Paróquia Santa Luzia

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14 de out. de 2013

Quem lê o evangelho: o diácono ou o sacerdote?

Roma, (Zenit.org)

Responde o pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual

Caro pe. Edward McNamara, li a sua resposta sobre a leitura do Evangelho e fiquei com uma dúvida. O senhor escreve, com base no nº 59 do OGMR, que "o Evangelho é anunciado pelo diácono ou por outro sacerdote". Deduzo disto que, mesmo quando há um diácono presente, o Evangelho pode ser proclamado pelo sacerdote e não pelo diácono. Eu sempre soube que, quando há um diácono presente, cabe a ele a proclamar o Evangelho. Gostaria de um esclarecimento e aproveito para parabenizá-lo pelas suas explicações muito úteis sobre a liturgia – 
S.V.F., diácono da diocese de Uberlândia, MG.


Publicamos abaixo a resposta do pe. McNamara .

As normas que regem esta questão não são absolutas e permitem certa flexibilidade para nos adaptarmos a circunstâncias especiais. Ao mesmo tempo, existem aspectos de decoro litúrgico que devem ser respeitados na medida do possível.

O princípio a ser observado é que, se um diácono está presente, cabe a ele a ler o Evangelho. Anunciar o Evangelho faz parte do diaconato e, normalmente, o diácono não deve ser substituído neste serviço.

Um sacerdote pode proclamar o Evangelho apenas se o diácono estiver impedido por alguma razão excepcional: por exemplo, se ele não conhece o idioma em que o Evangelho é lido em uma celebração multilíngue. Da mesma forma, se o Evangelho tiver de ser cantado e o diácono não estiver qualificado para essa tarefa, um concelebrante poderá proclamar o texto sagrado.

No caso de celebração sem diácono, o celebrante principal, seja bispo ou sacerdote, não deveria ler o Evangelho, ainda que, normalmente, caiba a ele pregar a homilia.

Isso acontece porque, tradicionalmente, no rito latino, a proclamação do Evangelho não é um ato presidencial. Esta é provavelmente a razão pela qual a saudação "O Senhor esteja convosco" é pronunciada com as mãos juntas, seja pelo diácono, seja pelo padre, antes de ser proclamado o texto. Abrir e juntar as mãos é reservado aos atos especificamente presidenciais e, portanto, o diácono não deveria nunca fazer esse gesto durante a missa, embora possa fazê-lo quando preside outras funções litúrgicas nas quais nenhum sacerdote está presente.

Se houver dois diáconos, as tarefas são normalmente divididas: um é o diácono da Palavra e o outro é o da Eucaristia. Fora do anúncio do Evangelho e das intercessões gerais, o diácono da Palavra fica à esquerda do celebrante durante a liturgia da Eucaristia, podendo também incensar o Santíssimo Sacramento durante a Oração Eucarística. O diácono da Eucaristia, por sua vez, se encarrega das funções usuais de um diácono durante a preparação das ofertas, a oração eucarística e o sinal da paz.

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(texto extraído do site ZENIT)

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