Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
...

19 de ago. de 2014

“Ex-escravas sexuais” da Segunda Guerra Mundial se encontraram com o Papa Francisco na Coréia

O Papa Francisco saudou sete ex-escravas sexuais de militares japoneses durante a II Guerra Mundial 


Seul, 18 Ago. 14 / 10:58 am (ACI).- Sete mulheres coreanas maiores de 80 anos, que durante a Segunda Guerra Mundial foram obrigadas pelo exército japonês a prostituir-se, tiveram a oportunidade de aproximar-se e trocar umas breves palavras com o Papa Francisco durante a Missa pela paz e reconciliação na Catedral de Myeong-dong.

O fato aconteceu nesta segunda-feira durante a última atividade do Santo Padre na Coréia do Sul, onde chegou para beatificar 124 mártires e participar da VI Jornada da Juventude Asiática.

Uma destas mulheres pôde conversar brevemente com o Santo Padre e lhe presenteou um pin de borboleta que o Papa usou durante toda a Missa. O pequeno objeto simboliza a luta destas mulheres pela justiça.

Estima-se que cerca de 200.000 meninas e adolescentes, a maioria coreanas, foram recrutadas forçadamente pelo império japonês para servir como “mulheres de conforto” aos seus soldados. O Japão dominou a península coreana desde 1910 até 1945, quando perdeu a Segunda Guerra Mundial.

Quero que me ajude a aliviar a dor

Uma destas vítimas é Lee Yong-soo, uma fiel católica que recorda com dor os momentos sofridos nas mãos dos soldados japoneses quando tinha 15 anos. “Se tivermos a oportunidade de falar com ele, quero me aproximar chorando e pedir que nos ajude a aliviar a nossa dor”, disse em uma entrevista telefônica difundida pela agência AP. “Quero lhe pedir que nos ajude a colocar fim a este problema de maneira pacífica”, expressou.

Por sua parte, Kang Il-chul, de 87 anos, recordou que “os coreanos, homens e mulheres, foram arrebatados pelos militares japoneses”.

Nesse sentido, durante a entrevista difundida antes da Missa, disse que “embora esteja no meu leito de morte, estarei feliz sabendo que me encontrarei com este grande homem”.

Durante anos as autoridades japonesas negaram estes abusos, até que devido à contundência das provas teve que reconhecê-lo e desculpar-se em 1993. Entretanto, para Seul estas desculpas não foram sinceras e reclama indenizações para as vítimas. Atualmente há 54 mulheres sobreviventes maiores de 80 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário