Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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1 de mar. de 2015

Segunda-feira da 2ª semana da Quaresma

(Lc 6,36-38)


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 36“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. 37Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. 38Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.


Comentário do dia: São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja: Os graus da humildade e do orgulho, §12

«Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso»



Cristo tem duas naturezas numa só pessoa: uma, segundo a qual é desde sempre; e outra, segundo a qual começou a ser no tempo. De acordo com o seu ser eterno, Ele conhece todas as coisas desde sempre; mas, enquanto nascido no tempo, aprendeu muitas coisas. Foi por isso que, quando começou a ser no tempo, feito carne, começou a conhecer as misérias da carne, e a conhecê-las segundo o tipo de conhecimento que vem da fraqueza da carne.

Teria sido mais favorável e mais sensato os nossos primeiros pais não terem adquirido este conhecimento, porque para o adquirirem tiveram de passar pela loucura e pelo infortúnio. Mas Deus, seu Criador, vindo em busca do que estava perdido, teve piedade da sua obra e veio ao seu encontro: misericordiosamente, desceu Ele próprio até onde eles estavam miseravelmente caídos. Quis experimentar na sua própria pessoa o que eles sofriam por terem agido contra Ele; não o fez, naturalmente, movido pela curiosidade, como eles, mas por uma caridade admirável; não o fez para permanecer com eles na miséria, mas para Se tornar misericordioso e os livrar da sua miséria.

Portanto, Cristo tornou-Se misericordioso, não com a misericórdia que já tinha, na sua felicidade eterna, mas com aquela que encontrou nas nossas vestes de carne, experimentando Ele próprio a miséria.


Responsório (Sl 78)

— O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas.

— Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.

— Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

— Até vós chegue o gemido dos cativos: libertai com vosso braço poderoso os que foram condenados a morrer!

— Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, celebraremos vosso nome para sempre, de geração em geração vos louvaremos.

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