Paróquia Santa Luzia

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25 de dez. de 2012

26 de dezembro: Sto. ESTÊVÃO, primeiro mártir (Festa)


Depois do Pentecostes, os apóstolos dirigiam o anúncio da mensagem cristã aos mais próximos, aos hebreus, aguçando o conflito apenas acalmado da parte das autoridades religiosas do judaísmo. Como Cristo, os apóstolos conheceram logo as humilhações dos flagelos e da prisão, mas apenas libertados das correntes retomam a pregação do Evangelho. A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocou tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos.

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto sucesso que os judeus “apareceram de surpresa, agarraram Estêvão e levaram-no ao tribunal. Apresentaram falsas testemunhas, que declararam: "Este homem não faz outra coisa senão falar contra o nosso santo templo e contra a Lei de Moisés. Nós até o ouvimos afirmar que esse Jesus de Nazaré vai destruir o templo e mudar as tradições que Moisés nos deixou."

Estêvão, como se lê nos Actos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter falado contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de facto, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, "taparam os ouvidos e atiraram-se todos contra ele, em altos gritos. Expulsaram-no da cidade e apedrejaram-no."

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: "Senhor, não os condenes por causa deste pecado." Em 415 a descoberta das suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade. A festa do primeiro mártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.
 
 
 
 
 
 
 
 
Evangelho Mateus 10,17-22
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: 17“Cuidado com os homens, porque eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. 18Vós sereis levados diante de governadores e reis, por minha causa, para dar testemunho diante deles e das nações. 19Quando vos entregarem, não fiqueis preocupados como falar ou o que dizer. Então naquele momento vos será indicado o que deveis dizer. 20Com efeito, não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. 21O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. 22Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.


Comentário ao Evangelho do dia feito por Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa. Das Weihnachtsgeheimnis

 
«A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam» (Jo 1,5)
O Menino da manjedoura estende as mãozinhas, e o Seu sorriso já parece exprimir o que os lábios do homem pronunciarão mais tarde: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos» (Mt 11,28). [...] «Segui-Me!», dizem as mãos da criança, como dirão mais tarde os lábios do homem. Foi assim que o jovem discípulo que o Senhor amava foi chamado e faz agora parte do cortejo do presépio. São João, um jovem de coração puro, deixou tudo sem perguntar onde nem por quê: abandonou o barco de seu pai (Mt 4,22) e seguiu o Senhor por todos os Seus caminhos, até ao Gólgota (Jo 19,26).


«Segue-Me!» O jovem Estêvão também ouviu este chamamento, e seguiu o Mestre na Sua luta contra os poderes das trevas, contra a cegueira e a teimosa recusa em acreditar, dando testemunho d'Ele pela sua palavra e pelo seu sangue. Estêvão caminhou segundo o Seu espírito, o espírito de amor que combate o pecado mas ama o pecador, e que, mesmo na morte, defende o assassino diante de Deus.


Aqueles que se ajoelham em torno do presépio são filhos da luz: frágeis santos inocentes, pastores cheios de fé, reis humildes, Estevão, o discípulo fervoroso, e João, o apóstolo do amor, todos eles seguindo o chamamento do Mestre. Diante deles, na dureza da noite e na cegueira inconcebível, estão os doutores da Lei que, sabendo o tempo e o lugar onde nasceria o Salvador (Mt 2,5), não partiram para Belém, e o rei Heródes que queria matar o Senhor da vida. Perante a Criança da manjedoura, os espíritos dividem-se. Ele é o Rei dos reis, o Senhor da vida e da morte; Ele diz: «Segue-Me» e quem não é por Ele é contra Ele (Mt 12,30); e também no-lo diz a nós, colocando-nos na situação de escolhermos entre a luz e as trevas.
 
 
Salmo 30
 
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve. Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; por vossa honra orientai-me e conduzi-me.
— Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, porque vós me salvareis, ó Deus fiel. Vosso amor me faz saltar de alegria, pois olhastes para as minhas aflições.
— Eu entrego em vossas mãos o meu destino; libertai-me do inimigo e do opressor! Mostrai serena a vossa face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão!

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