm 12,13). Grita com Davi, que disse: «Tende piedade de mim, Senhor […], segundo a Vossa grande misericórdia» (Sl 50,3). É como se ele dissesse: «Corro grande perigo devido a uma enorme ferida que nenhum médico pode curar, a menos que o médico todo-poderoso venha em meu auxílio.» Para esse médico todo-poderoso nada é incurável. Ele trata gratuitamente e com uma palavra devolve a saúde. Eu desesperaria de me curar se não confiasse no Todo-poderoso.
Responsório (Sl 103)
— Alegre-se o Senhor em suas obras!
— Bendize, ó minha alma, ao Senhor! Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! De majestade e esplendor vos revestis e de luz vos envolveis como num manto.
— A terra vós firmastes em suas bases, ficará firme pelos séculos sem fim; os mares a cobriram como um manto, e as águas envolviam as montanhas.
— Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes que passam serpeando entre as montanhas; às suas margens vêm morar os passarinhos, entre os ramos eles erguem o seu canto.
— Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, e que sabedoria em todas elas! Encheu-se a terra com as vossas criaturas! Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
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