Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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3 de ago. de 2015

Terça-feira da 18ª semana do Tempo Comum

(Mt 14,22-36)



Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água”. 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”

34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.

Comentário do dia: Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo 
Comentário ao Evangelho segundo Mateus

A noite da fé

Se um dia formos assaltados por provas inevitáveis, lembremo-nos de que foi Jesus quem nos ordenou que embarcássemos e que Ele quer que O precedamos «na outra margem». Com efeito, quem não suportou a provação das vagas e dos ventos contrários não pode chegar a essa margem. Por isso, quando nos virmos rodeados por múltiplas e penosas dificuldades, cansados de navegar por entre elas com a pobreza dos nossos recursos, imaginemos que a nossa barca está no meio do mar, sacudida por vagas que querem ver-nos «naufragar na fé» (1Tim 1,19) ou em qualquer outra virtude. E se virmos o sopro do maligno encarniçar-se contra as nossas posições, imaginemos que nesse momento o vento nos é contrário.

Assim pois, quando, no meio destes sofrimentos, tivermos conseguido aguentar as longas horas da noite escura que reina nos momentos de provação, quando tivermos lutado com todas as nossas forças para evitar o naufrágio da fé [...], tenhamos a certeza de que, ao fim da noite, quando a noite for avançada e despontar o dia (cf Rom 13,12), o Filho de Deus virá até junto de nós, caminhando sobre as águas, para pacificar o mar.  


Responsório (Sl 50)

— Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!

 — Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

— Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

— Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador já minha mãe me concebeu.

— Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

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