Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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8 de mai. de 2015

Sábado da 5ª semana da Páscoa

 (Jo 15,18-21)




Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 18“Se o mundo vos odeia, sabei que primeiro odiou a mim. 19Se fôsseis do mundo, o mundo gostaria daquilo que lhe pertence. Mas, porque não sois do mundo, porque eu vos escolhi e apartei do mundo, o mundo por isso vos odeia.

20Lembrai-vos daquilo que eu vos disse: ‘O servo não é maior que seu senhor’. Se perseguiram a mim, também perseguirão a vós. Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21Tudo isto eles farão contra vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou”.

Comentário do dia: Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo. Exortação ao martírio, 41-42

«Se o mundo vos odiar, sabei que primeiro Me odiou a Mim»


Se, ao passarmos da descrença à fé, «passamos da morte à vida» (Jo 5,24), não nos espantemos se o mundo nos odeia. Porque os que não passaram da morte à vida, mas permanecem na morte, não podem amar os que passaram da morada tenebrosa da morte [...] para «os edifícios feitos de pedras vivas» (1Pe 2,5) em que reina a luz da vida. [...] 

Para nós, cristãos, chegou o tempo de nos gloriarmos, porque está dito: «Gloriamo-nos nas nossas provações pois sabemos que a provação produz a perseverança, a perseverança produz o valor experimentado, o valor experimentado produz a esperança e a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» (Rom 5,3-5). [...]

«Tal como tomamos grandemente parte nos sofrimentos de Cristo, também por Cristo somos grandemente consolados» (2Cor 1,5). Acolhamos, pois, com grande fervor os sofrimentos de Cristo; que eles nos sejam grandemente concedidos, se queremos ser grandemente consolados, uma vez que todos «os que choram serão consolados» (Mt 5,5). [...] Os que participarem nos sofrimentos participarão também na consolação, em proporção aos sofrimentos que os fazem participar em Cristo. Aprendei do apóstolo que disse com confiança: «Nós o sabemos: uma vez que conheceis como nós o sofrimento, obtereis como nós a consolação» (2Cor 1,7).      


Responsório (Sl 99)

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira.

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos!

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, Ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho.

— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus, sua bondade perdura para sempre, seu amor é fiel eternamente!

Evangelho do dia: Sexta-feira V semana páscoa (vídeo)

Bênção para as mães - Para rezar pela sua mãe e por todas as mães do mundo



Pai celestial,
nós vos damos graças pelas nossas mães,
a quem confiastes o cuidado precioso
da vida humana desde seu início no ventre.
 
Vós destes à mulher a capacidade de participar
convosco da criação de novas vidas.
 
Fazei que cada mulher compreenda
o pleno significado desse dom,
que lhe dá uma capacidade ilimitada de amar
desinteressadamente todas as crianças.
 
Velai por cada mãe que espera um filho,
fortalecei sua fé em vosso cuidado paternal
e em vosso amor pelo seu bebê.
Dai-lhe coragem nos momentos de medo ou dor;
compreensão nos momentos de incerteza e dúvida;
esperança diante das dificuldades.
 
Concedei-lhe alegria diante
do nascimento do seu filho!
 
Abençoai as mães, a quem destes
o grande privilégio e a responsabilidade
de ser a primeira guia espiritual de uma criança.
 
Fazei que todas elas possam dignamente
incentivar a fé dos seus filhos,
seguindo o exemplo da Maria, de Isabel
e de outras santas mulheres que seguem Jesus.
 
Ajudai as mães a crescer diariamente
no conhecimento e na compreensão do vosso Filho,
nosso Senhor Jesus Cristo,
e concedei-lhes a sabedoria para
espalhar este conhecimento fielmente
aos seus filhos e a todos que dependem delas.
 
Ajudai todas as mães espirituais, que,
apesar de não terem filhos próprios,
cuidam dos filhos dos outros,
de qualquer idade e estado de vida.
 
Enviai vosso Espírito Santo, o Consolador,
às mães das crianças que morreram,
das que estão doentes, separadas das suas famílias
ou que se encontram em perigo.
 
Dai-lhes vossa graça,
para que confiem em vossa misericórdia.
Pedimos vossa bênção a todas as mulheres
a quem confiastes do dom da maternidade.
 
Que vosso Espírito Santo sempre as inspire e fortaleça.
Que nunca deixem de seguir o exemplo de Maria
e de imitar sua fidelidade, sua humildade e seu amor de doação.
 
Que as mães possam receber vossa graça
abundantemente nesta vida
e que esperem participar da alegria eterna
em vossa presença.
 
Nós vos pedimos por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
Amém.

sources: Descubriendo el Siglo XXI - site Aleteia

Celebramos a 8 de maio...


Santo Acácio
Acácio era um centurião da Capadócia, atual Turquia, do exército romano da cidade de Trácia, que, após ser acusado pelo tribuno Firmo e pelo procônsul Bibiano de ser cristão e sofrer ásperas torturas e cruéis tormentos, foi decapitado em Bizâncio sob as ordens dos imperadores Diocleciano e Maximiano, no ano 304.

Sexta-feira da 5ª semana da Páscoa

Jo 15,12-17)



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos.

14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

Comentário do dia: Bento XVI, papa de 2005 a 2013. Encíclica «Spe salvi» §§ 38-39


«Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei»

A grandeza da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com quem sofre. Isto vale tanto para o indivíduo como para a sociedade. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido, mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana. [...] A palavra latina «consolatio», consolação, exprime isto de forma muito bela, sugerindo um estar-com a solidão, que desse modo deixa de ser solidão. Mas a capacidade de aceitar o sofrimento por amor do bem, da verdade e da justiça é também constitutiva da grandeza da humanidade, porque se, em definitivo, o meu bem-estar, a minha incolumidade, é mais importante que a verdade e a justiça, então vigora o domínio do mais forte; então reinam a violência e a mentira. [...]

Sofrer com o outro, pelos outros; sofrer por amor da verdade e da justiça, sofrer por causa do amor e para vir a ser uma pessoa que ama verdadeiramente: estes são elementos fundamentais de humanidade; o seu abandono destruiria o próprio ser humano. Entretanto, levanta-se uma vez mais a questão: somos capazes disto? [...] Na história da humanidade, cabe à fé cristã precisamente o mérito de ter suscitado no ser humano, de maneira nova e com uma nova profundidade, a capacidade dos referidos modos de sofrer que são decisivos para a sua humanidade. A fé cristã mostrou-nos que verdade, justiça, amor não são simplesmente ideais, mas realidades de imensa densidade. Com efeito, mostrou-nos que Deus - a Verdade e o Amor em pessoa - quis sofrer por nós e conosco.


Responsório (Sl 56)

— Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

— Meu coração está pronto, meu Deus, está pronto o meu coração! Vou cantar e tocar para vós: desperta, minha alma, desperta! Despertem a harpa e a lira, eu irei acordar a aurora!

— Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos, dar-vos graças por entre as nações! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade! Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra!

Recortes

Retratou bem o seu amigo aquele que o chamou metade da sua alma.” Santo Agostinho citado por S. Tomás de Aquino in:  Suma Teológica, 2-2, q. 28, a. 1

6 de mai. de 2015

Evangelho Quinta-feira da V Semana Páscoa (vídeo)

Defesa da Vida: Próximas marchas acontecem em Goiânia e Brasília

RIO DE JANEIRO, 06 Mai. 15 / 04:53 pm (ACI).-

Por Cláudia Brito de Albuquerque e Sá
“Por que legalizar a morte, se queremos vida?”. Esse é o tema da 8ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o aborto, que acontecerá no dia 2 de junho, em Brasília (DF). Em Brasília, a concentração está marcada para às 14h atrás da Torre de TV, no Eixo Monumental. Antes da marcha nacional, no dia 28 de maio, Goiânia realiza sua sétima marcha, às 15 horas, na Praça Cívica. O objetivo é garantir os direitos do bebê que está por nascer, por meio da aprovação do Estatuto do Nascituro - Projeto de Lei (PL) 478/2007.
 
“Estamos esperançosos de que atinja muita gente, o atual momento é importante, com tantas coisas em andamento no Congresso”, disse a presidente nacional do movimento, Lenise Garcia.
 
No último domingo, 3 de maio, aconteceu a 3ª Marcha pela Vida - Contra o aborto, do Estado do Rio de Janeiro, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento contou com a participação do bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Antônio Augusto Dias Duarte. Participaram também líderes pró-vida de diversas religiões e foram coletadas mais de mil assinaturas para a aprovação do Estatuto do Nascituro. Este ano, a marcha apontou a adoção como uma alternativa para o aborto. Em 2016, o evento acontecerá no dia 1º de maio.
 
Além de organizar as marchas em todo o país, o Movimento Nacional da Cidadania pela Vida, Brasil sem aborto, também disponibiliza em seu sitewww.brasilsemaborto.com.br a possibilidade de participar de forma online do abaixo assinado pela aprovação do Estatuto do Nascituro. O Estatuto tramita atualmente na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e, como já foi aprovado em duas comissões, pode ser apresentado e votado a qualquer momento.
 
Além disso, a população brasileira pode manifestar a sua opinião por meio de ligações para o Alô Senado: 0800.61.22.11. O movimento pede que as pessoas registrem a opinião contrária a qualquer iniciativa que seja favorável a descriminalização do Aborto no Brasil.

Recortes

“Todas as suas obras, preces e iniciativas apostólicas, a vida conjugal e familiar, o trabalho cotidiano, o descanso do corpo e da alma, se praticados no Espírito, e mesmo os incômodos da vida pacientemente suportados, tornam-se hóstias espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo (...).” Concílio Vat. II, Const. Lumen gentium, 34

Quinta-feira da 5ª semana da Páscoa



(Jo 15,9-11)




Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.



Comentário do dia: Beata Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade. Uma Coisa Bela para Deus

«Digo-vos isto para que a minha alegria esteja em vós»

A alegria é oração. A alegria é força. A alegria é amor. A alegria é como uma rede de amor que prende as almas. «Deus ama o que dá com alegria» (2Cor, 9,7). Quem dá com alegria dá mais. Não há melhor maneira de manifestarmos a nossa gratidão a Deus e aos homens do que tudo aceitando com alegria. Um coração ardente de amor é necessariamente um coração alegre. Não permitais nunca que a tristeza vos invada, a ponto de vos fazer esquecer a alegria de Cristo ressuscitado.

Todos temos um desejo ardente do céu, onde Deus Se encontra. Ora, está nas mãos de todos nós estarmos, desde já, no céu com Ele, sermos felizes com Ele já neste momento. Mas esta felicidade imediata com Ele significa amar como Ele ama, ajudar como Ele ajuda, dar como Ele dá, servir como Ele serve, socorrer como Ele socorre, permanecer com Ele em todas as horas do dia, tocar o seu próprio Ser por trás do rosto da aflição humana.


Responsório (Sl 95)

— Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome!

— Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

— Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável pois os povos ele julga com justiça.

Evangelho Quarta-feira V Semana Páscoa (vídeo)

5 de mai. de 2015

Um ex-maçom explica detalhadamente a relação entre o demônio e a maçonaria

MADRI, 04 Mai. 15 (ACI).
Por Blanca Ruiz

Quarta-feira da 5ª semana da Páscoa

(Jo 15,1-8)




Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.

5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.


Comentário do dia: Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo. Sermão 7

Podados para produzir fruto

O vinhateiro tem de cortar da sua vinha os rebentos maus. Se não o fizesse e se os deixasse no ramo bom, a vinha daria um vinho azedo e de má qualidade. Assim deve fazer o homem nobre: podar-se a si próprio de tudo o que está desordenado, cortar pela raiz os seus modos de ser e as suas inclinações, quer seja a alegria ou a dor, quer dizer, cortar os defeitos, sem afetar a cabeça, nem o braço, nem a perna.

Mas não uses a tesoura enquanto não tiveres percebido o que tens de cortar. O vinhateiro que não conhece a arte da poda cortará tudo, tanto o ramo bom que em breve dará a uva, como a ramo mau, e dará cabo da vinha. Assim fazem certas pessoas que não conhecem o ofício: deixam os vícios e as más inclinações no fundo da natureza, podando e cortando rente a pobre natureza em si mesma. Ora, a natureza em si mesma é boa e nobre; se a cortares, quando chegar o tempo dos frutos, quer dizer, da vida divina, apenas encontrarás uma natureza destruída.


Responsório (Sl 121)

— Que alegria, quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!


— Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.

— Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.

— Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.

Recortes

“A vida que da adorável Trindade se derramou sobre a santa Humanidade do Senhor transborda novamente, estende-se e propaga-se. Da cabeça desce aos membros [...]. O tronco e os ramos formam um único ser, nutrem-se e atuam conjuntamente, produzindo os mesmos frutos porque são alimentados pela mesma seiva.” M. V. Bernadot, Da Eucaristia à Trindade

«Permanecei em Mim, que Eu permaneço em vós.»


Bem-aventurada Teresa de Calcutá (1910-1997), fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
A Simple Path


Amai a oração. Frequentemente, ao longo do dia, procurai sentir a necessidade de orar e, nesses momentos, esforçai-vos por fazê-lo. A oração expande o coração ao ponto em que ele poderá conter o dom que Deus nos faz de Si próprio. «Pedi, procurai» (Lc 11,9) e o vosso coração expandir-se-á o suficiente para O receber.

A seguinte oração, extraída do livro de orações da nossa comunidade, foi escolhida entre as que recitamos todos os dias. Que ela vos ajude. [...]

«Tornemo-nos ramos autênticos e ricos em uvas da vinha de Jesus, acolhendo-O na nossa vida como Lhe aprouver vir:
como Verdade ¬─ para a dizer; 
como vida ─ para a viver; 
como Luz ─ para iluminar; 
como Amor ─ para ser amado; 
como Caminho ─ para o percorrer; 
como Alegria ─ para a dar; 
como Paz ─ para a propagar; 
como sacrifício ─ para o oferecer,  
na nossa família e à nossa volta.»

4 de mai. de 2015

Convite Escola de Maria 15 (vídeo)

Terça-feira da 5ª semana da Páscoa

(Jo 14,27-31a)




Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.

30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.


Comentário do dia: São João Paulo II (1920-2005), papa. Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2002, §14-15.

«Deixo-vos a paz; dou-vos a minha paz. Não é como a dá o mundo que Eu vo-la dou.»

A oração pela paz não é um elemento que «vem depois» do empenho pela paz. Pelo contrário, está no âmago do esforço para a edificação de uma paz na ordem, na justiça e na liberdade. Orar pela paz significa abrir o coração humano à irrupção da força renovadora de Deus. Com a força vivificadora da sua graça, Ele pode criar oportunidades para a paz mesmo onde pareça que existam somente obstáculos e retraimento […]. Rezar pela paz significa rezar pela justiça […]. 

Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: eis o que quero anunciar nesta mensagem a crentes e não crentes, aos homens e mulheres de boa vontade, que têm a peito o bem da família humana e o seu futuro. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: é o que quero lembrar aos que detêm a sorte das comunidades humanas, para que nas suas graves e difíceis decisões se deixem sempre guiar pela luz do verdadeiro bem do homem, na perspectiva do bem comum. Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão: não me cansarei de repetir esta advertência a todos os que, por uma razão ou por outra, cultivam dentro de si ódio, desejo de vingança, propósitos de destruição. […]

Suba mais intensa no coração de todo o crente a prece por cada uma das vítimas do terrorismo, pelas suas famílias atingidas tragicamente, e por todos os povos que o terrorismo e a guerra continuam a ferir e a transtornar. Nem sejam excluídos do raio de luz da nossa oração aqueles que ofendem gravemente Deus e o homem através destes actos desumanos: seja-lhes concedido entrar em si próprios e tomar consciência do mal que fazem, para abandonarem os seus propósitos de violência e procurarem o perdão. Possa a família humana, nestes tempos tormentosos, encontrar a paz verdadeira e duradoura, aquela paz que só pode nascer do encontro da justiça com a misericórdia!


Responsório (Sl 144)

— Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!

— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.

— Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.

Recortes

“Santa Maria é – assim a invoca a Igreja – a Rainha da paz. Por isso, quando se conturba a alma (...), não cesses de aclamá-la com esse título: Regina pacis, ora pro nobis! Rainha da paz, rogai por nós!"  S. Josemaría Escrivá, Sulco, n. 874

3 de mai. de 2015

Evangelho do dia 4 de maio 2015 (vídeos)

Recortes

“Que mais queres, ó alma, e que mais procuras fora de ti, se dentro de ti tens as tuas riquezas, os teus deleites, a tua satisfação [...], o teu Amado, Aquele que a tua alma deseja e busca? Rejubila-te e alegra-te no teu recolhimento interior com Ele, pois o tens tão perto”  São João da Cruz, Cânticos espiritual, canto 1

Maio, mês de Maria

Ave Maria, templo e sacrário da Santíssima Trindade, ajudai-nos.  

Segunda-feira da 5ª semana da Páscoa

(Jo 14,21-26)




Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.

Comentário do dia: São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja. O Monte Carmelo, livro 2, cap. 22

«A palavra que ouvis não é minha, mas é do Pai, que Me enviou»

A razão principal por que na Lei Antiga eram lícitas as perguntas que se faziam a Deus, e era justo que os profetas e os sacerdotes quisessem revelações e visões de Deus, era porque ainda não estava bem fundamentada a fé nem estabelecida a Lei evangélica. […] Mas agora, […] não há razão para O interpelar daquela maneira, nem para que Ele agora fale e responda como então. Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra (Jo 1,1) – e não tem outra –, Deus disse-nos tudo ao mesmo tempo, e nada mais tem a revelar.

É este o sentido daquele texto de S. Paulo aos Hebreus: o que antigamente Deus disse pelos profetas a nossos pais de muitos modos e de muitas maneiras, agora, por último, nestes dias, disse-nos pelo Filho de uma só vez (Hb 1,1-2) […]

Portanto, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora dele outra realidade ou novidade.

Deus poderia responder-lhe desta maneira : «Se já te disse tudo na minha Palavra, que é o meu Filho – e não tenho outra –, que mais te posso Eu responder agora ou revelar? Põe os olhos só nele, porque nele tudo disse e revelei, e acharás ainda mais do que pedes e desejas. […] Fi-lo desde o dia em que desci com o meu Espírito sobre Ele no monte Tabor dizendo: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu encanto, escutai-O” (Mt 17,5). Já não tenho mais fé para revelar, nem mais nada para manifestar. Porque, se falava antes, era prometendo a Cristo; e, se Me interrogavam, as perguntas eram orientadas à petição e esperança de Cristo, no qual haviam de encontrar o Bem total, como vo-lo explica agora a doutrina dos evangelistas e dos apóstolos.»


Responsório (Sl 113b)

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”

— É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.

— Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor mas a terra ele deu para os homens.

2 de mai. de 2015

Quinto Domingo do Tempo Pascal

A liturgia do 5º Domingo da Páscoa convida-nos a reflectir sobre a nossa união a Cristo; e diz-nos que só unidos a Cristo temos acesso à vida verdadeira.

O Evangelho apresenta Jesus como "a verdadeira videira" que dá os frutos bons que Deus espera. Convida os discípulos a permanecerem unidos a Cristo, pois é dele que eles recebem a vida plena. Se permanecerem em Cristo, os discípulos serão verdadeiras testemunhas no meio dos homens da vida e do amor de Deus.

A primeira leitura diz-nos que o cristão é membro de um corpo - o Corpo de Cristo. A sua vocação é seguir Cristo, integrado numa família de irmãos que partilha a mesma fé, percorrendo em conjunto o caminho do amor. É no diálogo e na partilha com os irmãos que a nossa fé nasce, cresce e amadurece e é na comunidade, unida por laços de amor e de fraternidade, que a nossa vocação se realiza plenamente.

A segunda leitura define o ser cristão como "acreditar em Jesus" e "amar-nos uns aos outros como ele nos amou". São esses os "frutos" que Deus espera de todos aqueles que estão unidos a Cristo, a "verdadeira videira". Se praticarmos as obras do amor, temos a certeza de que estamos unidos a Cristo e que a vida de Cristo circula em nós.

Recortes

"Tantos séculos de convivência entre os homens, e ainda tanto ódio, tanta destruição, tanto fanatismo acumulado em olhos que não querem ver e em corações que não querem amar”  S. Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 111

5º Domingo da Páscoa - Ano B

(Jo 15,1-8)



Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais frutos ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.

4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.

5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados.

7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.


Comentário do dia: São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja. Sermão 58 sobre o Cântico dos Cânticos

Dar fruto em abundância


Tenho de advertir cada um de vós a respeito da sua vinha; com efeito, quem de vós cortou já em si mesmo tudo o que é supérfluo, a ponto de poder pensar que nada mais tem de cortar? Crede no que vos digo: aquilo que é cortado renasce, os vícios combatidos regressam, e vemos despertar as tendências adormecidas. Não basta, pois, aparar a vinha uma vez, temos de voltar muitas vezes à mesma tarefa, se possível a toda a hora. Porque, se formos sinceros, encontramos constantemente em nós coisas a cortar. […] A virtude não consegue crescer entre os vícios; para que ela possa desenvolver-se, temos de os impedir de aumentar. Suprimi, pois, o supérfluo, e o necessário poderá então surgir.

Para nós, irmãos, continua a ser época de cortar, uma época que se impõe em permanência. Com efeito, estou certo de que já saímos do Inverno, desse temor sem amor que a todos nos introduz na sabedoria, mas que a ninguém faz desabrochar na perfeição. Quando surge, o amor expulsa esse temor como o Verão expulsa o Inverno. […] Cessem, pois, as chuvas do Inverno, quer dizer, as lágrimas de angústia suscitadas pela recordação dos vossos pecados e pelo temor do julgamento. […] Se «o Inverno passou», se «a chuva cessou» (Ct 2, 11) […], a doçura primaveril da graça espiritual indica-nos que chegou o momento de podarmos a nossa vinha. Que nos resta fazer, senão empenharmo-nos por completo nessa tarefa?

Responsório (Sl 21)

— Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

— Sois meu louvor em meio à grande assembleia;/ cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!/ Vossos pobres vão comer e saciar-se,/ os que procuram o Senhor o louvarão:/ “Seus corações tenham a vida para sempre!”

— Lembrem-se disso os confins de toda a terra,/ para que voltem ao Senhor e se convertam, / e se prostrem, adorando, diante dele/ todos os povos e as famílias das nações./ Somente a ele adorarão os poderosos,/ e os que voltam para o pó o louvarão.

— Para ele há de viver a minha alma,/ toda a minha descendência há de servi-lo;/ às futuras gerações anunciará/ o poder e a justiça do Senhor;/ ao povo novo, que há de vir, ela dirá:/ “Eis a obra que o Senhor realizou!”

1 de mai. de 2015

Evangelho do dia 2 de maio (vídeo)

Recortes

Deus “nunca manda o impossível, mas nos ordena que façamos o possível e peçamos o que não nos é possível”  Santo Agostinho, Tratado da natureza e da graça, 43, 5

Sábado da 4ª semana da Páscoa


(Jo 14,7-14)



Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”

9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai”? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.

11Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.


Comentário do dia: São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja. Homilia sobre o Aqueduto

«Se Me conhecêsseis, conheceríeis também meu Pai»


Aquele que disse: «Eu estou no Pai e o Pai está em Mim» afirma igualmente: «Eu saí de Deus e venho dele» (Jo 8,42). […] O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós (Jo 1,14). Ele habita com toda a certeza no nosso coração pela fé; habita na nossa memória, habita no nosso pensamento, desce até à nossa própria imaginação. Outrora, de facto, que ideia poderia o homem ter de Deus, senão talvez a de um ídolo fabricado pelo seu coração? Deus era incompreensível e inacessível, invisível e perfeitamente incapaz de ser apreendido pelo pensamento. Mas agora, Ele quis que pudéssemos compreendê-Lo, quis que pudéssemos vê-Lo, quis que pudéssemos apreendê-Lo pelo pensamento. 

De que maneira? – perguntas. Pois estando deitado numa manjedoura, repousando no regaço da Virgem, pregando na montanha, passando a noite em oração; e estando pregado na cruz, experimentando a lividez da morte, «livre entre os mortos» (Sl 87,6) e imperando sobre o inferno; finalmente, ressuscitando ao terceiro dia, mostrando aos apóstolos a marca dos cravos, sinais da sua vitória, e por último, penetrando, à vista deles, nos segredos do céu.

De todos estes acontecimentos, não haverá algum que suscite em nós um pensamento verdadeiro, fervoroso, santo? Pensando em qualquer deles, é em Deus que penso, e em todos eles, Ele é o meu Deus. A verdadeira sabedoria consiste em meditar nesses acontecimentos. […] Foi esta mesma suavidade que Maria foi beber amplamente nas alturas para a derramar sobre nós.


Responsório (Sl 97)

— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!