Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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22 de mar. de 2015

Segunda-feira da 5ª semana da Quaresma

(Jo 8,1-11)



Naquele tempo, 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, 4disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”

6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.

9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. 10Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

Comentário do dia: Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja. Sermões sobre o Evangelho de João, nº 33, 5-8

«Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»

«Foram saindo um a um.» Ficaram apenas dois, a miserável e a Misericórdia. Mas o Senhor, depois de os ter atingido com o traço da justiça, não quis assistir à sua queda; desviou deles o olhar e, «inclinando-Se para o chão, pôs-Se a escrever com o dedo na terra». 

Tendo a mulher ficado sozinha, depois de todos terem partido Ele ergueu os olhos para ela. Ouvimos a voz da justiça, ouçamos também a da bondade. […] A mulher esperava ser punida por Aquele em quem não se podia encontrar pecado. Mas Ele, que havia afastado os seus inimigos com a voz da justiça, erguendo para ela os olhos da misericórdia, interrogou-a: «Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Ele disse-lhe: «Também Eu não te condenarei. Temeste ser condenada por Mim porque não encontraste pecado em Mim; mas Eu também não te condenarei.»

Como, Senhor? Então Tu favoreces os pecados? Não, é justamente o contrário. Repara no que se segue: «Vai e de agora em diante não tornes a pecar.» O Senhor condenou, portanto, mas foi o pecado que Ele condenou, não o pecador. […] Tenham pois atenção os que amam a bondade do Senhor, e temam a sua verdade. […] O Senhor é bom, o Senhor é lento na ira, o Senhor é misericordioso, mas o Senhor também é justo e o Senhor é cheio de verdade (Sl 85,15). Ele concede-te tempo para que te corrijas, mas tu preferes gozar esse adiamento a reformar-te. Pois bem, se ontem foste mau, sê bom hoje; se passaste este dia no mal, ao menos amanhã muda a tua conduta.

É portanto este o sentido destas palavras que Ele dirige a esta mulher: «Também Eu não te condenarei, mas, estando assegurada para o passado, tem cautela no futuro. Também Eu não te condenarei, apaguei o mal que cometeste; tu, observa o que prescrevi para obteres o que prometi.»


Responsório (Sl 22)

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

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