VIII
Liturgia eucarística
139. Terminada a oração universal, todos se assentam e tem início o canto do ofertório (cf. n. 74).
O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal.
140. Convém que a participação dos fiéis se manifeste através da oferta do pão e vinho para a celebração da Eucaristia, ou de outras dádivas para prover às necessidades da igreja e dos pobres.
As oblações dos fiéis são recebidas pelo sacerdote, ajudado pelo acólito ou outro ministro. O pão e o vinho para a Eucaristia são levados para o celebrante, que as depõe sobre o altar, enquanto as outras dádivas são colocadas em outro lugar adequado (cf. n. 73).
141. Ao altar, o sacerdote recebe a patena com pão, e a mantém levemente elevada sobre o altar com ambas as mãos, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor. E depõe a patena com o pão sobre o corporal.
142 Em seguida, de pé, no lado do altar, derrama vinho e um pouco d'água no cálice, dizendo em silêncio: Por esta água, enquanto o ministro lhe apresenta as galhetas. Retornando ao centro do altar, com ambas as mãos mantém um pouco elevado o cálice preparado, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor; e depõe o cálice sobre o corporal, cobrindo-o com a pala, se julgar oportuno.
Contudo, se não houver canto de preparação das oferendas ou não houver música de fundo do órgão, na apresentação do pão e do vinho, o sacerdote pode proferir em voz alta as fórmulas de bendição, respondendo o povo: Bendito seja Deus para sempre.
143. Depois de colocado o cálice sobre o altar, o sacerdote, profundamente inclinado, diz em silêncio: De coração contrito.
144. A seguir, se usar incenso, o sacerdote o coloca no turíbulo, abençoa-o sem nada dizer e incensa as oferendas, a cruz e o altar. O ministro, de pé, ao lado do altar, incensa o sacerdote e, sem seguida, o povo.
145. Após a oração De coração contrito, ou depois da incensação, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava as mãos, dizendo em silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro derrama a água.
146. Outra vez no centro do altar, o sacerdote, de pé e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos, convida o povo a rezar, dizendo: Orai, irmãos e irmãs etc. O povo põe-se de pé e responde, dizendo: Receba o Senhor. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz a Oração sobre as oferendas. No fim o povo aclama: Amém.
147. O sacerdote inicia a Oração eucarística. Conforme as rubricas (cf. n. 365) ele escolhe uma das Orações eucarísticas do Missal Romano, ou aprovadas pela Sé Apostólica. A Oração eucarística, por sua natureza, exige que somente o sacerdote, em virtude de sua ordenação, a profira. O povo, por sua vez, se associe ao sacerdote na fé e em silêncio e por intervenções previstas no decurso da Oração eucarística, que são as respostas no diálogo do Prefácio, o Santo, a aclamação após a consagração, e a aclamação Amém, após a doxologia final, bem como outras aclamações aprovadas pela Conferência dos Bispos e reconhecidas pela Santa Sé.
É muito conveniente que o sacerdote cante as partes da Oração eucarística, enriquecidas pela música.
148. Iniciando a Oração eucarística, o sacerdote, estendendo as mãos, canta ou diz: O Senhor esteja convosco, e o povo responde: Ele está no meio de nós. Enquanto prossegue: Corações ao alto, eleva as mãos. O povo responde: O nosso coração está em Deus. O sacerdote, de mãos estendidas, acrescenta: Demos graças ao Senhor, nosso Deus, e o povo responde: É nosso dever e nossa salvação. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, continua o Prefácio; terminado este, une as mãos e com todos os presentes, canta ou diz em voz alta: Santo (cf. n. 79,b).
149. O sacerdote continua a Oração eucarística conforme as rubricas, que se encontram em cada uma dessas Orações.
Se o celebrante é Bispo, nas Preces, após as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: e por mim, vosso indigno servo. Quando o Bispo celebra fora de sua diocese, após as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: por mim, vosso indigno servo e por meu irmão N., Bispo desta Igreja N., ou após as palavras: de nosso Papa N., acrescenta: de mim, vosso indigno servo e de meu irmão N., Bispo desta Igreja N.
O Bispo diocesano, ou quem for de direito equiparado a ele, deve ser nomeado com esta fórmula: com o Papa N., com o nosso Bispo (ou: Vigário, Prelado, Prefeito, Abade) N.
O Bispo Coadjutor e os Auxiliares, não, porém, outros bispos, eventualmente, presentes, podem ser nomeados na Oração eucarística. Quando vários devem ser nomeados, pode-se fazê-lo em forma geral: e o nosso Bispo N. e seus Bispos auxiliares.
Em cada Oração eucarística, estas fórmulas se usam conforme exigirem as normas gramaticais.
150. Um pouco antes da consagração, o ministro, se for oportuno, adverte os fiéis com um sinal da campainha. Faz o mesmo em cada elevação, conforme o costume da região.
Se for usado incenso, ao serem mostrados ao povo a hóstia e o cálice após a consagração, o ministro os incensa.
151. Após a consagração, tendo o sacerdote dito: Eis o mistério da fé, o povo profere a aclamação, usando uma das fórmulas prescritas.
No fim da Oração eucarística, o sacerdote, tomando a patena com a hóstia e o cálice ou elevando ambos juntos profere sozinho a doxologia: Por Cristo. Ao término, o povo aclama: Amém. Em seguida, o sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal.
152. Concluída a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos unidas, diz a exortação que precede a Oração do Senhor e, a seguir, de mãos estendidas, proclama-a juntamente com o povo.
153. Terminada a Oração do Senhor, o sacerdote, de mãos estendidas, diz sozinho, o embolismo: Livrai-nos de todos os males, no fim do qual o povo aclama: Vosso é o reino.
154. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, dissestes; terminada esta, estendendo e unindo as mãos, voltado para o povo, anuncia a paz, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Depois, conforme o caso, o sacerdote acrescenta: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas sempre permanecendo no âmbito do presbitério, para que não se perturbe a celebração. Faça o mesmo se por motivo razoável quiser dar a paz para alguns poucos fiéis. Todos, porém, conforme as normas estabelecidas pela Conferência dos Bispos, expressam mutuamente a paz, a comunhão e a caridade. Enquanto se dá a paz, pode-se dizer: A paz do Senhor esteja sempre contigo, sendo a resposta: Amém.
155. A seguir, o sacerdote toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deixa cair uma partícula no cálice, dizendo em silêncio: Esta união. Enquanto isso, o coral e o povo cantam ou dizem o Cordeiro de Deus (cf. n. 83).
156. Em seguida, o sacerdote, em silêncio, e com as mãos juntas, diz a oração da Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo.
157. Terminada a oração, o sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia consagrada na mesma missa e segurando-a um pouco elevada sobre a patena ou sobre o cálice, diz voltado para o povo: Felizes os convidados etc, e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno.
158. De pé e voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna, e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, segura o cálice e diz em silêncio: Que o Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, e com reverência bebe o Sangue de Cristo.
159. Enquanto o sacerdote comunga o Sacramento, entoa-se o canto da Comunhão (cf. n. 86).
160. O sacerdote toma, então, a patena ou o cibório e se aproxima dos que vão comungar e que normalmente se aproximam em procissão.
Não é permitido aos fiéis receber por si mesmos o pão consagrado nem o cálice consagrado e muito menos passar de mão em mão entre si. Os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabelecido pela Conferência dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam devida reverência, a ser estabelecida pelas mesmas normas.
161. Se a Comunhão é dada sob a espécie do pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco elevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amém, recebe o Sacramento, na boca ou, onde for concedido, na mão, à sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hóstia, consome-a inteiramente.
Quando a Comunhão se fizer sob as duas espécies, observe-se o rito descrito no lugar próprio (cf. n. 284-287).
162. Outros presbíteros eventualmente presentes podem ajudar o sacerdote na distribuição da Comunhão. Se não houver e se o número dos comungantes for muito grande, o sacerdote pode chamar ministros extraordinários para ajudá-lo, ou seja, o acólito instituído bem como outros fiéis, que para isso foram legitimamente delegados97. Em caso de necessidade, o sacerdote pode delegar fiéis idôneos para o caso particular.
Estes ministros não se aproximem do altar antes que o sacerdote tenha tomado a Comunhão, recebendo sempre o vaso que contém as espécies da Santíssima Eucaristia a serem distribuídas aos fiéis, da mão do sacerdote celebrante.
163. Terminada a distribuição da Comunhão, o próprio sacerdote, no altar, consome imediatamente todo o vinho consagrado que tenha sobrado; as hóstias que sobram, ele as consome ao altar ou as leva ao lugar destinado à conservação da Eucaristia.
Tendo voltado para o altar, o sacerdote recolhe os fragmentos, se os houver; a seguir, de pé ao altar, ou junto da credência, purifica a patena ou o cibório sobre o cálice; depois, purifica o cálice dizendo em silêncio: Fazei, Senhor, e enxuga-o com o sanguinho. Se os vasos foram purificados sobre o altar, o ministro leva-os para a credência. Pode-se também deixar, devidamente cobertos no altar ou na credência, sobre o corporal, os vasos a purificar, sobretudo quando são muitos, e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da despedida do povo.
164. Em seguida, o sacerdote pode voltar à cadeira. Pode-se guardar durante algum tempo um sagrado silêncio, ou entoar um salmo ou outro canto ou hino de louvor (cf. n. 88).
165. A seguir, de pé, junto à cadeira ou ao altar, voltado para o povo, o sacerdote diz, de mãos unidas Oremos, e de mãos estendidas, recita a Oração depois da Comunhão, que pode ser precedida de um momento de silêncio, a não ser que já se tenha guardado silêncio após a Comunhão. No fim da oração o povo aclama: Amém.
NA PRÓXIMA...
Ritos finais
Estamos lendo alguns trechos da "Instrução Geral do Missal Romano". Trata-se de uma das mais seguras fontes de formação sobre a Sagrada Eucaristia.
Perceba que destaquei os números; eles referem-se aos parágrafos da Instrução.
Caso você tenha alguma dúvida e queira esclarecer, faça a pergunta nos comentários e diga o número do parágrafo, se for o caso.
Boa caminhada pra nós!
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