S.Clemente I, papa, mártir, +102
É Santo Irineu quem nos conta que, dos sucessores imediatos de Pedro na Cátedra de Roma, o terceiro se chamava de nome Clemente. Além dessa notícia, do Papa, ele também nos relata que o autor da importante carta escrita pela Igreja de Roma à de Corinto é o Papa Clemente. Foi dito que a sua carta aos coríntios é a "epifania do primado romano", enquanto este primeiro documento papal (protótipo de todas as cartas encíclicas que seriam escritas no decurso dos séculos) afirma a autoridade do sucessor de Pedro, bispo de Roma, sobre outras Igrejas de origem apostólica. A carta, escrita entre os anos de 93 e 97, enquanto estava ainda com vida o Apóstolo São João, é dirigida à Igreja de Corinto, dividida por cisma interno, porque o grupo de fiéis contestava a autoridade dos presbíteros.
O tempo em que S. Clemente esteve à frente da Igreja (92-102) foi marcado por uma relativa paz e tolerância por parte dos imperadores Vespasiano e Tito.
S. Columbano, abade, +615 | |
São Columbano desde tenra idade mostrou clara inclinação para a vida consagrada. Tendo abraçado a vida monástica, partiu para a França, onde fundou muitos mosteiros que governou com austera disciplina. Ao sair da Irlanda em companhia do monge e Santo Gall, percorreu a Europa Ocidental. Algumas vezes era rechaçado, outras acolhido. Deixou rastro de fundação de mosteiros e abadias, dos quais resultaram em resplendor cultural e religioso dignos de toda loa. Esses mosteiros foram o foco da cultura cristã francesa na época.
Seu estilo de vida foi austero e assim o exigia aos monges. Graças a isso, a Igreja enumera como seus contemporâneos grandes santos que formaram-se na escola doutrinária de São Columbano. O mosteiro mais célebre foi o de Luxeuil, ao que confluíram francos e gauleses. Foi durante séculos o centro da vida monástica mais importante em todo o Ocidente.
Enfrentou, no ínício do século VII fortes perseguições na França e por isso, no ano de 610 teve de sair do país em decorrência das investidas da soberana, a então rainha Brunehaut, que teve o ego ferido porque o santo abade lançara-lhe em rosto todos os seus vícios e crimes.
Pensou em retornar à Irlanda, mas acabou permanecendo em Nantes. Lá também teve que fugir aos Alpes até que finalmente encontrou acolhida e refúgio seguro em Bobbio, situada ao norte da Itália, na região da Emilia Romana, província de Piacenza. Lá fundou seu último mosteiro e nele morreu no ano de 615. A regra monástica original que deu a seus monges serviu de referência e influenciou sobremaneira toda a Europa por mais de dois séculos. Muitos povos, regiões e lugares estão sob sua proteção e o invocam como padroeiro.
Nos quatro últimos anos de sua vida, experimentou certa tranquilidade, já que o rei Aguilulfo lhe concedeu tratamento digno e respeitoso.
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