Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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3 de mai. de 2015

Segunda-feira da 5ª semana da Páscoa

(Jo 14,21-26)




Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.

Comentário do dia: São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja. O Monte Carmelo, livro 2, cap. 22

«A palavra que ouvis não é minha, mas é do Pai, que Me enviou»

A razão principal por que na Lei Antiga eram lícitas as perguntas que se faziam a Deus, e era justo que os profetas e os sacerdotes quisessem revelações e visões de Deus, era porque ainda não estava bem fundamentada a fé nem estabelecida a Lei evangélica. […] Mas agora, […] não há razão para O interpelar daquela maneira, nem para que Ele agora fale e responda como então. Porque ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra (Jo 1,1) – e não tem outra –, Deus disse-nos tudo ao mesmo tempo, e nada mais tem a revelar.

É este o sentido daquele texto de S. Paulo aos Hebreus: o que antigamente Deus disse pelos profetas a nossos pais de muitos modos e de muitas maneiras, agora, por último, nestes dias, disse-nos pelo Filho de uma só vez (Hb 1,1-2) […]

Portanto, quem agora quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate, mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora dele outra realidade ou novidade.

Deus poderia responder-lhe desta maneira : «Se já te disse tudo na minha Palavra, que é o meu Filho – e não tenho outra –, que mais te posso Eu responder agora ou revelar? Põe os olhos só nele, porque nele tudo disse e revelei, e acharás ainda mais do que pedes e desejas. […] Fi-lo desde o dia em que desci com o meu Espírito sobre Ele no monte Tabor dizendo: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu encanto, escutai-O” (Mt 17,5). Já não tenho mais fé para revelar, nem mais nada para manifestar. Porque, se falava antes, era prometendo a Cristo; e, se Me interrogavam, as perguntas eram orientadas à petição e esperança de Cristo, no qual haviam de encontrar o Bem total, como vo-lo explica agora a doutrina dos evangelistas e dos apóstolos.»


Responsório (Sl 113b)

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”

— É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.

— Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor mas a terra ele deu para os homens.

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