Os bispos lançaram um apelo à população para não entrar em pânico e viver normalmente, porque "o medo é o objetivo final dos terroristas"
Roma, (Zenit.org) Redacão
A França volta a tremer diante das ameaças de terrorismo. Ontem, a notícia de um iminente ataque neutralizado pelo serviço secreto francês contra duas igrejas na região de Paris. Sabendo do ocorrido, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal Francesa, portanto, decidiu lançar um apelo a todos os cidadãos para exortá-los a não ceder ao pânico e manter a calma.
Em particular, Mons. Stanislas Lalanne, bispo de Pontoise e membro do Conselho Permanente, pediu, em nome da Igreja Católica na França para se "continuar a viver normalmente e, ao mesmo tempo, ser cautelosos e cuidadosos". Isso, no entanto, "não significa entrar em um turbilhão de medo generalizado", disse o prelado, até mesmo porque "o medo é um mau conselheiro e também é o objetivo final dos terroristas".
Contatado por telefone pela agência Sir, o bispo explica, então, que não tem informações precisas sobre as duas igrejas visadas pelo jovem terrorista, um estudante argelino de informática, na França desde 2009 e agora na prisão. "Há várias semanas - disse - que os prefeitos dos departamentos têm o cuidado de proteger não só os lugares de culto dos muçulmanos e dos nossos irmãos judeus, mas também um certo número de escolas católicas e um certo número de igrejas, especialmente aquelas que se encontram em lugares particularmente sensíveis”.
"Desde meados de janeiro - acrescenta - esses lugares são protegidos pela polícia ou pelas forças da ordem. Há, portanto, por parte do Estado e do governo certa preocupação de que alguns lugares cristãos possam ser alvo de ataques". Não devemos no entanto, "entrar em pânico", reitera Lalanne: "Os cristãos estão sob ameaça, mas assim como também os nossos irmãos muçulmanos e judeus".
Portanto, expressar plena confiança no Estado, que "tomou medidas contra essa ameaça e permitiu uma série de precauções para proteger os principais locais de culto em todo o País, mesquitas, sinagogas e igrejas". "Acredito que o Estado esteja fazendo o seu trabalho e o meu apelo é para se manter a calma, a serenidade e a paz", disse o bispo. Conclui, finalmente, reiterando a dura condenação do terrorismo islâmico: "Extremistas que confiam na fé em Deus, mas como é possível Deus estar na origem de atos de violência e da morte?". Tudo isso é "inaceitável".
(23 de Abril de 2015)
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