Paróquia Santa Luzia

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15 de mar. de 2013

Drama do tráfico humano abordado por Representante do Vaticano na ONU (Genebra)

O observador do Vaticano junto das instituições da ONU em Genebra, na Suíça, declarou que a comunidade internacional precisa de “rever” a sua forma de combater o tráfico humano, sobretudo o relacionado com crianças. Intervindo nesta quinta-feira, na 22ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, que abordou também a “prostituição e pornografia infantil”, D. Silvano Maria Tomasi lamentou que o tráfico humano seja uma ocupação de “baixo risco”, muito “rentável” e extremamente “tentadora” para aqueles que encaram as pessoas como simples “mercadorias”.

O prelado sublinhou a “clara necessidade de atualizar a legislação” que regula todo este problema, e defendeu o reforço da “cooperação a nível regional e internacional”, uma maior “partilha de informações e de boas práticas” e o combate efetivo à “corrupção e à impunidade”.

Em “muitas partes” do globo e devido a “variadíssimos fatores”, as crianças são os elementos mais vulneráveis no meio do flagelo que constitui o tráfico humano, por isso o arcebispo italiano propõe também “a agilização das práticas judiciais” e a criação de mecanismos que “protejam” os mais novos e garantam a sua “reintegração normal e digna na sociedade”.

O último relatório da ONU sobre o tráfico humano (2012), adianta que milhões de pessoas são atualmente vítimas desta situação, para efeitos de “exploração sexual” e também de “trabalhos forçados”.

Provenientes de pelo menos 118 países e com 136 nacionalidades diferentes, elas são “maioritariamente mulheres” (55-60 por cento) mas o número de crianças está a “crescer de forma alarmante”, tendo passado dos 20 para os 27 por cento em pouco mais de quatro anos (os períodos de medição foram 2003-2006 e 2007-2010, respetivamente).

Entre o número global de casos de tráfico humano que estão hoje devidamente identificados, 58 por cento dizem respeito a situações de exploração sexual, muitas delas envolvendo crianças alvo de “fantasias sexuais” por parte de adultos.

Segundo D. Silvano Tomasi, “o fenômeno certamente já não é novo, mas foi recentemente agravado por uma liberalização dos costumes e comportamentos sexuais” que está em marcha na sociedade. “Se a definição da liberdade individual continuar a chocar com as fronteiras éticas que foram definidas pela própria natureza, o tráfico humano e a violação da dignidade inata das pessoas vão continuar a suceder, e a ação dos Estados não terá qualquer efeito”, alertou o observador da Santa Sé.

Um comentário:

  1. A paz de Jesus! Sua benção, querido Padre!
    como é triste nos depararmos com notícias tão desoladoras como esta; onde as pessoas deixam de se verem como semelhantes, como irmãos!!! lamentável! Realmente é preciso divulgar esta situação e rogar ao Espírito Santo que haja uma maneira de combater com este horror que degrada o ser humano! Que Jesus tenha misericórdia!!
    Abraços Padre, tenha uma noite abençoada na proteção dos Anjos!

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