Horacio Verbitsky |
BUENOS AIRES - (ACI/EWTN Noticias).- Em uma coluna publicada no site ArgentinosAlerta, o jovem escritor Agustín Laje revela que o diretor do jornal oficialista argentino Página 12, Horacio Verbitsky, foi um “agente duplo” que apoiou a ditadura na Argentina há 30 anos.
Verbitsky, a quem o jornalista argentino Jorge Lanata descreveu como um “ministro K (do regime de Cristina Fernández de Kirchner) sem carteirinha”, qualificou a eleição do Papa Francisco como “uma vergonha para a Argentina e América do Sul”, e em diversos escritos assegurou que o Santo Padre tinha colaborado com a ditadura que regeu o país entre 1976 e 1983.
Estas acusações foram desmentidas claramente tanto pelo Vaticano como pelo Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, conhecido defensor dos direitos humanos durante a ditadura em seu país.
Página 12, o jornal dirigido por Verbitsky, teria recebido entre 2011 e inícios de 2012, mais de 11 milhões de dólares em publicidade por parte do governo de Cristina Kirchner.
De acordo com Agustín Laje, “muitos são os ex-guerrilheiros que assinalam Verbitsky como um traidor ou ‘agente duplo’” vinculado à ditadura.
Estes ex-guerrilheiros, revelou Laje, “indicam, com efeito, que sobre 62 integrantes conhecidos que passaram pela área de inteligência dos montoneros (um violento grupo guerrilheiro, que realizou diversos atentados e seqüestros durante a década de 1970, antes de serem desarticulados pela ditadura) o único que sobreviveu e nem sequer terminou preso, é chamativamente Horacio Verbitsky”.
Segundo Laje, o hoje diretor do diário Página 12 se alistou nos Montoneros nos inícios de 1973, e logo ingressou na importante seção de inteligência do grupo guerrilheiro.
As funções da área de inteligência, de acordo com o jovem argentino, “compreendiam tarefas específicas como detectar aquelas pessoas passíveis de serem seqüestradas e com capacidade de pagamento de resgate; o desenvolvimento de extorsão sobre pessoas, grupos, setores ou empresas; subornos e chantagens; estudos prévios às missões de assassinatos para estabelecer os rendimentos políticos”, entre outras atividades guerrilheiras.
“Pouco depois do famoso sequestro dos irmãos Juan e Jorge Born em 1974, pelo qual os Montoneros receberam a cifra de 60 milhões de dólares, Horacio Verbitsky, cujo nome de guerra já era ‘o cão’, teria sido o responsável por organizar o traslado do dinheiro a Cuba em parcelas de 5 milhões de dólares”, assegurou Agustín Laje, e assinalou que, em seu momento, o fiscal Juan Martín Romero Victorica tomou o caso, “e implicou aquele que hoje se horroriza por um suposto passado de Francisco”.
“Existem vários atentados montoneros nos que segundo variadas fontes Verbitsky teria tido participação como intelectual ou, inclusive, como chefe de operações”, acrescentou.
Em 1977, indicou Laje, Horacio Verbitsky se afastou dos Montoneros para aproximar-se das Forças Armadas.
“É o que na época se chamava ‘colaboracionismo’”, disse.
“Uma prova fulminante neste sentido é sua colaboração no livro ‘O poder aéreo dos argentinos’, que editou o Círculo da Força Aérea em 1979. Escrito pelo comodoro Juan José Güiraldes, o nome do ex-montonero que ilustra a primeira página da obra, na qual se agradece (a Verbitsky) pela sua contribuição”, indicou.
Agustín Laje criticou a hipocrisia de Verbitsky que se apresenta como defensor dos Direitos humanos e adverte: “Direitos humanos, mas sem viseiras ideológicas nem interesses políticos. Revisemos o passado daquele que pretende ser juiz moral de outros”, concluiu.
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