Paróquia Santa Luzia

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24 de mai. de 2015

Segunda-feira da 8ª semana do Tempo Comum

(Mc 10,17-27)



Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?”

18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”

20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!”

22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”

24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!”

26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.


Comentário do dia: São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja. Homilia sobre o devedor de dez mil talentos,3; PG 51, 21

«Mas, então, quem pode salvar-se?»

Em resposta à pergunta do jovem rico, Jesus tinha revelado como se podia aceder à vida eterna. Mas o jovem, entristecido com a ideia de ter de abandonar as suas riquezas, foi-se embora. E Jesus declarou: «É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.» Então Pedro, que se despojara de tudo, renunciando à sua profissão e à sua barca, que já não possuía sequer um anzol, aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Quem pode, então, salvar-se?» 

Repara na reserva mas também no zelo deste discípulo. Ele não diz: «Tu ordenas impossíveis, essa ordem é demasiado difícil, essa lei é demasiado exigente.» E também não se cala. Mas, sem faltar ao respeito e mostrando que estava atento aos outros, pergunta: «Quem pode, então, salvar-se?» É que, muito antes de ser pastor, já ele tinha alma de pastor; antes de ser investido de autoridade [...], já se preocupava com a terra inteira. Um rico teria provavelmente feito essa pergunta por interesse, preocupado com a sua situação pessoal e sem pensar nos outros. Mas Pedro, que era pobre, não pode ser suspeito de ter feito a sua pergunta por esses motivos, mas porque se preocupava com a salvação dos outros, e queria aprender do Mestre como alcançá-la.

Daí a resposta encorajadora de Cristo: «Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.» Querendo dizer: «Não penseis que vos deixo ao abandono. Eu próprio vos assistirei em assunto tão importante, e tornarei fácil o que é difícil.» 


Responsório (Sl 31)

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!

— Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta.

— Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que irrompam as águas, não poderão atingi-lo jamais.

— Sois para mim proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós.

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