Estamos lendo alguns trechos da "Instrução Geral do Missal Romano". Trata-se de uma das mais seguras fontes de formação sobre a Sagrada Eucaristia.
Perceba que destaquei os números; eles referem-se aos parágrafos da Instrução.
Caso você tenha alguma dúvida e queira esclarecer, faça a pergunta nos comentários e diga o número do parágrafo, se for o caso.
Boa caminhada pra nós!
A MISSA COM POVO
115. Entende-se por Missa com povo a que é celebrada com participação de fiéis. Convém, na medida do possível, que a celebração, sobretudo nos domingos e festas de preceito, se realize com canto e conveniente número de ministros, pode, porém, ser realizada sem canto e com um ministro apenas.
116. Na celebração de qualquer Missa em que esteja presente o diácono, este exerça a sua função. Convém, entretanto, que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor. O rito descrito em seguida prevê, porém, a possibilidade de maior número de ministros.
O que é necessário preparar
117. O altar seja coberto ao menos com uma toalha de cor branca. Sobre ele ou ao seu redor, coloquem-se, em qualquer celebração, ao menos dois castiçais com velas acesas, ou então quatro ou seis, sobretudo quando se trata de Missa dominical ou festiva de preceito, ou quando celebrar o Bispo diocesano, colocam-se sete. Haja também sobre o altar ou em torno dele, uma cruz com a imagem do Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado, podem ser trazidos na procissão de entrada. Pode-se também colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras.
118. Preparem-se também:
a) junto à cadeira do sacerdote: o missal e, se for oportuno, um livro de cantos;
b) no ambão: o Lecionário;
c) na credência: cálice, corporal, purificatório e, se for oportuno, pala; patena e, se necessário, cibórios; pão para a Comunhão do sacerdote que preside, do diácono, dos ministros e do povo; galhetas com vinho e água, a não ser que todas estas coisas sejam apresentadas pelos fiéis na procissão das oferendas; recipiente com água a ser abençoada se houver aspersão; patena para a Comunhão dos fiéis; e o que for necessário para lavar as mãos.
O cálice, como convém, seja coberto com um véu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca.
119. Na sacristia, conforme as diversas formas de celebração, preparem-se as vestes sagradas (cf. n. 337-341) do sacerdote, do diácono e dos demais ministros:
a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;
b) para o diácono: alva, estola e dalmática, que pode ser dispensada em sua falta, como também em celebrações menos solenes;
c) para os demais ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas96.
Quando se realiza a procissão da entrada preparem-se também o Evangeliário; nos domingos e dias festivos, o turíbulo e a naveta com incenso, quando se usa incenso; cruz a ser levada na procissão e castiçais com velas acesas.
A) MISSA SEM DIÁCONO
Ritos iniciais
120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos das vestes sagradas, dirigem ao altar na seguinte ordem:
a) o turiferário com o turíbulo aceso, quando se usa incenso;
b) os ministros que portam as velas acesas e, entre eles, o acólito ou outro ministro com a cruz;
c) os acólitos e os outros ministros;
d) o leitor, que pode conduzir um pouco elevado o Evangeliário, não, porém, o lecionário;
e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.
Quando se usa incenso, antes de iniciar a procissão, o sacerdote põe incenso no turíbulo, abençoando-o com o sinal da cruz, sem nada dizer.
121. Enquanto se faz a procissão para o altar, canta-se o canto da entrada (cf. n. 47-48).
122. Chegando ao altar, o sacerdote e os ministros fazem inclinação profunda.
A cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado trazida eventualmente na procissão, pode ser colocada junto ao altar, de modo que se torna a cruz do altar, que deve ser uma só; caso contrário, ela será guardada em lugar adequado; os castiçais são colocados sobre o altar ou junto dele; o Evangeliário seja colocado sobre o altar.
123. O sacerdote sobe ao altar e beija-o em sinal de veneração. Em seguida, se for oportuno, incensa a cruz e o altar, contornando-o.
124. Em seguida, o sacerdote dirige-se à cadeira. Terminado o canto da entrada, e estando todos de pé, o sacerdote e os fiéis fazem o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O povo responde: Amém.
Voltado para o povo e abrindo os braços, o sacerdote saúda-o com uma das fórmulas propostas. Ele mesmo ou outro ministro, pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fieis na Missa do dia.
125. Segue-se o ato penitencial. Em seguida, é cantado ou recitado o Senhor, tende piedade, conforme as rubricas (cf. n. 52).
126. Nas celebrações previstas, canta-se ou se recita o Glória (cf. n. 53).
127. Em seguida, o sacerdote convida o povo a rezar, dizendo, de mãos unidas: Oremos. E todos, juntamente com ele, oram um momento em silêncio. Então o sacerdote, abrindo os braços, diz a oração do dia. Ao terminar, o povo aclama: Amém.
Liturgia da Palavra
128. Concluída a oração do dia, todos se assentam. O sacerdote pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da Palavra. O leitor, por sua vez, dirige-se ao ambão, e do Lecionário já aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação Palavra do Senhor, respondendo todos Graças a Deus.
Se for oportuno, pode-se, então, observar um breve espaço de silêncio, para que todos meditem o que ouviram.
129. Em seguida, o salmista ou o próprio leitor, profere os versículos do salmo ao que o povo normalmente responde com o refrão.
130. Se houver uma segunda leitura antes do Evangelho, o leitor a proclama do ambão, enquanto todos escutam, respondendo, no fim, com a aclamação, como se disse acima (n. 128). Em seguida, se for oportuno, pode-se observar um breve espaço de silêncio.
131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro canto, conforme as exigências do tempo litúrgico (cf. n. 62-64).
132. Enquanto se canta o Aleluia ou outro canto, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo e o abençoa. A seguir, com as mãos unidas, e profundamente inclinado diante do altar, diz em silêncio: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me.
133. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e, precedido dos ministros leigos, que podem levar o turíbulo e os castiçais, dirige-se para o ambão, conduzindo o Evangeliário um pouco elevado. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
134. No ambão, o sacerdote abre o livro e, de mãos unidas, diz: O Senhor esteja convosco, respondendo o povo: Ele está no meio de nós e, a seguir, Proclamação do Evangelho, fazendo com o polegar o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito, acompanhado nisso por todos. O povo aclama, dizendo: Glória a vós, Senhor. O sacerdote incensa o livro, se usar incenso (cf. n. 276-277). A seguir, proclama o Evangelho e, ao terminar, profere a aclamação: Palavra da Salvação, respondendo todos: Glória a vós, Senhor. O sacerdote beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do Santo Evangelho.
135. Se não houver leitor, o próprio sacerdote, de pé ao ambão, diz todas as leituras bem como o salmo. Também aí, se usar incenso, ele o coloca e abençoa e, profundamente inclinado, diz: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me.
136. O sacerdote, de pé junto à cadeira ou no próprio ambão, ou ainda, se for oportuno, em outro lugar adequado, profere a homilia; ao terminar, pode-se observar um tempo de silêncio.
137. O símbolo é cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo (cf. n. 68), estando todos de pé. Às palavras E se encarnou pelo Espírito Santo, todos se inclinam profundamente, mas nas solenidades da Anunciação do Senhor e do Natal do Senhor todos se ajoelham.
138. Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de mãos unidas, com breve exortação convida os fiéis à oração universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do ambão ou de outro lugar apropriado e voltado para o povo propõe as intenções, às quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por fim, o sacerdote, de mãos estendidas, conclui a prece por uma oração.
NA PRÓXIMA...
Liturgia eucarística
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