Estamos fazendo a leitura e meditação do capítulo VIII do documento do Concílio Vaticano II, "Lumen Gentium" (Luz do Povos). Este capítulo traz a doutrina da Igreja sobre a Virgem Maria. A seguir, apresentamos o parágrafo 67 que trata sobre o espírito da pregação e do culto.
Espírito da pregação e do culto
67. Muito de caso pensado ensina o sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todas os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico, que tenham em grande estima as práticas e exercícios de piedade para com Ela, aprovados no decorrer dos séculos pelo magistério, e que mantenham fielmente tudo aquilo que no passado foi decretado acerca do culto das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos. Aos teólogos e pregadores da palavra de Deus, exorta-os instantemente a evitarem com cuidado, tanto um falso exagero como uma demasiada estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus. Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias das Igrejas, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todos respeito a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade. Evitem com cuidado, nas palavras e atitudes, tudo o que possa induzir em erro acerca da autêntica doutrina da Igreja os irmãos separados ou quaisquer outros. E os fiéis lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes.
Comentário (Pe Elenivaldo): O parágrafo que lemos acima é bastante rico e denso. Inicia recomendando que os fiéis divulguem e celebrem a memória da Virgem Maria, especialmente as práticas devocionais aprovadas pela Igreja. Ao meu ver a parte mais interessante diz respeito à exortação do Concílio quando pede equilíbrio na assunto: quando se trata da Virgem Maria, não se deve "maximizar" exagerar ou transformá-la numa deusa tampouco deve-se "minimizar", ignorar sua função ou relegá-la. Isso ajudará também os "irmãos separados" a compreender melhor nosso amor à Virgem.
Finalmente, o Concílio nos ensina que o culto verdadeiro não consiste no emocionalismo que passa, mas sim na fidelidade que permanece.
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