Paróquia Santa Luzia

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12 de abr. de 2014

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor

A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se servo dos homens, deixou-se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.
A primeira leitura apresenta-nos um profeta anônimo, chamado por Deus a testemunhar no meio das nações a Palavra da salvação. Apesar do sofrimento e da perseguição, o profeta confiou em Deus e concretizou, com teimosa fidelidade, os projetos de Deus. Os primeiros cristãos viram neste “servo” a figura de Jesus.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de Cristo. Ele prescindiu do orgulho e da arrogância, para escolher a obediência ao Pai e o serviço aos homens, até ao dom da vida. É esse mesmo caminho de vida que a Palavra de Deus nos propõe.
O Evangelho convida-nos a contemplar a paixão e morte de Jesus: é o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão. Na cruz, revela-se o amor de Deus – esse amor que não guarda nada para si, mas que se faz dom total.

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Anúncio do Evangelho (Mt 27,11-54)



Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:

Ass.: “Tu és o rei dos judeus?”

Narrador 1: Jesus declarou:

Pres.: “É como dizes”.

Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:

Leitor: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”

Narrador 1: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:

Ass.: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”

Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:

Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.

Narrador 2: 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:

Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?”

Narrador 2: Eles gritaram:

Ass.: “Barrabás”.

Narrador 2: 22Pilatos perguntou:

Leitor: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”

Narrador 2: Todos gritaram:

Ass.: “Seja crucificado!”

Narrador 2: 23Pilatos falou:

Leitor: “Mas, que mal ele fez?”

Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:

Ass.: “Seja crucificado!”

Narrador 1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:

Leitor: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”

Narrador 1: 25O povo todo respondeu:

Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.

Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.

Ass.: 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho;

Narrador 1: 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:

Ass.: “Salve, rei dos judeus!”

Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.

Narrador 1: 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:

Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”.

Narrador 1: 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

Ass.: 40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”

Narrador 2: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:

Ass.: 42”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.

Narrador 1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

Pres.: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”

Narrador 1: Que quer dizer:

Pres.: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”

Narrador 1: 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

Ass.: “Ele está chamando Elias!”

Narrador 1: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:

Ass.: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”

Narrador 1: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito. (Todos se ajoelham.)

Narrador 2: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

Ass.: “Ele era mesmo Filho de Deus!”

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DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR - Ano A

Comentário do dia: Papa Francisco. Homilia de 24/03/2013

«Hossanna ! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Reino que vem!» (Mc 11,9-10)

Jesus entra em Jerusalém. A multidão dos discípulos acompanha-O em festa. […] A multidão aclama-O como Rei. E Ele não Se opõe, não a manda calar (cf Lc 19,39-40). Mas, que tipo de Rei seria Jesus? Vejamo-Lo: monta um jumentinho, não tem uma corte como séquito, nem está rodeado de um exército como símbolo de força. Quem O acolhe são pessoas humildes, simples, que têm a capacidade de ver em Jesus algo mais, que têm o sentido da fé que diz: «Este é o Salvador.» 

Jesus não entra na Cidade Santa, para receber as honras reservadas aos reis terrenos […]; entra para ser flagelado, insultado e ultrajado […]; entra para receber uma coroa de espinhos, uma cana, um manto de púrpura (a sua realeza será objecto de ludíbrio); entra para subir ao Calvário carregado com um madeiro, […] para morrer na Cruz. E é precisamente aqui que refulge o seu ser Rei segundo Deus: o seu trono real é o madeiro da Cruz! […] Porquê a Cruz? Porque Jesus toma sobre Si o mal, a sujidade, o pecado do mundo, incluindo o nosso pecado, o pecado de todos nós, e lava-o; lava-o com o seu sangue, com a misericórdia, com o amor de Deus. 

Olhemos ao nosso redor. Tantas feridas infligidas pelo mal à humanidade: guerras, violências, conflitos econômicos que atingem quem é mais fraco, sede de dinheiro, […] poder, corrupção, divisões, crimes contra a vida humana e contra a criação! E também – como bem o sabe e conhece cada um de nós – os nossos pecados pessoais: as faltas de amor e respeito para com Deus, com o próximo e com a criação inteira. Na cruz, Jesus sente todo o peso do mal e, com a força do amor de Deus, vence-o, derrota-o na sua ressurreição. Este é o bem que Jesus realiza por todos nós sobre o trono da Cruz. Abraçada com amor, a cruz de Cristo nunca leva à tristeza, mas à alegria, à alegria de sermos salvos e de realizarmos um bocadinho daquilo que Ele fez no dia da sua morte.


Responsório (Sl 21)

— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

— Riem de mim todos aqueles que me veem,/ torcem os lábios e sacodem a cabeça:/ ao Senhor se confiou, ele o liberte/ e agora o salve, se é verdade que ele o ama!

— Cães numerosos me rodeiam furiosos/ e por um bando de malvados fui cercado./ Transpassaram minhas mãos e os meus pés/ e eu posso contar todos os meus ossos.

— Eles repartem entre si as minhas vestes/ e sorteiam entre eles minha túnica./ Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,/ ó minha força, vinde logo em meu socorro!

— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos/ e no meio da assembleia hei de louvar-vos!/ Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,/ glorificai-o, descendentes de Jacó,/ e respeitai-o, toda a raça de Israel!

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