ESCRAVA DO SENHOR
O MEU ESPÍRITO exulta de alegria
em Deus, meu Salvador, porque pôs os olhos na baixeza da sua escrava.
Quando chegou a plenitude dos tempos, o anjo Gabriel foi
enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré. O Senhor dirige-se a quem mais amava nesta terra e
serve-se para isso de um mensageiro excepcional, pois era excepcional a mensagem
que lhe queria comunicar: Não temas, Maria, pois achaste graça diante de
Deus..., diz-lhe o Arcanjo São Gabriel.
A Virgem, como fruto da sua meditação, conhecia bem as
Escrituras e as passagens que se referiam ao Messias, e eram-lhe familiares as
diversas formas empregadas para designá-lo. Além disso, unia-se a esse
conhecimento a sua extraordinária sensibilidade interior para tudo o que dizia
respeito ao Senhor. Num instante, por uma graça particular, foi-lhe revelado que
ia ser a Mãe do Messias, do Redentor de quem tinham falado os Profetas. Ia ser a
virgem anunciada por Isaías, que conceberia e
daria à luz o Emmanuel, o Deus conosco. A resposta da Virgem é uma
reafirmação da sua entrega à vontade divina: Eis a escrava do Senhor, faça-se
em mim segundo a tua palavra.
A partir desse momento, o Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da
Santíssima Trindade, fez-se carne nas suas entranhas puríssimas. Foi o que de
mais admirável e assombroso aconteceu desde a Criação do mundo. E aconteceu num
pequeno povoado desconhecido, na intimidade de Maria. A Virgem compreendeu a sua
vocação, os planos de Deus a seu respeito. Agora sabia o motivo de tantas graças
do Senhor, a razão das suas qualidades, por que tinha sido sempre tão sensível
às inspirações do Espírito Santo. “Todos os pequenos episódios que constituíam a
trama da sua existência – e essa mesma existência na sua totalidade – ganhavam
agora um relevo imprevisto; ao som das palavras do anjo, tudo teve uma
explicação absoluta, mais que metafísica, sobrenatural. Foi como se, de repente,
a Virgem se tivesse colocado no centro do universo, para além do tempo e do
espaço”.
E Ela, uma adolescente, não titubeia diante da grandeza
incomensurável de ser a Mãe de Deus, porque é humilde e confia no seu Deus, a
quem se entregou plenamente. A Virgem Santa Maria é “Mestra de entrega sem
limites [...]. Pede a esta Mãe boa que ganhe força na tua alma – força de amor e
de libertação – a sua resposta de generosidade exemplar: «Ecce ancilla Domini» –
eis a escrava do Senhor”7. Senhor, conta comigo
para o que quiseres. Não quero pôr limite algum à tua graça, ao que me vais
pedindo todos os dias, todos os anos. Nunca deixas de pedir, nunca deixas de
dar. (do site: Falar com Deus. Francisco F.
Carvajal)
Terceiro Dia: Oh! Maria, pomba candidíssima, que
erguestes o vôo com as vossas brancas penas, sem jamais pousar sobre as
imundícies que cobriam a face da Terra; fazei que de vós aprendamos a não nos
deixar seduzir pelos bens falazes desta vida.
Ave-Maria e Glória ao Pai
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