Lc 17,7-10
“Se alguém de vós tem um servo que trabalha a terra ou cuida dos animais, quando ele volta da roça, lhe dirá: ‘Vem depressa para a mesa’? Não dirá antes: ‘Prepara-me o jantar, arruma-te e serve-me, enquanto eu como e bebo. Depois disso, tu poderás comer e beber’? Será que o senhor vai agradecer o servo porque fez o que lhe havia mandado? Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer’”.
Comentário do dia: São Patrício (c. 385-c. 461), monge missionário, bispo. Confissão, 12-14; SC 249
«Somos servos inúteis»
Eu que antes era um tosco fugitivo e sem instrução, eu «que não sei prever o futuro», sei, no entanto com certeza uma coisa: é que «antes de ser humilhado» era como uma pedra num profundo lodaçal. Mas Ele veio, «o Todo-poderoso» e, na sua misericórdia, tomou-me; levantou-me bem alto e colocou-me em cima de um muro (Lc 1,49). Por isso devo elevar a minha voz bem alto, para devolver ao Senhor um pouco dos seus benefícios, aqui na terra e na eternidade, benefícios tão grandes que o espirito do homem não os pode contar.
Ficai pois admirados «grandes e pequenos que temeis a Deus» (Ap 19,5); e vós senhores bem-falantes, escutai e examinai atentamente. Quem me suscitou, a mim o insensato, do meio daqueles que passam por sábios, doutores da lei «de palavras poderosas» (Lc 24,19) e de tantas outras coisas (Ecl 4,13)? Quem me inspirou, mais que a outros, a mim, o refugo deste mundo, para «no temor e no respeito» (Heb 12,28) […], fazer lealmente bem ao povo ao qual o amor de Cristo me levou e a quem Ele me deu, para que, se eu for digno disso, O sirva toda a minha vida com humildade e verdade?
É por isso que «segundo a medida da minha fé» (Rom 12,6) na Trindade, devo reconhecer e […] proclamar o dom de Deus e a sua «consolação eterna». Devo propagar, sem medo mas com confiança, o nome de Deus em todos os lugares (Sl 118,67) para, mesmo depois da minha morte, deixar uma herança aos meus irmãos e aos meus filhos, a tantos milhares de homens que baptizei no Senhor.
Ficai pois admirados «grandes e pequenos que temeis a Deus» (Ap 19,5); e vós senhores bem-falantes, escutai e examinai atentamente. Quem me suscitou, a mim o insensato, do meio daqueles que passam por sábios, doutores da lei «de palavras poderosas» (Lc 24,19) e de tantas outras coisas (Ecl 4,13)? Quem me inspirou, mais que a outros, a mim, o refugo deste mundo, para «no temor e no respeito» (Heb 12,28) […], fazer lealmente bem ao povo ao qual o amor de Cristo me levou e a quem Ele me deu, para que, se eu for digno disso, O sirva toda a minha vida com humildade e verdade?
É por isso que «segundo a medida da minha fé» (Rom 12,6) na Trindade, devo reconhecer e […] proclamar o dom de Deus e a sua «consolação eterna». Devo propagar, sem medo mas com confiança, o nome de Deus em todos os lugares (Sl 118,67) para, mesmo depois da minha morte, deixar uma herança aos meus irmãos e aos meus filhos, a tantos milhares de homens que baptizei no Senhor.
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