Paróquia Santa Luzia

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15 de nov. de 2013

Evangelho e Meditação: Sexta-feira da 32ª semana do Tempo Comum

 (Lc 17,26-37)



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem. 27Eles comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então chegou o dilúvio e fez morrer todos eles. 28Acontecerá como nos dias de Ló: comiam e bebiam, compravam e vendiam, plantavam e construíam. 29Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, Deus fez chover fogo e enxofre do céu e fez morrer todos. 30O mesmo acontecerá no dia em que o Filho do Homem for revelado. 31Nesse dia, quem estiver no terraço, não desça para apanhar os bens que estão em sua casa. E quem estiver nos campos não volte para trás. 32Lembrai-vos da mulher de Ló. 33Quem procura ganhar a sua vida vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la. 34Eu vos digo: nesta noite, dois estarão numa cama; um será tomado e o outro será deixado. 35Duas mulheres estarão moendo juntas; uma será tomada e a outra será deixada. 36Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado”. 37Os discípulos perguntaram: “Senhor, onde acontecerá isso?” Jesus respondeu: “Onde estiver o cadáver, aí se reunirão os abutres”.


Comentário do dia: Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo 
Homilias sobre o Gênesis, II, 3

A arca da Igreja

Tanto quanto a pequenez da minha mente me permite supor, parece-me que o dilúvio, que quase pôs fim ao mundo, é um símbolo do fim do mundo, fim que vai realmente acontecer. O próprio Senhor o declarou quando disse: «Nos dias de Noé, os homens compravam, vendiam, construíam, casavam-se, davam as suas filhas em casamento, e veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. Assim será também a vinda do Filho do Homem.» Neste texto, parece que o Senhor descreve de uma única e igual forma o dilúvio que já ocorreu e o fim do mundo que anuncia para o futuro.

Portanto, outrora foi dito a Noé para fazer uma arca e meter-se nela, não apenas com os seus filhos e a sua família, mas com animais de todas as espécies. Da mesma forma, na consumação dos tempos, o Pai disse ao Senhor Jesus Cristo, o nosso novo Noé, o único Justo e o único Perfeito (Gn 6,9), para fazer uma arca de madeira com medidas cheias de mistérios divinos (cf Gn 6,15). Isto é afirmado num salmo que diz: «Pede, e Eu te darei as nações por herança e os confins da terra por domínio» (Sl 2,8). Assim, ele construiu uma arca com todo o tipo de abrigos para receber os diversos animais. E o profeta fala dessas habitações quando escreve: «Vai, povo meu, entra nos teus quartos, fecha atrás de ti as portas. Esconde-te por alguns instantes até que a cólera passe» (Is 26,20). Há de facto uma misteriosa correspondência entre este povo que é salvo na Igreja, e todos esses seres, homens e animais, que foram salvos do dilúvio na arca.


Responsório (Sl 18)
— Os céus proclamam a glória do Senhor!
— Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.
— Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

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