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(Fonte: Aleteia)
Os Estados Unidos lançaram novos ataques contra posições jihadistas no norte do Iraque e a Grã-Bretanha e a França se uniram aos esforços para evitar que os iraquianos cercados no Monte Sinjar para fugir do Estado Islâmico morram de fome.
Segundo dirigentes locais, ao menos 20.000 civis perseguidos pelos jihadistas em Sinjar conseguiram fugir para a Síria, de foram escoltados pelas forças curdas de volta para o Iraque.
O parlamentar Vian Dajil, que pertence à minoria Yazadi - que constitui a maioria dos civis sitiados no monte Sinjar - confirmou que entre 20.000 e 30.000 pessoas conseguiram fugir e se encontram agora no Curdistão iraquiano.
Os Estados Unidos, que se retiraram do Iraque há três anos, começaram seus ataques na sexta-feira para tentar frear o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) que ameaçam o Curdistão autônomo e milhares de civis.
Os insurgentes sunitas, liderados pelo EI, estavam se mantendo à distância do Curdistão, mas desde o final de julho progrediram na direção da província, ocupando posições a cerca de 40 km de sua capital Erbil, sem ultrapassar as fronteiras da região autônoma.
Milhares de pessoas fugiram dessa progressão, em particular cristão e inúmeros membros da minoria de idioma curdo yazidis, que acabaram cercados nas terras áridas do Monte Sinjar, sem água e sem comida.
Novas remessas de alimentos e água
No domingo pela manhã, os Estados Unidos lançaram de paraquedas o equivalente a 52.000 pacotes de alimentos e contêineres de água, depois de realizar operações similares nos últimos dias para ajudar os refugiados.
A Grã-Bretanha anunciou ter se somado a esse esforço humanitário com o envio de dois aviões com suprimentos.
"O mundo está comovido com a situação da comunidad yazidi", indicou a ministra de Desenvolvimento Internacional, Justine Greening.
A França também participa da campanha humanitária. Em visita a Bagdá, o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, declarou que formação de um amplo governo de unidade iraquiano é crucial para a luta contra o avanço dos jihadistas no país.
"Neste momento, o Iraque precisa antes de mais nada de um amplo governo de unidade porque todos os iraquianos devem se sentir representados para combater juntos o terrorismo", afirmou Fabius depois de se reunir com o ministro interino das Relações Exteriores iraquiano, Hussein Chahristani.
Depois de Bagdá, Fabius viajará a Erbil para supervisionar a primeira entrega de ajuda humanitária francesa às populações ameaçadas.
Mais de três meses depois das eleições legislativas de 30 de abril, o Iraque continua sem formar um governo devido às profundas divisões no parlamento.
Na véspera, o presidente Barack Obama também apelou para a formação de um governo de unidade no Iraque para poder conter o avanço jihadista.
O mesmo foi dito pelo papa Francisco neste domingo ao pedir uma solução política eficiente para a crise no Iraque.
"As notícias que chegam do Iraque nos deixam incrédulos e consternados: milhares de pessoas, entre as quais há tantos cristãos, expulsas de suas casas brutalmente, crianças mortas de sede e de fome durante a fuga, mulheres sequestradas, violências de todos os tipos", lamentou o Sumo Pontífice depois da oração do Angelus.
Para o Papa, "esta violência e a destruição de casas, patrimônios históricos, culturas e religiosos ofendem gravemente a Deus e a humanidade".
sources: Agências de Notícias
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