(Jo 14,6-14)
Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: 6“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. 7Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”.
SS. Filipe e Tiago, apóstolos - festa
Comentário do dia: Papa Francisco: Exortação apostólica
Santos Filipe e Tiago, apóstolos enviados a proclamar o Reino de Deus a todo o mundo
Ao lermos as Escrituras, fica bem claro que a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. […] A proposta é o Reino de Deus (cf Lc 4,43); trata-se de amar a Deus, que reina no mundo. Na medida em que Ele conseguir reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso, tanto o anúncio como a experiência cristã tendem a provocar consequências sociais. Procuremos o seu Reino: «Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo» (Mt 6,33). O projeto de Jesus é instaurar o Reino de seu Pai; por isso, pede aos seus discípulos: «Proclamai que o Reino do Céu está perto» (Mt 10,7).
O Reino, que se antecipa e cresce entre nós, abrange tudo, como nos recorda aquele princípio de discernimento que Paulo VI propunha a propósito do verdadeiro desenvolvimento: «Todos os homens e o homem todo». Sabemos que «a evangelização não seria completa se não tomasse em consideração a interpelação recíproca que se fazem constantemente o Evangelho e a vida concreta, pessoal e social, dos homens» (Paulo VI). É o critério da universalidade, próprio da dinâmica do Evangelho, dado que o Pai «quer que todos os homens sejam salvos» (1Tim 2,4) e o seu plano de salvação consiste em «submeter tudo a Cristo, reunindo nele o que há no céu e na terra» (Ef 1,10). O mandato é: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16,15), porque toda «a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus» (Rom 8,19). Toda a criação significa também todos os aspectos da vida humana, de tal modo que «a missão do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo tem dimensão universal. O seu mandamento de caridade abarca todas as dimensões da existência, todas as pessoas, todos os sectores da vida social e todos os povos. Nada do humano lhe pode parecer estranho».
Responsório (Sl 18)
— Seu som ressoa e se espalha em toda a terra.
— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.
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