Paróquia Santa Luzia

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15 de mai. de 2012

Na Escola de Maria (II)

A Constituição Dogmática "Lumen Gentium"(Luz dos Povos) é um documento do Concílio Vaticano II que foi promulgado em novembro de 1964. É um documento que trata do Mistério da Igreja e o capítulo VIII é dedicado à Virgem Maria.
Durante este mês de maio, mês de Maria, estamos publicando alguns parágrafos deste capítulo tão belo e rico. Vamos juntos nesta jornada.

(Parágrafos 54 e 55 comentados)



Intenção do Concílio

54. Por isso, o sagrado Concílio, ao expor a doutrina acerca da Igreja, na qual o divino Redentor realiza a salvação, pretende esclarecer cuidadosamente não só o papel da Virgem Santíssima no mistério do Verbo encarnado e do Corpo místico, mas também os deveres dos homens resgatados para com a Mãe de Deus, Mãe de Cristo e Mãe dos homens, sobretudo dos fiéis. Não tem, contudo, intenção de propor toda a doutrina acerca de Maria, nem de dirimir as questões ainda não totalmente esclarecidas pelos teólogos. Conservam, por isso, os seus direitos as opiniões que nas escolas católicas livremente se propõem acerca daquela que na santa Igreja ocupa depois de Cristo o lugar mais elevado e também o mais próximo de nós.




Comentário (Pe Elenivaldo): O parágrafo 54 da Lumen Gentium lembra a todos que a intenção do Concílio não é esgotar toda a doutrina acerca da Mãe de Jesus. Abre ainda a possibilidade para que os teólogos continuem a investigar o assunto para que aumente ainda mais a devoção à luz da razão.



II. A VIRGEM SANTÍSSIMA NA ECONOMIA DA SALVAÇÃO



A mãe do Redentor no Antigo Testamento


55. A Sagrada Escritura do Antigo e Novo Testamento e a venerável Tradição mostram de modo progressivamente mais claro e como que nos põem diante dos olhos o papel da Mãe do Salvador na economia da salvação. Os livros do Antigo Testamento descrevem a história da salvação na qual se vai preparando lentamente a vinda de Cristo ao mundo. Esses antigos documentos, tais como são lidos na Igreja e interpretados à luz da plena revelação ulterior, vão pondo cada vez mais em evidência a figura duma mulher, a Mãe do Redentor. A esta luz, Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (cfr. Gn 3,15), feita aos primeiros pais caídos no pecado. Ela é, igualmente, a Virgem que conceberá e dará à luz um Filho, cujo nome será Emanuel (cf. Is 7,14; cf Mq 5, 2-3; Mt 1, 22-23). É a primeira entre os humildes e pobres do Senhor, que confiadamente esperam e recebem a salvação de Deus. Com ela, enfim, excelsa Filha de Sião, passada a longa espera da promessa, se cumprem os tempos e se inaugura a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana, para libertar o homem do pecado com os mistérios da Sua vida terrena.



Comentário (Pe Elenivaldo): Todo o Antigo Testamento é uma preparação para a vinda do Divino Salvador. Deus escolheu um povo, cuidou e protegeu para que nele pudesse nascer seu Filho. O texto lembra a figura da mulher do Gênese, a Virgem mãe do Emanuel dos profetas e insere Maria entre aqueles que esperavam a vinda do Messias prometido. Enfim, é em Maria que o Divino Criador inaugura a Nova Humanidade quando ela recebe o Verbo em seu seio virginal.

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