Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.
Comentário do dia: São Narsés Snorhali (1102-1173), patriarca armênio: Jesus, Filho Unigénito do Pai, §§ 771-774; SC 203
«Apresentou-Se no meio deles»
No domingo, primeiro dia da semana,
Apareceste aos Onze,
Estando as portas fechadas, de noite.
E o primeiro sopro
Que havíamos perdido no Paraíso
De novo lho concedeste,
E, por eles, à nossa natureza humana (Jo 20,22).
Em minh’alma mantenho as portas do espírito
Fechadas à tua palavra,
E habito sem luz, nas trevas,
Como na morada da escuridão.
Não deixes, jamais,
Que o Maligno coabite sob o meu tecto sem luz.
Abre porém a câmara nupcial do meu coração;
Faz nela brilhar a tua luz refulgente.
Responsório (Sl 8)
— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!
— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! Perguntamos: “Senhor, que é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes:
— As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.
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